segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

GUARDEM O CHAMPAGNE sff.

--- Tenho a plena convicção que muito dificilmente o Benfica renovará o seu título de Campeão Nacional, só mesmo uma hecatombe permitirá que tal aconteça, mas sem dúvida que ontem, para mim, foi um prazer ver que muitos já tinham as garrafas de champagne prontas para soltar a rolha, quando o estoiro foi dado por Fábio Coentrão e as devolveu à geleira.
     O Benfica deste jogo com o Marítimo, não foi aquele Benfica constante e fluído que tem sido, fruto de alguma sobrecarga de jogos, com alguns jogadores a denotarem alguma falta de frescura física, o que não deixa de ser normal, pois a sequência de jogos da equipa tem sido imensa e claro que isso se pode reflectir num ou noutro jogo, julgo que foi o que aconteceu ontem na Luz.
   Contudo, a vitória por 2 a 1, mesmo ao cair do pano, demonstrou um Benfica com alma, capaz de ir buscar forças onde elas não existem, com um querer e uma alma contagiantes, algo que impressiona e que só por pura má formação, não é reconhecido por alguns adeptos dos nossos adversários, embora no seu íntimo tal capacidade assuste porque as coisas não são vistas só a curto prazo, esta dinâmica assusta, porque sabem que o Benfica vai continuar a ser muito forte nos próximos anos.
   Julgo que esta alma, é essencialmente responsabilidade do treinador, que faz com que os seus atletas acreditem em si e criou uma dinâmica no clube e na equipa que faz lembrar o Benfica à Benfica do passado e é exactamente essa força a renascer que causa apreensão nos rivais.
   Confesso que neste momento já não é o campeonato que me move, pois sei que ele já está entregue e que claramente ficou decidido nas primeiras 5 ou 6 jornadas, fruto de culpas externas que foram demasiado evidentes e vergonhosas para serem ignoradas, por muito que os portistas gostassem que tivéssemos um silêncio perante a vergonha como tem o Sporting, mas obviamente, também fruto de culpa própria, pela instabilidade inicial de alguns jogadores que naturalmente demoraram algum tempo a encarar a realidade do clube e a dinâmica que o seu treinador pretende nas suas equipas, ou seja, um natural período de adaptação que acabou por sair caro, mas que felizmente hoje ele existe, hoje ao contrário de tempos recentes, dá-se tempo e espaço aos jogadores para que eles possam vir a demonstrar o seu potencial, em tempos não muito longínquos, jogadores como Roberto e Gaitan, nunca iriam aparecer, porque não vingando à primeira, eram logo proscritos e exemplos vários há disso mesmo.
   Também aqui o papel de Jorge Jesus tem sido fundamental, pois ele insiste, trabalha e dá tempo aos seus atletas, acreditando e fazendo o jogador acreditar no seu potencial, o que a mim me apraz registar, porque a estabilidade e a continuidade são fundamentais.
   Só um Benfica com uma grande mentalidade conseguiria como o fez, dar a volta ao marcador depois de sofrer um golo a 12 minutos do final da partida e aí, tal como Jesus fez e muito bem questão de frisar, o público foi simplesmente fantástico, gritando, puxando e acreditando na equipa logo após o golo sofrido, foi mesmo arrepiante ver a nação benfiquista a uma só voz, gritar bem alto BENFICA, precisamente no momento do golo adversário, puxando de forma incansável pela equipa até à reviravolta final, mais um momento divinal na Catedral do Benfica.
   Por muito que custe a outros ver o reconhecimento por esta fase brilhante da equipa, esse reconhecimento tem forçosamente de ser dado, porque só uma grande equipa, consegue meses a fio, jogando quase sempre depois do seu adversário que vai na frente, ganhar os seus jogos sistematicamente sem ceder terreno.
 Gostaria mesmo de ver caso a fosse o Benfica na frente e o Porto a 8 pontos e a jogar sempre depois do seu adversário, se eles seriam capazes de se aguentar como o Benfica, pois eu tenho a plena convicção que o Porto certamente não aguentaria tal pressão e já teria escorregado várias vezes e é por isso que para mim, este Benfica tem um valor imenso, porque não é nada fácil fazer o que o Benfica tem feito nesta Liga.
  No entanto e por muito que custe a outros, há uma realidade demasiado evidente e que é um facto, o Benfica, é a única equipa ainda presente em todas as frentes e se é verdade que no campeonato está longe de depender de si, em todas as outras depende e em algumas dessas competições, está mesmo muito bem encaminhado e é por isso que disse atrás, que já não é o campeonato que me move, mas sim aquelas provas em que o Benfica depende apenas de si e é aí que eu estou focalizado, com a convicção que neste momento, me custará muito menos ver o Benfica perder pontos na Liga, do que ver o Benfica comprometer as provas em que está em boa posição para ganhar.
 Para mim, a rotação da equipa e a necessária gestão de esforço dos atletas, terá de ser feita na Liga e nunca nas provas em que dependemos só de nós, até porque para mim, ser 2º lugar, vencer a Taça da Liga e de Portugal, juntamente com uma presença na final da Liga Europa é um cenário bem possível e que tornaria a presente temporada, como uma época soberba.
     Não sendo já novidade para ninguém, acho engraçado e motivo de chacota, o comportamento da maioria dos adeptos leoninos no meio disto tudo, com uma veneração ao Porto que é de bradar aos céus tal a subserviência, aliás, digo-o com todas as letras, que o Sporting está a ter o que merece, porque quem olha mais para os outros que para si, quem  respeita menos a sua história que os adeptos de outros clubes, com uma clara perda de identidade, bem patente na veneração ao Porto, só pode realmente ter este caminho.
  No entanto, não deixa de ser curioso, ver que mesmo mergulhados no abismo, a forma como torcem pelo Porto, só pelo medo incontrolável, que eventualmente possa ser o Benfica a ganhar seja lá o que for, essa síndrome é algo que deveria ser estudado no foro psiquiátrico tal a anormalidade desta situação.
   Sintomático deste sentimento é verificar que a sua profunda crise, foi perfeitamente ignorada, pela glória inócua de terem ficado 4 vezes em 2º lugar, não pelo valor da posição em si, mas pelo valor de terem ficado à frente do Benfica e quando o seu nível de exigência e de glória é esse, julgo que está prestado o esclarecimento.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

BENFICA DE NIVEL ELEVADÍSSIMO - Passeia classe em Estugarda.

--- Antes de mais, foi um grande espectáculo de futebol, tão emotivo que os 3 guarda-redes foram soberbos, mas essencialmente, foi um grande Benfica, à imagem do quem mostrando nos últimos meses, aquele que passeou classe em Estugarda, com uma qualidade de jogo notável, criatividade a rodos e uma entreajuda entre sectores fantástica, ou seja, um Benfica com nota artística máxima e aí meus amigos, muito mérito pra Jorge Jesus, um grande treinador.
  ESTUGARDA 0 BENFICA 2 - Depois do jogo da 1ª mão, com um resultado curto, esperava-se que o Benfica fosse passar por dificuldades, ante o poderio físico alemão, puro engano, desde o 1º minuto o Benfica assumiu as rédeas do jogo e com um futebol imprevísivel, dominava e mais importante, criava situações de golo que iriam sendo negadas pelo guarda - redes adversário.
   Perante o domínio e apesar de um ou outro fogacho do Estugarda, adivinhava-se o golo do Benfica e foi o que aconteceu, na sequência de um pontapé de canto, Salvio dispara forte e de primeira, fazendo um grande golo, que diga-se, o Benfica já há muito justificava.
    A verdade é que mesmo após o golo e embora a equipa alemã mostra-se também ela boa capacidade ofensiva, era do Benfica o melhor futebol e eram do Benfica as situações de maior perigo, julgo mesmo que era lisonjeiro para o Estugarda o resultado de 0-1 ao intervalo.
Na 2ª parte - Pensou-se que o Estugarda iria entrar com tudo, só que teve o azar de ter pela frente um grande Benfica e rapidamente era a equipa da Luz que dominava de novo a partida e era quem de novo criava a primeira oportunidade desta parte do jogo, jogada essa que culminou com um lance arrepiante que obrigou à substituição do guarda - redes do Estugarda, que diga-se, estava só a ser o melhor em campo dos alemães.
   Contudo, o 2º golo tardava, essencialmente por mérito do recém entrado guardião que deu continuidade ao excelente trabalho do seu antecessor, embora, num momento crucial, também Roberto tenha dito presente com uma defesa excepcional, eram claramente do Benfica as melhores jogadas e oportunidades.
    Para culminar uma grande exibição, nada melhor que outro golaço, o de Cardozo é uma bomba que não deu qualquer hipótese de defesa.
  Daí até ao fim, foi apenas e só um passear de classe, ficando o Benfica a dever a si mesmo mais golos que merecia.
   Num colectivo tão forte, torna-se quase penoso fazer destaques individuais, mas Jara, merece uma referência, correu quilómetros, abriu brechas na defensiva adversária, sendo uma autêntico quebra cabeças, mas foi muito bem secundado pelos centrais, Maxi Pereira e Gaitan, isto numa equipa toda ela com nível elevado.
Pela positiva: A imensa criatividade, assente numa pressão a todo o campo do Benfica, notável e a enorme frescura física da equipa após tanta sobrecarga de jogos, parecendo a equipa pronta para a mesma exigência que aí vem.
Pela negativa: A agressão a Carlos Martins, sinal de desespero alemão.
Arbitragem: Notável, deixou jogar e com uma condução de jogo que deveria ser alvo de avaliação dos árbitros portugueses, ou seja, um inglês com uma arbitragem à inglesa.
SPORTING 2 GLASGOW RANGERS 2 - A equipa de Alvalade foi claramente o patinho feio das equipas lusas, ante um adversário extremamente acessível, o Sporting foi uma equipa desnorteada, sem sequência no seu futebol, receosa apesar da vantagem trazida da Escócia e sempre com pouca profundidade no seu futebol.
  A equipa escocesa como era esperado, entrou com o seu bloco muito baixo, já se sabia que seria assim, mas Paulo Sérgio insistiu numa equipa de contenção, com Abel e João Pereira na mesma equipa e 2 trincos no meio campo, como é óbvio, isso fez com que na 1ª parte raras fossem as vezes que os leões criavam perigo, pese embora a enorme eficiência do Glasgow que marca na única vez que foi à frente, num golo (mais um) consentido, com Diouf sozinho, sem qualquer marcação, a marcar à vontade.
  Contudo e embora com um futebol de repelões, o Sporting acabou por empatar por Pedro Mendes, num golo de belo efeito.
Na 2ª parte - Houve mais Sporting, finalmente a equipa assume o jogo e vai para cima do adversário, embora com um futebol longe de convencer, só que o adversário era tão banal, que mesmo aos repelões., a equipa de Alvalade lá ia criando uma ou outra oportunidade, até que consegue o mais difícil, a reviravolta no jogo através de um cabeceamento de Yannick.
   Com 80 minutos de jogo e a reviravolta feita, julgou-se que a eliminatória estaria decidida, pois o Rangers era pouco mais que inofensivo e a equipa sportinguista parecia estar por cima do jogo.
  Só que estranhamente, o Sporting não tinha cabeça, não geria a posse de bola, não contemporizava o jogo e com isso mantinha o jogo aberto e foi aliado a esse facto que surge uma desatenção inconcebível, com um jogador escocês a entrar livre, no interior do lado direito da área e cruzar para pasme-se, estarem 4 jogadores do Rangers, sem qualquer marcação, prontos a empurrar a bola para o fundo das redes e assim a 1 minuto do termo do jogo eliminarem o Sporting.
  Pode-se dizer que foi um castigo severo, mas eu digo que são castigos que o Sporting oferece, porque na verdade falta classe e categoria a uma equipa demasiado vulgar para poder honrar a camisola do Sporting.
    Não vi os jogos do Porto e Braga, ambos carimbaram o passaporte para a fase seguinte da prova, no caso dos portistas com um susto enorme para quem vinha com a eliminatória praticamente ganha, no caso do Braga, com uma boa reviravolta ao sempre perigoso 1 a 0 da 1ª mão.
   Assim teremos 3 equipas nacionais nos 1/8 de final desta Liga Europa, com os seguintes jogos: Benfica - P.S. Germain; CSKA Moscovo - Porto e Braga - Liverpool. 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

DERBY GANHO COM CLASSE - Com onze e com dez.

--- Um derby com uma vitória incontestável do Benfica, que foi sempre superior ao seu adversário quando teve 11 e mesmo quando teve apenas 10 jogadores em campo, ficando nitidamente provada a superioridade actual de uma equipa perante a outra, o Sporting é hoje, por muito que custe admitir aos seus adeptos, um grande por tradição e não por capacidade.
SPORTING 0 BENFICA 2 - Um jogo que começou com um Benfica forte, dominador e a mostrar claramente ao que vinha, desperdiçando logo aos 3 minutos uma flagrante situação de golo por Gaitan.
   Nos primeiros 20 minutos de jogo, praticamente só dava Benfica, o Sporting era pouco mais que uma equipa esforçada, mas sem clarividência e classe, não sendo surpresa para ninguém o golo obtido por Salvio aos 15 minutos de jogo, fruto do domínio total do Benfica.
   Depois sim, assistiu-se a períodos em que o jogo ficou repartido, com a equipa leonina a procurar acercar-se com algum perigo da baliza de Roberto, no entanto, oportunidades nem vê-las, os lances de maior perigo resultaram apenas de algumas iniciativas de Yannick, com remates de meia distância sempre controlados pelo guardião encarnado.
   A verdade é que na 1ª parte, o Sporting nunca conseguiu dominar o jogo mas sim equilibrá-lo em alguns momentos e não fora um menor acerto do Benfica na definição do último passe e a equipa poderia ter marcado o 2º golo, não o fez e mesmo ao cair do pano, Sidnei é expulso.
   Não condeno o 2º amarelo ao central benfiquista, crítico sim a facilidade a que ao mínimo contacto, Soares Dias puxou pelos cartões, isto num jogo longe, mas mesmo muito longe de ser duro ou violento, aliás, ao nível comportamental dos jogadores, tomaram todos os árbitros, apanharem os jogadores tão colaborantes e a limitarem-se a tentar jogar futebol, que não pode ser confundido com basket, no futebol há e haverá sempre direito a contacto físico e nem sempre esse contacto é falta e muito menos dá direito a cartão, aliás, o critério na expulsão de Sidnei, foi completamente distinto do critério atribuído a Pedro Mendes momento antes, que já com amarelo, fez uma falta dura sobre Saviola e na minha opinião bem, o árbitro limitou-se a sancionar a falta, até porque aquela, tal como com Sidnei, era a sua 2ª falta no jogo e este estava a ser correctíssimo.
  Na 2ª parte, o Benfica entrou claramente condicionado por jogar com apenas 10 unidades, o que obrigou a que Saviola fosse substituído por Jardel, que diga-se entrou muito bem no jogo.
    Sentindo-se em superioridade numérica, o Sporting quis assumir as rédeas do jogo, num domínio para o qual contribuiu o Benfica, pois assumiu assim o jogo, no sentido de ganhar espaço na defensiva leonina no contra golpe.
   Contudo, a falta de ideias do futebol do Sporting era evidente, batia-se com uma superior organização do seu rival e faltava categoria à equipa, numa demonstração de vulgaridade assustadora, reflectida numa única grande oportunidade em que Roberto fez uma defesa enorme, após iniciativa de Matias Fernandez, o melhor do Sporting e que efectivamente poderia ter dado a igualdade no marcador, mas isso é muito pouco, para uma equipa em superioridade numérica e que quer ser grande.
  Não marcou o Sporting, marcou o Benfica, num lance em que Gaitan ataca a bola perante a passividade da defesa leonina, rematando forte e a beneficiar de um desvio no braço de Polga.
   Com 2 a 0 no marcador, Jesus voltou a mexer na equipa, primeiro colocando Airton no lugar de Carlos Martins, permitindo ao meio campo benfiquista ganhar mais capacidade de recuperação da bola e depois dando mobilidade ao ataque, tirando Cardozo e colocando Jara.
   Com isso, o Benfica tornou-se ainda mais sólido e a equipa do Sporting ficou bloqueada e se é verdade que o Benfica agora saia menos para o ataque, a equipa de Alvalade também nada criava, tendo eu a sensação, que apesar de tudo, seria mais provável o Benfica fazer o terceiro golo, que o seu adversário reduzir o marcador.
  Resultado justo, com um vencedor inequívoco e a constatação do facto desta equipa do Sporting ter mostrado realmente entrega, vontade, mas suja qualidade está a anos luz das exigências de um clube desta dimensão, cuja diferença de qualidade para o Benfica é realmente abissal.
   Como exemplo apenas digo, que uma equipa que tem uma defesa constituída por João Pereira, Polga, Tosiglieri e Grimi, e um ataque entregue a Cristiano, Yanick e Postiga, não pode querer ganhar ao Benfica, só por acidente, por um dia imperfeito do Benfica e muito perfeito do Sporting tal poderá acontecer, porque no futebol tudo é possível.
   Julgo mesmo que a este Sporting se aplica o anúncio do Pingo Doce: Zero de conquistas,zero de satisfação,
aqui não há razão
para haver campeão...
Em Alvalade, o jogo é mau o ano inteiro
...Em Alvalade já ninguém possui dinheiro
Al-va-la-de, já não dá.
Pela positiva: A capacidade colectiva e individual do Benfica, capaz de reagir as mais variadas adversidades que lhe surgiram no jogo.

Pela negativa: A falta de categoria evidenciada pelo Sporting, que mesmo contra 10, nunca deu a sensação de ser melhor que o adversário.
Arbitragem de Soares Dias, peca essencialmente pela incapacidade de gerir o jogo sem ser pela autoridade dos cartões, alguns dos quais sem o mínimo sentido, tecnicamente nada a apontar.
  Para terminar, gostaria aqui de repudiar os acontecimentos nas bancadas de Alvalade, com cenas de violência repugnantes e condenáveis e aqui meus amigos, não olho a cores, sempre disse, que quando as claques se limitam ao fervoroso e brilhante apoio aos seus clubes, são de louvar e dão um colorido imenso às bancadas e ao jogo em si, mas lamentavelmente, são também alguns elementos a elas ligados, que gerem o pânico e a violência nos estádios de futebol e está mais que na hora de haver mão firme para com esses vândalos, que no fundo, acabam por manchar o nome das próprias claques e só com punições severas aos prevaricadores, se pode erradicar um fenómeno de violência insustentável e que em muito contribui para a degradação do futebol e para o afastamento dos adeptos dos estádios, eu como pai, tenho receio de levar os meus filhos a estes jogos e não deveria ser assim.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

REGRESSO À EUROPA - Espera-se que com melhor perfomance.

--- Voltou de novo a Europa do futebol, com todas as equipas lusas a disputarem a Liga Europa, quanto ao Benfica, espero que com melhores performances, até porque o momento actual da equipa, nada tem a ver com o momento em que disputou a Liga dos Campeões, creio mesmo, que com o nível actual, o Benfica teria feito uma campanha fantástica nessa prova, mas, o futebol é isto, o momento.
   O Benfica defronta amanhã, pelas 18H00, no Estádio da Luz, a equipa alemã do Estugarda e se é verdade que esta equipa está muito mal classificada no seu campeonato, também não é menos verdade que o histórico do Benfica com equipas daquele país, é tudo menos lisonjeiro, o que não invalida que a equipa mostre ambição e vontade de chegar o mais longe possível na Liga Europa e o mais longe possível, é para já, ultrapassar este obstáculo e pensar eliminatória após eliminatória.
    Aliado ao seu mau campeonato, o Estugarda, vai-se apresentar sem muitos dos seus habituais titulares, o que numa equipa já de si fragilizada, pode ser um trunfo importante a explorar pelo Benfica, até porque o nível exibicional actual, implica que a esperança nesta eliminatória seja muita.
   Fala-se muito no universo encarnado, sobre a definição de prioridades, sinceramente, nunca fui muito favorável a esse tipo de questões, uma equipa como o Benfica, tem de estar preparada para todas as provas, para as disputar com valentia, sempre na procura da vitória, no entanto, o realismo, adverte para que com uma natural sobrecarga de jogos, haja uma adequada gestão do esforço dos jogadores, tendo obviamente bem presente, que exceptuando o campeonato, o Benfica depende só de si em todas as outras competições e esse é um trunfo que não pode ser desvalorizado.
   Alguém ficaria chateado se o Benfica garantisse o 2º lugar na Liga, e tivesse a felicidade de vencer a Taça de Portugal, a da Liga e a Liga Europa? Certamente que não, seria uma época fantástica, que ofuscaria por completo a vitória portista na Liga portuguesa e como sonhar não custa e enquanto houver vida, há hipótese de vencer, eu quero acreditar que é possível, embora muito difícil, vencer as Taças em que participamos e nesta fase da época, sabe muito bem, invocar um realidade evidente, é que o Benfica é o único clube português que ainda pode ganhar tudo, o resto é conversa para entreter.
   Para a Liga Europa, entram também em cena Braga, Porto e Sporting, a equipa da cidade dos arcebispos, tem como adversário o Lech Poznan, os polacos, que estão apenas em 10º lugar do seu campeonato, têm tido exibições e resultados interessantes na Europa, tendo inclusive na fase de grupos deixado de fora a Juventus.
   Este Braga, não é claramente o mesmo da Liga dos campeões, perdeu jogadores muito importantes na sua manobra, como Luis Aguiar, Moisés e Matheus, para além de ter sido assolado por uma praga de lesões que o deixa algo inferiorizado, embora, seja na minha opinião, favorito a ultrapassar este obstáculo.
   Já o Porto, tem teoricamente a missão mais difícil, defrontando o Sevilha de Espanha, equipa que está longe do brilhantismo de outros tempos, que está a fazer um campeonato decepcionante e que já não disfarça um mau ambiente de balneário, factor esse que pode desequilibrar a balança a favor do Porto, mais moralizado e tarimbado nas competições europeias, além de não se poder ignorar, os regressos de Falcão e Álvaro Pereira, jogadores de extrema importância na equipa.
   Apesar de todos os problemas que vive actualmente, a verdade é que a equipa espanhola dispõe de bons jogadores no seu plantel e que em dia sim, principalmente em termos ofensivos, podem causar mossa a qualquer equipa, mas sinceramente, atendendo ao momento actual das equipas, julgo que o Porto é favorito, porque o seu plantel e estilo de jogo é mais equilibrado, forte ofensivamente e com muito equilíbrio defensivo, ao invés do seu adversário que sendo também ele forte ofensivamente, é demasiado permeável defensivamente para provas a este nível, algo que já com o Braga, fez toda a diferença.
   Por fim o Sporting, uma equipa com perda sucessiva de identidade, mas que não se tem dado nada mal nesta prova e esse é um trunfo psicológico que certamente estará presente nos jogadores.
   Julgo que lhe calhou um bom adversário, os escoceses do Glasgow Rangers, são uma equipa com um futebol tipicamente britânico, algo que em minha opinião, favorece em muito as equipas portuguesas, as quais por norma, se dão bem com este tipo de futebol.
  Contudo, devido as fragilidades evidentes que este Sporting demonstra, essencialmente ao nível defensivo, a confiança dos seus adeptos parece ser pouca e esta é uma prova de fogo que pode também ser uma boa rampa de lançamento para o que resta da temporada, onde a nível nacional, apenas lhes resta a menor das provas em discussão, a Taça da Liga.
   A ver vamos então como será o regresso das equipas portuguesas na Europa do futebol, ciente que estou, que uma boa performance, pode abrir as portas a mais equipas portuguesas na Liga dos Campeões e julgo sinceramente, que todas elas, têm condições de contribuir com muitos pontos para Portugal nesta eliminatória.
  Quanto ao meu Benfica, o clube que mais particularmente me interessa, tem de jogar como nos últimos tempos, se o fizer, mesmo sabendo das dificuldades que sente com o futebol físico do seu adversário, pode perfeitamente passar esta fase e eu lá estarei, espero que acompanhado por muitos milhares, no Estádio da Luz, a apoiar o Benfica com todas as minhas forças.
  O Apelo que aqui fica é esse, mesmo sabendo da hora imprópria do jogo, apela-se a uma romaria ao Estádio da Luz, numa clara demonstracção de força e crença na equipa, estou certo que é isso que acontecerá, até porque a Catedral fica ainda mais bela cheia de público.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

CURTAS E LONGAS - Pequenas coincidências.

--- Ukra, jogador do Braga emprestado pelo Porto, recuperou milagrosamente de uma lesão que o afastou do jogo contra o seu patrão, ele há de facto coincidências levadas da breca, pena o jogo não ter sido na 2ª feira, pois assim estaria seguramente apto, ao invés, Jorge Ribeiro, jogador emprestado pelo Benfica ao Guimarães, estava apto e defrontou o clube com o qual tem contrato, enfim, aí está a diferença, o Benfica para ganhar os seus jogos, não precisa que os seus emprestados se lesionem em vésperas de o defrontarem.
--- Belushi, fazendo lembrar os tempos dos eficazes, vigorosos e repentinos sprints de José Pratas, numa fuga desenfreada à fúria dos jogadores portistas, espetou 3 peitadas no árbitro Duarte Gomes, o qual exibiu um vigoroso cartão... amarelo, dando um forte exemplo de disciplina.
   Imaginemos se fosse um jogador do Benfica a ter tal atitude, que tinta correria nos jornais durante a semana? Pois bem, apenas para relembrar que o resultado era 0 a 0 e que a partir deste momento, caso Duarte Gomes mostre o mesmo critério disciplinar, todos os jogadores estão autorizados a agredi-lo.
--- O critério técnico nesta liga tem sido muito uniforme, senão vejamos um exemplo concreto: Saviola não pode dominar a bola com o joelho e marcar golo, tal facto, dá direito a anular o golo ao Benfica por mão, já um defesa adversário do Porto que corte a bola com pé, dá também direito a penalti para o Porto por mão, portanto a semelhança é notória, apenas a consequência é diferente.
--- Villas Boas e os paineleiros portistas, mostram um tremenda incredulidade pelo facto do Benfica estar na Liga Europa via Champions, não sei se por receio de defrontar o Benfica, se por estupidez natural.
--- As conferências dos técnicos e jogadores do Porto, são passadas a falar do Benfica, um registo em tudo semelhante ao Benfica, cujos seus elementos também passam as conferências a falar do Benfica.
--- O Sporting vem queixar-se da arbitragem de Olegário Benquerença em Olhão, num jogo em que se colocaram em vantagem com um golo em fora de jogo, árbitro esse, que segundo o universo leonino, no Guimarães - Benfica, não teve uma arbitragem assim tão má!!!.
 --- Mas por falar em críticas do Sporting, não deixa de ser curioso, que tenha até ao momento, no presente campeonato, quem marcou um golo de luva branca, a de Nilson, a tal que foi confundida com a bola e que valeu um golo que não existiu.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SHOW BENFICA - Num recital que deslumbrou.

--- Numa jornada tida por alguns como decisiva, para mim, nada mais representou do que uma simples jornada, assim o disse na sua ante visão, uma vez que o campeão já está encontrado, porque o princípio da Liga assim o determinou, pelo mau início do Benfica, mas principalmente porque as arbitragens dessa altura, estabeleceram o rumo da competição e é bom não esquecer a vergonha que foi aquele momento determinante da época.
   Contudo, há também que ter a honestidade de reconhecer que o Porto é também uma grande equipa, composto por excelentes executantes, no entanto, a diferença futebolística entre eles e o Benfica é quase nula e a diferença pontual está longe de espelhar a diferença entre ambos os clubes.
  BENFICA 3 GUIMARÃES 0 - Um show de futebol aquele a que se assistiu na Luz, um Benfica com uma enorme qualidade futebolística, que ficou a dever a si e ao árbitro, uma maior expressão no marcador, com momentos divinais, de magia pura, que empolgam qualquer um que goste de futebol e estou certo que se este Benfica tem surgido no princípio do campeonato, a história seria outra. 
   O Benfica entrou, como tem sido apanágio dos últimos jogos, determinado em vencer o jogo, pressionante, com uma dinâmica colectiva e individual fantástica e com uma mobilidade atacante que confundiu as marcações do adversário.
   Com a qualidade que mostrava no terreno de jogo, as oportunidades sucediam-se, culminando com uma bola no poste de Nilson, até que a justiça no marcador chega por Sidnei, um jogador cheio de moral e a mostrar toda a sua capacidade, algo que a mim não me surpreende, porque já com Quique e ainda mais jovem, já havia dado claros sinais de ser um jogador de enorme qualidade, cuja sequência de jogos o vem confirmando.
  Com a vantagem no marcador, o Benfica não tirou o pé do acelerador, mas as jogadas de fino recorte técnico, pecavam pela falta de eficácia na finalização, terminando mesmo a 1ª parte com mais uma bola o ferro.
  Um futebol avassalador, que merecia bem mais golos antes do regresso aos balneários.
   Na 2ª parte, a dinâmica do Benfica continuou, a noite era de inspiração e assim surgiu com toda a naturalidade o golo de Aimar, após um passe fenomenal de 60 metros de Sidnei, numa exibição de grande qualidade.
   Com esse golo o jogo ficou decidido e a verdade é que o Guimarães se limitava a esboçar uma reacção, sem causar grande perigo, ao invés, o Benfica via serem-lhe invalidados golos e se no de Cardozo ainda se pode dar o benefício da dúvida ao assistente de João Ferreira, no de Saviola, não se percebe, foi outro golo, tal como o de Javi em Setúbal, anulado sem se saber porque razão, afinal de contas, não é mais nem menos do que tem sido esta época o nível das arbitragens nos jogos do Benfica, com a diferença de que a qualidade actual, permite passar por cima dessas adversidades.
   Num jogo com tamanha qualidade protagonizado pelo Benfica, nada melhor do que fechar com chave de ouro, o chapéu de Carlos Martins, de pé esquerdo, é uma obra de arte no seio de uma orquestra perfeita.
  Vitória inteiramente justa do Benfica, que poderia ter atingido proporções históricas, assim a finalização tivesse sido mais eficaz e o árbitro não se tivesse entretido a anular golos.
  Pela positiva: A massiva presença de público, 55 mil pessoas deram um colorido fabuloso ao jogo, com a recompensa de toda a equipa que nos brindou com uma exibição fabulosa.
  Pela negativa: O golo anulado a Saviola, sinceramente, acho absolutamente incrível como se anula um golo assim, será incompetência ou ...?
Arbitragem de João Ferreira, num jogo tão fácil de gerir, com os jogadores a facilitarem imenso a sua tarefa, custa compreender como errou tanto e na dúvida prejudicou sempre o mesmo.
BRAGA 0 PORTO 2- Limitei-me a ver o resumo do jogo porque vinha da Luz e porque ao contrário dos outros, enquanto benfiquista, é o Benfica que me interessa e me move, mas pelo que vi, foi uma vitória clara e inequívoca do Porto, ante um Braga permeável, sem a raça e a entrega que se vê noutras alturas, nomeadamente quando o adversário dá pelo nome de Benfica.
  Foi um encontro de amigos e aliados, com um vencedor justo, o Porto tem obviamente qualidade e essa qualidade, sem pressão, com o caminho que lhe foi aberto nas primeiras jornadas, dá a equipa a necessária tranquilidade que lhe permite jogar com margem de erro, sem grande pressão, com as vantagens claras que isso acarreta.
  Folgo em ver que o flash interview e a conferência de imprensa e as entrevistas aos jogadores, tiveram como denominador comum o Benfica, um claro sinal de complexo de inferioridade que devido ao provincianismo ridículo que quem serve o clube, os tornará sempre uma amostra ao pé do Benfica por muito que ganhem, porque o Benfica pensa e gira em torno de si e isso faz toda a diferença.
   Villas Boas, entre muitas outras coisas que disse e que tolero, porque no fundo trata-se de um miúdo que se encontra numa fase de afirmação pessoal, vincou que o Porto para ganhar, não precisa de contratar jogadores do adversário que vai defrontar, infelizmente, esse tipo de comportamentos, além de muito usual no Porto, foi por esse clube iniciado, mas a verdade é que o Benfica para ganhar, também não precisa que os jogadores que tem emprestados às equipas que vai defrontar, se lesionem precisamente na véspera de jogar contra si, assim como para ganhar, não precisa que o seu Presidente aconselhe matrimonialmente os árbitros e muito menos precisa que a Federação continue na ilegalidade, por forma a não perder o poder que detém no futebol.
   Também não assisti ao jogo do Sporting em Olhão, o que li e me disseram sobre esse jogo, é que a equipa de Alvalade voltou a mostrar lacunas evidentes, muita inconsistência, a qual não lhe permitiu segurar uma vantagem de 2 golos.
  Queixam-se e com alguma razão da arbitragem de Olegário Benquerença, teve alguns erros graves em prejuízo do Sporting, o maior de todos um lance em que Postiga 2 metros em jogo, se isolava na cara do guarda redes adversário em poderia colocar o resultado em 3 a 2 a favor do seu clube.
   Relembro aos sportinguistas, que foi precisamente este senhor, que em Guimarães, arrumou definitivamente com o Benfica no que às contas do campeonato diz respeito, com uma arbitragem bem mais gravosa que esta e a verdade é que não foi pela incompetência ou pelos seus erros que surgiram em 3 minutos, 2 golos muito consentidos do Olhanense, aliás, o primeiro golo do jogo, obtido por Postiga, é ilegal e convém não esquecer esse pormenor muito importante.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

ANTEVISÃO DA JORNADA - e as palavras de Carlos Pereira.

--- O campeonato continua, com uma luta a dois, com clara vantagem pontual para a equipa do Porto, com um fosso cavado pelas mais variadas razões, desde alguma incompetência inicial do Benfica, até outro tipo de incompetências já aqui suficientemente escalpelizadas.
   Contudo e ciente da sua força, o Benfica, como deve ser sempre, recusa-se a atirar a toalha ao chão, mas por muito que o discurso para o exterior seja de esperança e fé, julgo que existe a noção real das dificuldades e que será mais fácil ao Benfica conquistar outras provas.
   O meu maior receio, é que a actual fase da equipa, obrigue de novo as forças de bloqueio a agir e que se passe de novo aquilo que se passou no princípio da temporada e que relançou em definitivo o Porto rumo ao título e só uma grande competência e um Benfica de altíssimo nível, pode lutar contra isso e é já contra o Guimarães, que o Benfica tem de dar novo sinal da sua força, de preferência com a capacidade do seu jogo e com uma moldura humana nas bancadas que mostrem porque razão o Benfica é o único clube português, fora das 4 principais ligas europeias, a figurar no lote de clubes que mais receitas produzem.
    No jogo de hoje, o mais importante é vencer, de modo a pressionar o Porto que joga logo a seguir em Braga, no entanto, é também importante que a esse factor, se consiga aliar o capítulo disciplinar, numa equipa que é amarelada por tudo e por nada, ao contrário de outros e que também aqui se faz a diferença, de facto, para o derby que se segue, é importante poder contar com Salvio, mas principalmente com Luisão e Fábio Coentrão, todos eles em perigo de exclusão.
   Temos portanto amanhã, pelas 18H15 na Luz, um jogo importante, como serão todos até ao fim, isto se ainda quisermos ter uma palavra a dizer em relação às contas do título e se o Benfica estiver ao nível dos últimos jogos, estou certo que não deixará fugir os 3 pontos.
   A seguir a este jogo, temos o Porto em Braga, um encontro de aliados, mas cuja situação actual da equipa de Domingos Paciência, não lhe permite prestar a devida vassalagem ao patrão, por isso acredito que vai ser um bom jogo, com desfecho imprevisível.
   Infelizmente, o que antecede este jogo, começa a deixar já alguma suspeita no ar, pois não deixa de ser uma infeliz coicidência que Ukra, jogador cedido pelo Porto, se tenha lesionado nesta semana, só ninguém sabe é que tipo de lesão o afecta.
  Mas o Benfica já sabe, que perante tanta anormalidade, para vencer, não lhe basta ser melhor, há que ser muito melhor, mas no momento em que a bola rola, há um certo esquecimento de todas as manobras de bastidores e uma esperança nos adeptos que aquilo que se vê no relvado, corresponde à verdade dos factos, o que como se sabe, nem sempre é assim.
   Não concordo com aqueles que dizem que o título passa por este jogo, isso só seria verdade, se a um triunfo do Porto, se juntasse uma derrota do Benfica, é antes um jogo importante, que por razões óbvias cativa a esperança da nação benfiquista, mas que está longe de ser decisivo, para mim decisivo, caso tudo se mantenha assim, ou caso a distância entre ambos seja encurtada, será o Benfica - Porto do campeonato, pois aí, uma vitória do Benfica, lançará no ar, muitas dúvidas e ansiedade no seio do plantel portista, mas sinceramente, temo que antes disso, já alguém tenha conseguido arredar o Benfica de uma luta justa.
   Acreditando apenas no futebol em si e com uma ténue, muito ténue esperança que se veja apenas futebol até ao fim da temporada, acredito que a luta Benfica - Porto, se arraste até ao final da temporada, era essencialmente bom para a Liga e para o futebol.
   Hoje deparei-me com a entrevista de Carlos Pereira, Presidente do Marítimo, ao jornal "Abola", em que este senhor, teve a coragem que falta a muitos, de contar a verdade das movimentações portistas no futebol, não que seja novidade para alguém, mas porque pode ser que outros, vendo estas palavras fora do contexto de Luis Filipe Vieira, abram em definitivo os olhos e deixem de pactuar e de serem subservientes, aos que estão ligados a história mais podre e decadente do futebol português.
  Uma entrevista para ler com a devida atenção e daí tirar as devidas ilações, mas mais que isso, onde se impunha a abertura de um sério processo de averiguações por parte de quem rege o futebol em Portugal, mas principalmente do Ministério Público, mas sinceramente, perante a impunidade que vai reinando, a ilegalidade que vai imperando na mais alta instância do futebol em Portugal e a total inércia das nossas leis e de quem as aplica, não acredito que haja sequer a coragem de se apurar a verdade do que foi dito, até porque, o próprio Carlos Pereira, afirma que o arquivo tem sido o caminho dado a tudo o que ele tem revelado e isto só por si, é sintomático do estado a que o país chegou  em matéria de Justiça.
   Um bom fim de semana, com um apelo para mais uma das muitas ROMARIA À LUZ.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

TEORIA DA CONSPIRAÇÃO? Recusamo-nos é a ser subservientes.

  Não poucas vezes, somos nós benfiquistas, acusados de andar sempre a falar dos árbitros, de teorias da conspiração e mais uma série de disparates.
   No entanto, a verdade é que essas pessoas, gostariam, que à semelhança de outros, com um espírito de subserviência notável, adoptássemos a mesma postura para que pudessem reinar a seu belo prazer, só que para seu azar, subserviência é palavra que não entra no vocabulário encarnado, porque estamos atentos e denunciamos a vergonha de um estado de coisas que se apoderaram do futebol e recusamo-nos a ser coniventes com esse estado de coisas e essa é que é a grande diferença que muitos não querem aceitar.
   Mais um pequeno exemplo de como a teia é montada, com o domínio e poder nas mais diversas áreas e vertentes, é o vídeo que se segue e que retirei do blogue Somos Benfica , porque me parece imperioso que isto seja amplamente divulgado, tal a falta de coerência em casos semelhantes, nas análises às arbitragens dos jogos do Benfica e Porto ali narradas e pasme-se pela mesma pessoa.
  Ora vejam com toda a atenção O VÍDEO COM O TÍTULO ABAIXO DESCRITO:


PORTUGAL - ARGENTINA - Um particular intenso.

--- Já por diversas vezes, aqui referi que sou e serei sempre um fã incondicional da selecção nacional, quando o meu país entra em acção, não entro em mesquinhez clubista, nem em fait - divers de espécie alguma, os meus, são os que logo, pelas 20H00, subirão ao relvado e nesse período de jogo, esqueço a clubite e penso numa equipa só, a de PORTUGAL.
   Sou frontalmente conta a parvoíce jornaleira de lançar duelos individuais, num jogo que são 11x11, num desporto cada vez mais colectivo, o jogo é entre Portugal e Argentina e não entre Ronaldo e Messi, lançar esse tipo de jogo, é para mim uma completa idiotice, um entretenimento, porque um jogador apenas sobressai individualmente, quando joga em prol do colectivo e quando este funciona e é isso que me interessa, que o colectivo nacional impere.
   Julgo que neste momento a selecção portuguesa está bem, forte e moralizada, com uma frente de ataque nas alas muito rápida e desequilibradora, a boa forma de Nani na direita e por outro lado, a de Ronaldo com um Coentrão a todo o gás, pode efectivamente criar moça na defensiva contrária e Postiga, sem ser nada de extraordinário, parece por vezes, um pouco à semelhança do que se passou com Nuno Gomes, um jogador talhado para a selecção.
   Do outro lado teremos pela frente um grande adversário, mas a verdade é que a Argentina, é quase sempre uma equipa do quase, ou seja, é sempre apontada como favorita, mas costuma cair sempre cedo os mundiais, porque por norma, a sua capacidade individual, não tem reflexos num colectivo forte, veja-se o exemplo da Alemanha, que por norma chega longe, devido ao seu sentido colectivo muito forte.
   Repito, apesar de ser um jogo particular, é sem dúvida um encontro de elevado nível de interesse, entre duas selecções fortes e com a nossa obrigação de encher de orgulho os nossos imensos imigrantes na Suiça, que há muito esgotaram a lotação do campo, apoio não faltará, assim a nossa equipa respeite este público maravilhoso.


   FORÇA PORTUGAL

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

REALIDADE SPORTINGUISTA - Um clube à deriva.

--- Ouvi atentamente a entrevista de Costinha, ontem na Sport TV, uma entrevista forte, sem papas na língua e que foi elucidativa da realidade leonina, ou seja, um clube falido financeiramente e mais grave de ideias, navegando completamente à deriva.
   Nada que seja surpreendente aos olhos do público mais atento, lamenta-se por um lado, porque de facto, num campeonato já de si com défice qualitativo, pior fica, quando um grande do nosso futebol, chega a este estado, mas por outro lado, é o reflexo da submissão e veneração ao Porto, o clube de admiração e respeito da maioria dos seus adeptos, com é bem evidente nos seus representantes nos programas desportivos da televisão portuguesa, exceptuando talvez o Eduardo Barroso, porque apesar de pouco perceber de futebol, como ele próprio o afirma, tem um capital intelectual maior que os outros e além de tudo, não gosta de ser enganado e como tal recusa-se a oferecer a outra face ao clube que mais os tem prejudicado.
   No fundo, enquanto o Sporting olhar outros com admiração, sem uma identidade própria, revelando uma cegueira da realidade actual, tendo o Benfica como seu ódio de estimação, em vez de fazer uma séria introspecção e dar claros sinais de independência enquanto clube, que neste momento não existe, o clube nunca resolverá os seus imensos problemas, nem encontrará o seu caminho.
    Costinha começou por dizer que achou ser este o momento certo para dar a cara em defesa do seu grupo de trabalho, mas na realidade, para além de colocar em causa a administração da Sad do clube, mais não fez do que agir em sua defesa, provocando certamente mais rupturas do que união.
    No entanto, pareceu-me que Costinha foi honesto no que disse, falando até com alguma mágoa e emoção, colocando o dedo na ferida, quando afirmou que o Couceiro vem resolver o mesmo que ele, ou seja, nada, porque no Sporting, parece que se criam directores, para que administradores, se refugiem das responsabilidades com a cabeça mergulhada na areia e eles assumam tudo o que de mau aconteça no clube e que sejam eles o alvo da ira dos seus adeptos.
   De facto, como ele ressalvou, no Sporting, existe uma tremenda falta de solidariedade, onde só alguns dão a cara e só alguns levam pancada, com os administradores do clube, qual elite, a não se poderem misturar com a ralé e para eles, a ralé são os sócios e adeptos do clube, para isso estão lá os empregados, uma realidade latente e lamentável.
   Costinha teve ainda a coragem de assumir aquilo que o seu Presidente e administradores nunca conseguiram assumir, que a manter este rumo, o Sporting não pode iludir e enganar os sócios e dizer que são candidatos ao título, porque na verdade, a realidade leonina não se pode comparar à dos seus mais directos rivais e isso é um facto evidente.
   Em relação ao negócio Moutinho, ficou mais uma vez evidente que o jogador há muito que estava comprometido com o Porto e que aquilo que a equipa nortenha transmitiu para a opinião pública foi mentira, mais uma vez o Porto enganou o Sporting neste caso, quem o disse claramente foi o director desportivo leonino, mas infelizmente a cegueira vai continuar.
    Entre muitas outras coisas que Costinha afirmou, há uma que dá uma imagem clara da feira de vaidades que constitui neste momento o universo leonino.
   Ao afirmar que o Sporting tem tido mais presidentes que jogadores, deu uma ideia clara do elitismo e linha sucessória que atingiu o clube, mas mais grave ainda, é a sua confissão que que não o deixam trabalhar como quer e que o seu trabalho tem imensas forças de bloqueio no clube, chegando mesmo a afirmar que não sabe se veio para o clube para trabalhar se para servir de escape, realçando inclusive,  a gravidade do negócio do jogador Liedson lhe ter sido comunicado como consumado, quando ele é o director do futebol, mas caramba, se assim é, não pode ao mesmo tempo afirmar que será o último a abandonar o barco, porque se está ali e nada pode fazer, se nada passa por ele e é meramente uma figura decorativa, então se lhe resta um pingo de dignidade e amor próprio, atendendo até ao teor de tudo o que acabou de dizer, mais não lhe resta do que demitir-se.
   No fundo, Costinha transmitiu a todos os que o ouviram, uma realidade grave e triste do Sporting, uma imagem de um clube sem rumo, sem viabilidade financeira e completamente à deriva e cujo caminho que segue, está repleto de armadilhas, caminhando em direcção a um perigoso abismo.   
  Concluindo, Braz da Silva, candidato às eleições leoninas, informa que vai criar um fundo de 50 milhões, Bruno Carvalho, também ele candidato, um fundo vai criar e Costinha confirmou que no fundo está o Sporting.
 
Adaptado por Blogger Benfiquista