Cá como lá fora, os campeonatos dos respectivos países sofrem a 1ª paragem da época devido aos compromissos internacionais das selecções, com ela a debandada de jogadores dos clubes, que são a entidade pagadora e que se vêem privados amiúdas vezes dos seus melhores atletas, os quais regressam aos seus clubes, em muitos casos, ou em deficiente condição física, ou com lesões.
Após 3 jornadas, para a nossa Liga, ou seja, ainda nem os motores aqueceram e já se assiste a privação por parte dos clubes dos seus principais activos.
Sou e serei sempre, um fã incondicional do meu país e da minha selecção, embora hoje, o problema seja bem mais abrangente do que a selecção portuguesa, ou seja, a maioria dos jogadores que actuam nas nossas principais equipas, partem em maior quantidade para representarem outros países e não o nosso, fruto do excessivo número de estrangeiros que delas fazem parte.
Tudo isto, no fundo, representa um problema grave e lesivo aos clubes, há que fazer uma redefinição dos calendários dos jogos de selecções, algo que não me parece tão complexo como isso, mas que tarda em ter uma resolução por parte da FIFA, até porque a sobrecarga de jogos é imensa, com os consequentes reflexos físicos e psicológicos nos seus desempenhos, bem como do aumento de lesões devido a essa sobrecarga.
Mas como disse, parece-me simples a resolução desta situação, para tal, sabendo que de nada vale e que não terá qualquer tipo de reflexos no futuro, deixo aqui a minha opinião e gostaria até que quem ler este texto deixa-se aqui a sua.
Vamos por partes: De forma sucessiva, as pré temporadas e muitas vezes as temporadas em curso dos clubes, são afectadas por competições ao nível de selecções, veja-se o recente caso da Copa América que atrasou de forma significativa a integração dos internacionais nos seus clubes, aliado a isso um campeonato do mundo de sub-20, levianamente realizado em pleno início dos campeonatos nacionais de clubes.
Será complicado solucionar isto? Não me parece, haja vontade, como solução, não seria normal e adequado colocar a Copa América, o Campeonato da Europa e a Taça das Nações Africanas a serem disputadas todas de 4 em 4 anos e na mesma altura? Julgo que sim, assim em vez dos jogadores saírem às prestações saiem só de uma vez, como também, esses campeonatos poderiam realizar-se apenas no mês de Junho, dando assim espaço para que os jogadores tivessem o necessário descanso após intenso ano competitivo e chegassem aos clubes mais frescos e ainda com um mês de pré temporada pela frente até ao início dos seus campeonatos, nem que o início destes se adiasse por uma ou duas semanas, beneficiavam os clubes, os jogadores e as selecções, é que por exemplo, estupidamente, a FIFA, permite que a competição africana decorre entre Janeiro e Fevereiro, um período crucial da temporada em que as equipas ficam privadas dos seus jogadores, o que acho um tremendo atentado à verdade desportiva e extremamente lesivo aos clubes, que repito, são quem investe milhões nos jogadores.
Outra questão tem a ver com as fases de apuramento para mundiais e europeus, sinceramente, não percebo a razão de grupos de apuramento tão grandes e em muitos casos com tanta falta de competitividade.
No que à Europa diz respeito, qual o benefício de ter equipas como o Luxemburgo, Liechenstein, Andorra, Ilhas Faroé e tantas outras, a competirem com Alemanha, Portugal, Inglaterra, Espanha, etc? Será assim tão complicado criar 2 divisões na Europa? Não me parece, seriam necessários menos jogos para apurar as equipas, haveria mais competitividade e os clubes não seriam tão prejudicados.
Pergunta-se então como é que se dariam as promoções e despromoções? Fácil, existiria um apuramento numa 1ª e numa 2ª divisões, em que os piores classificados da 1ª divisão desceriam e os melhores da 2ª divisão subiriam, podendo até fazer-se um europeu de diferentes divisões, para que as equipas menores possam também ter competição e disputar fases finais.
Esta é a minha opinião, até porque me custa muito estar constantemente sem ver os campeonatos a decorrerem e interrompidos com uma frequência abissal.