--- Boas meus caros amigos, desculpem estas ausências perlongadas, mas o tempo tem sido pouco, estive com a prospecção do nosso clube a trabalhar de forma intensa em vários torneios e o cansaço acumulado retirou-me alguma vontade de escrever, mas, agora que os torneios acabaram e a disponibilidade será maior, até porque aliado a isto, o facto do meu Benfica ter recomeçado a sua actividade, faz com que a disponibilidade aumente.
Mas, agora é tempo de mundial e com ele a triste fatalidade de Portugal ter sido eliminado de forma nada surpreendente pela Espanha, perdendo por 1 a 0 e quando digo de forma nada surpreendente, digo-o, porque no fundo, este jogo foi o reflexo do que esta selecção tem representado, com um apuramento tirado a ferros e com um futebol confuso e com opções do seleccionador que ninguém percebe.
Para os menos atentos, este treinador da selecção, que está a receber da parte da FPF o mesmo que Scolari, é aquele que minimizou o trabalho do seu antecessor, afirmando mesmo que com ele a Selecção já tinha ganho títulos.
Mas na verdade o que se viu na era Queiroz? Um apuramento tremido, um futebol desligado que nunca convenceu, um critério de convocações que ninguém entende, é claramente um seleccionador sem carisma, incapaz de ser aglutinador e com uma mensagem confusa que não passa nem para dentro, nem para fora do grupo e quando assim é, o caminho é apenas o da porta da rua.
Neste mundial e neste jogo em particular, julgo que Carlos Queiroz confirmou tudo o que acabei de dizer e a gota de água, foi a desastrada e incompreensível substituição de Hugo Almeida, um jogador sem grande categoria, mas que neste jogo estava a ser preponderante e a sua saída não lembra ao Diabo, principalmente quando Simão e Pepe se arrastavam, foi aí que Portugal começou a perder o jogo.
Por uma questão de justiça e fazendo uma espécie de meia culpa sobre um jogador a quem nunca valorizei como devia (eu e milhares de portugueses), tenho de elogiar o Guarda - Redes Eduardo, esteve fantástico em todos os jogos, mas especialmente neste, convenceu-me que é o melhor guarda-redes português e se todos cantassem o hino como ele, se empenhassem com a mesma humildade e espírito de luta, com toda a certeza que Portugal teria outra alma.
A ele junto os nossos defesas centrais, Raul Meireles e especialmente Fábio Coentrão, que confirmou na maior montra do futebol todo o seu enorme potencial e se já joga assim, com apenas uma época a lateral esquerdo, imaginem daqui a duas ou três temporadas, será certamente um dos melhores na sua posição.
Em sentido contrário, as grandes desilusões foram Simão, sem chama, sem velocidade, um autêntico desastre em todos os capítulos e principalmente, pelo seu estatuto, Cristiano Ronaldo, para quem se diz ser o melhor do mundo, tem seguramente, neste tipo de competições de fazer mais, muito mais e sinceramente, envergonha-me ter como capitão da minha selecção, um indivíduo que tem comportamentos de autêntico arruaceiro e de ordinário, aquela cuspidela intencional, quando viu uma câmara de televisão apontada a si, é mandar os portugueses à merda.
Logo, quem tem tais comportamentos, demonstra no mínimo que não tem carisma, nem inteligência para ser capitão da selecção e esse foi mais um dos erros graves cometidos pela Federação, perante tudo isto, e por estar a ser uma autêntico menino rico mal educado, do pouco que o admirava enquanto pessoa, acabou de perder o pouco espaço de manobra que ainda tinha na minha admiração e respeito, ou seja, quem cospe para mim, não merece mais do que ser por mim ignorado.
Já agora e porque se trata de um por maior, o golo espanhol foi obtido em claro fora de jogo e essa é uma situação estranhamente branqueada por todos.