--- Na 1ª jornada, com aquele penalti de oferta aos 82 minutos que deu os 3 pontos ao Porto ainda dei o benefício da duvida, mas depois do jogo de hoje já não tenho duvidas, está eleito pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional o campeão de 2010/11 e esse chama-se Porto, que parece voltar a ganhar da forma que no foi habituando e que sempre fez de forma brilhante, ou seja nos bastidores.
Com um jogo repartido, em que o Porto claramente apresentava dificuldades ante um Rio -Ave bem organizado, eis que Hulk faz uma espécie de cruzamento/remate, que resulta em golo, mas que foi antecedido de uma falta claríssima de Falcão sobre um defesa antes de a bola sobrar para Hulk, num critério completamente diferente ao que Jorge Sousa teve num lance na área do Porto em que numa acesa disputa de bola, assinala falta de João Tomás sobre um defensor portista, não fosse o lance dar em golo. Estranhamente ou talvez não, a equipa de arbitragem chefiada pelo ilustre portista Jorge Sousa, valida peremptoriamente um golo ferido de morte na sua essência e por essa via irregular.
Não satisfeito e com o resultado em 1 a 0, eis que por duas vezes Álvaro Pereira, primeiro empurrando ostensivamente um adversário e em seguida rasteirando claramente Tarantini, faz duplo penalti, mas de forma mais uma vez perfeita e com grande categoria, Jorge Sousa, não só ignora as 2 grandes penalidades no mesmo lance, como tem ainda a pouca vergonha de mostrar amarelo ao jogador do Rio - Ave, por este pasme-se, ter tido o atrevimento de ser atropelado com uma rasteira por um jogador do Porto.
Acho mesmo que o árbitro deveria ter expulso Tarantini por agressão a Álvaro Pereira, pois Tarantini, agride com o seu pé os pitons do jogador portista.
Depois deste lamentável roubo, parece-me evidente que começaram de novo os tão famosos " Jogos de Poder", que durante mais de 2 décadas imperaram no futebol em Portugal, facto esse que não deve causar espanto a ninguém, afinal de contas, mesmo com todas as evidentes provas, as quais de forma clara e inequívoca, mostraram cenários de autêntica corrupção, orquestrada por uma autêntica associação criminosa, que englobava dirigentes de um clube, dirigentes da Liga e da Federação e alguns empresários bem conhecidos da nossa praça e não pelos melhores motivos, foi toda a gente ilibada, porque obviamente essas provas foram estranhamente consideradas nulas, à luz de uma dúbia interpretação de determinados magistrados e procuradores, pois com tais provas seria impensável não haver condenações.
Perante tal cenário, sentindo na pele a reconhecida impunidade "À Lá portuguesa", eis que o polvo volta a soltar livremente, sem quaisquer tipos de preconceitos os seus tentáculos.
Relembro aqueles que por vezes se mostram um pouco mais distraídos, que Pôncio Monteiro, num programa televisivo, no final da temporada passada, já havia avisado para o que iria ocorrer esta época, quando ele afirmou com o total à vontade daqueles que sabem que por uma razão ou outra a justiça não lhes toca, que: " Eu sei bem o que voltávamos a fazer, se fosse eu que mandasse, eu sei bem o quê que fazia na próxima época e por onde é que o Porto devia investir". Foram palavras de Pôncio Monteiro, não minhas e curiosamente ou talvez não, ninguém, reafirmo, ninguém, quis esclarecimentos sobre o teor grave desta frase.
Paralelamente a essa impunidade, eis que o polvo conseguiu aquilo que mais queria, com a triste, ridícula e ignorante concordância de Benfica e Sporting, colocar à frente da Liga um homem da sua cor, o que conseguiu com a mestria indiscutível de quem se mexe tão bem na sujidade, simulando uma desaguisado e um desentendimento em matéria de política financeira e de investimento no clube, transmitindo para a opinião pública uma zanga que mais não era que uma farsa.
Mas não foi só colocar na Liga um Presidente seu, foi correr com quem lhes fazia frente e não deixava esse clube guindar-se pelas sua habituais práticas corruptas, de guerrilha e confrontação, ou seja, Hermínio Loureiro e o Conselho de Disciplina da Liga.
Portanto e como se pode constatar, os bastidores do futebol voltaram às mãos de uma organização poderosa, a qual voltou como se tem visto a dominar os meandros do futebol em Portugal, com os resultados visíveis aos olhos de toda a gente.
Atenção, que eu digo isto não por um ou outro erro de arbitragem que lançou o Porto para a liderança, mas sim por uma incrível e estranha sucessão de erros, sempre em benefício dos mesmos, mas para quem acha que tudo isto não passa de teorias de conspiração, eu convido-os a reflectir e a pensar comigo: será coincidência entre muitas outras, que por exemplo, o Braga andasse por baixo e o Guimarães por cima quando se encontrava aliado ao Porto e que agora seja o Braga por cima depois de se aliar a esse mesmo clube? Julgo que é uma questão pertinente.
Esperava que Carlos Brito e os atletas do Rio - Ave fossem tão céleres e incisivos para com a equipa de arbitragem, denunciando veemente os seus erros, como o fazem mesmo quando a razão não lhes assiste em relação ao Benfica, mas o que Carlos Brito disse depois do Roubo de que foi vítima, foi simplesmente isto: "o Porto foi melhor e mais eficaz”. Julgo que perante isto, comprovadamente estarmos perante uma liga vendida, com clara subserviência de vários clubes e treinadores ao poder.
Também espero, e com alguma ansiedade confesso, que as sempre prontas e afiadas vozes leoninas, como as de Eduardo Barroso, Dias Ferreira, Rogério Alves, entre muitas outras, se mostrem corrosivas em relação a esta arbitragem e ao Porto, como o fazem com enorme sagacidade sempre que o assunto envolva o Benfica, sob pena de mais uma vez ter de dar razão à Leonor Pinhão e ser obrigado a concluir que de facto o Sporting se projecta mentalmente no Porto.