quarta-feira, 28 de novembro de 2012

XISTRALHADAS DA NOSSA LIGA - Com uma imprensa conivente.

   O 1º terço da Liga Portuguesa está concluído, com isso, a certeza cada vez mais presente que o nosso campeonato será um decisão a dois, assim deixem que as coisas corram de forma normal e sem interferências externas, sempre tão presentes nas nossas competições.
    Depois de uma vitória tranquila do Benfica frente ao Olhanense, atenções estavam todas viradas para o Braga - Porto e a imprensa tratou rapidamente de incentivar e moralizar o Porto, subvertendo e aldrabando uma frase de Jorge Jesus, tratando logo de a colocar como uma declaração de guerra, sabedores que são que esse é o tipo de clima com que o Porto gosta e sabe lidar. 
  Questionado sobre as suas expectativas para o jogo Braga - Porto, o treinador benfiquista limitou-se a constatar um facto, dizendo taxativamente isto: " O Porto costuma ter uma pontinha de sorte em Braga", com o único sentido de dizer que este é um campo onde raramente os portistas perdem pontos.
    Lamentável foi o despropositado tratamento dado a essa frase e a forma como ela foi desvirtuada, pois rapidamente foi impressa sem a palavra pontinha e colocada ao treinador portista de uma forma diferente  e com um sentido diferente, ainda com o descaramento de no dia a seguir, o grande título do jornal "Record" ser, "estalou a guerra", numa alusão à frase aldrabada de Jorge Jesus e à resposta de Vítor Pereira, numa tentativa clara e sem escrúpulos dos jornalistas desse diário desportivo em criar já um conflito onde ele não existe, algo que deveria envergonhar esses jornalistas, cujo tipo de episódio já foi criado anteriormente.
   Obviamente, como sempre, os portistas sabem tirar imenso proveito de tudo o que lhes possa ser vendido e houve um claro aproveitamento de uma frase sem importância que foi transformada numa provocação, um vergonha.
     O certo é que com sorte e outras coisas, o Porto venceu em Braga, não querendo tirar o mérito desse triunfo, sendo até hipócrita da parte seja lá de quem for, não reconhecer que o Porto tem uma bela equipa, com jogadores de top como James, Moutinho, Fernando e Jackson por exemplo, a verdade é que sempre que há um daqueles jogos de extrema importância para a classificação, o Porto vê a sua equipa a ser beneficiada e o Benfica a ser prejudicada e em Braga isso mais uma vez  aconteceu e lamento essas situações, não só porque a qualidade do Porto não deveria precisar de especiais favores e porque sem tanta estranha situação, seriam as suas conquistas muito mais meritórias e reconhecidas por todos, eu, não teria qualquer problema em reconhecer a sua superioridade e de lhes dar os parabéns, algo que os portistas nunca conseguirão fazer, porque ao contrário dos benfiquistas, demonstram um claro complexo de provincianismo, bem presente quando evitam dizer o nome do Benfica e na falta de respeito com que o tratam, mas infelizmente, as coincidências surgem época após época e não posso dar os parabéns a quem está intimamente ligado ao que de mais podre se passou e passa no futebol português.
     Carlos Xistra, não conseguiu ver uma mão do tamanho do mundo de Alex Sandro, ignorando um penalti evidente que poderia dar a vantagem no marcador o Braga, mas é o mesmo árbitro que em Coimbra, conseguiu ver 2 penaltis que não existiram contra o Benfica, resultado: Porto poderia não ganhar 3 pontos em Braga e o Benfica ganharia 3 pontos em Coimbra, mas o que aconteceu é que o Porto ganhou os 3 pontos em Braga e o Benfica foi impedido de os conquistar em Coimbra, com os reflexos que isso tem na classificação.
     Mas não deixa de ser curioso que perante estes factos, António Salvador, qual subserviente, se manteve no mais completo silêncio, ao contrário do que fez uma semana antes perante um golo mal anulado em Alvalade, em que apressadamente procurou os holofotes para dar conta do seu descontentamento.
    Curioso também que esta imprensa sempre tão desperta para o Vale e Azevedo, fazendo questão de sistematicamente o tratar como ex- Presidente do Benfica, ignore estas situações, faça vista grossa a um suicida na torre das antas, que ao que consta, conseguiu o milagre de esconder a arma com que se matou!!!, a um árbitro condenado a 20 meses de suspensão por corrupção no âmbito do processo apito dourado, mas que já está de novo a apitar competições profissionais e mantenha um silêncio absoluto, como se fosse normal, a A.F. do Porto andar a homenagear árbitros que não são daquela associação, a esse propósito, creio que para o ano, Xistra será o homenageado, tais os bons serviços que vai prestando a um filiado daquela associação.
    Alguns benfiquistas pareceram-me ficar descrentes na conquista do título pelo facto do Porto vencer em Braga, não partilho esse sentimento, primeiro porque foi o resultado que esperava em segundo, porque mesmo sabendo que em Braga não seremos tão irmãmente recebidos, que depois de terem agredido tudo o que era jogador do Benfica, provocado expulsões em jogadores o Benfica, de inéditas falhas na iluminação e mesmo desconhecendo o que está a ser preparado para a nossa deslocação a Braga, parece-me perfeitamente possível, mesmo com as contrariedades e provocações de que seremos vítimas, que o Benfica também ali ganhe.
    Mas esse jogo ainda vem longe, o próximo é sempre o mais importante e esse, será dia 10 de Dezembro em Alvalade, num dos tais jogos importantes para o final do campeonato, daí a oportunidade expectável em tirar pontos ao Benfica, é com esses pormaiores que se decidem campeões e toda a atenção será pouca, daí pela falta de vergonha de quem gere o nosso futebol, nos poder bem calhar um Proença, mas a minha aposta, vai para o Olegário ou Jorge Sousa, porque o efeito será o mesmo e dará menos nas vistas.
    Termino este post que já vai longo, dizendo que como sempre na ausência de argumentos em rebater civilizadamente estes factos, os adeptos do clube da corrupção, aqui virão como anónimos, previligiando como sempre a ofensa na ausência de argumentos, típico.
  

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

MOMENTO BENFICA - E o papel de Jorge Jesus.

   Decorrido praticamente um terço do campeonato, com a Taça de Portugal e Liga dos Campeões em andamento, parece-me oportuno fazer um balanço deste Benfica e até comparar a outros da era Jorge Jesus.
    Por altura do fecho do mercado, com as saídas de Witsel e Javi Garcia, com a ausência da contratação de um lateral esquerdo, os adeptos, de forma perfeitamente legítima, temiam pela resposta que a equipa poderia dar, antecipando-se as mais diversas conjunturas, havendo algumas leituras que considerei válidas, mesmo que por vezes revela-se algum desacordo, mas outras que considerei perfeitamente descabidas, porque a crítica assentou num velado ataque às pessoas, num total descrédito para quem dirige os destinos do Benfica e para com o seu treinador, de tal forma corrosivas que apenas foram servindo para dar armas de arremesso aos inimigos externos do Benfica, esse era o único contributo dessas críticas, ora como sempre defendi que apontar o dedo e falar mal por falar, sem dar ideias ou soluções é o caminho de quem efectivamente não tem ideias, não podia aceitar ou partilhar algo com quem está sempre pronto a ser destrutivo, não sabendo mais que isso.
   Para acentuar essa desconfiança e avolumar uma crise de desconfiança que embora ainda hoje se note, é bem menos acentuada, o Benfica começa a época com Presidente, treinador e capitão castigados, algo inédito na história do futebol, sendo pelos vistos para a Liga e Federação mais grave um desabafo a quente de quem perde um campeonato com um golo irregular, do que alguém que diz que as faixas estão entregues, colocando em causa a idoneidade de quem organiza as competições, ou de quem fala em sorteios com bolas amestradas, colocando em causa a veracidade do mesmo, pelos vistos, para os órgãos disciplinares, isso é uma coisa banal.
     Felizmente para o Benfica, esses cenários pessimistas previstos não se verificaram, o Benfica arrepiou caminho, o plantel uniu-se e felizmente teve um treinador que ao invés de se lamentar, arranjou as soluções que estupidamente alguns chamam invenções dentro do plantel, de tal forma que tenho a plena convicção, que com muitos outros treinadores, perante tanta adversidade, não estaria hoje o Benfica bem colocado em todas as competições.
   Fiz há uns tempos um post em que falava do Jorge Jesus das costas largas, em que o homem é condenado por dizer, por não dizer, por fazer ou não fazer ao gosto de cada um, (do género birrinha de menino mimado, se ele não mete o jogador que eu quero é mau), como os seus argumentos foram esvaziados pela sua capacidade, esses detractores, viram-se agora para o argumento de que Jesus só serve para valorizar jogadores e que o Benfica é hoje um clube de valorização de activos e não de títulos, como se essa faceta no actual contexto do futebol fosse algo de menor importância.
    Pois bem, eu acho que Jorge Jesus é muito mais que isso, antes de mais porque a capacidade de valorizar, tirar o máximo proveito das potencialidades dos jogadores e a capacidade de perceber neles características que lhes permita ter um alto rendimento em posições que não eram as suas, não está ao alcance de qualquer treinador banal, a melhor resposta é que hoje ninguém fala em lateral esquerdo, em alternativa a Maxi e o crescimento e qualidade de Matic e Enzo no meio campo é por demais evidente e se a Jorge Jesus lhe faltam mais títulos, deve-se em parte é certo a algumas culpas próprias de um treinador que é preciso não esquecer que só há poucos anos chegou a um patamar de excelência e como tal também ele cresce com os erros e porque infelizmente muita coisa se passa no futebol português fora das 4 linhas.
    Creio que quem envereda pela ideia de que rentabilizar e fazer crescer jogadores, gerando desse modo mais valias que geram receitas fundamentais para a viabilidade financeira do clube, é um velho do Restelo, saudosista, com tremenda incapacidade para perceber o caminho que o futebol moderno levou e a forma como ele evoluiu, goste-se ou não, hoje, nenhum clube consegue sobreviver no topo, sem uma vertente comercial forte, porque hoje, é impossível dissociar o futebol negócio do futebol propriamente dito e quem não perceber isso ou não conseguir acompanhar essa mudança, está morto a nascença.
    Para quem continua no ataque cerrado a este treinador, apenas lhes pergunto na sua opinião, que treinador para as possibilidades do Benfica, faria mais e melhor?
     Uma das muitas críticas feitas a Jorge Jesus e que na minha opinião tinha alguma razão de ser, tinha a ver com o facto de ser norma o Benfica começar muito forte e quebrar fisicamente nos finais de temporada, muito por força da pouca rotatividade no plantel, ora esta época, parece-me que se está a verificar uma inversão dessa situação, lá está, o crescimento de um treinador faz-se percebendo os erros.
    Julgo que o momento actual do Benfica é de evolução pelos mais diversos factores, antes de mais, porque me parece ter havido um planeamento diferente da época, ou seja, este tem sido um Benfica em crescendo, não só pelo necessário tempo que alguns jogadores tiveram de ter para assimilar os processos da equipa numa posição que não era a sua, mas também porque fisicamente, a equipa foi preparada para crescer ao longo da época, para atingir o seu pico de forma numa fase mais adiantada e decisiva da época, notando-se claramente um crescimento exibicional à medida que a temporada avança, muito por força da forma dos jogadores ser progressiva.
    Por este motivo, tenho esperança que a equipa ainda está longe de atingir o seu máximo potencial e que se calhar, ao contrário do passado, esta temporada, não se irá assistir a uma quebra física como se viu noutras.
     Se me parece estar neste diferente planeamento o assumir de alguns erros do passado, creio que é tudo uma questão de opções, no fundo e isso é de extrema importância, numa fase em que tudo está ainda longe de se decidido, com a equipa ainda sem estar nos seus índices físicos máximos, estar neste momento bem posicionado no campeonato, na Taça de Portugal e ainda cm algumas chances na Liga dos Campeões, abre na minha opinião, boas perspectivas que o Benfica irá ter uma época de sucesso, lamento apenas que ainda haja tanta desconfiança e dificuldade em perceber isto que me parece evidente, que faça com que esta equipa continue sem ter o carinho e o apoio que merecia de todos os benfiquistas, é lamentável continuar a assistir a tanta divisão no Benfica, dando a equipa tão boa resposta, é hora de honrar o nosso lema.
    Estou mesmo em crer que se na Liga dos Campeões, não estamos melhores, num grupo de certo modo acessível, deve-se exactamente a aposta feita num trabalho diferente de modo a que os jogadores estejam mais frescos e capazes na fase em que tudo decide, fosse hoje o jogo de Glasgow ou de Moscovo e estou certo que tudo seria hoje diferente.
   Vem agora aí o jogo com o Olhanense na Luz, num momento de crescendo da equipa em que os níveis físicos melhoram a olho vistos e com a confiança no máximo, por isso é imperioso continuar este caminho evolutivo ganhando este jogo, para que o Benfica não ceda terreno e esteja em posição previligiada nos momentos chave da época, até porque me parece que ao contrário do Benfica, o nosso mais directo adversário está neste momento no pico da sua forma e ele não dura para sempre, daí a minha enorme fé.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

BENFICA VENCE CELTIC - Em vendaval de futebol atacante.

   Numa noite chuvosa, o Benfica venceu o Celtic  num vendaval de futebol atacante, com momentos de enorme qualidade e  cuja vitória pecou por escassa, tal o domínio do Benfica e a sorte que voltou a proteger os escoceses.
   Para quem como eu, gosta imenso de futebol, custa que seja uma equipa como o Celtic a seguir em frente nesta prova, quase a fazer lembrar os gregos no Euro 2004, mas o futebol é também isto e a equipa escocesa, apesar do Benfica estar neste momento em 2ª lugar, é de facto, aquela que melhor colocada está para seguir em frente, em virtude do grau de dificuldade do calendário, já o Benfica, com este triunfo, garantiu desde já um lugar na Liga Europa, ou seja, o objectivo mínimo de quem está na Liga dos Campeões, também por isso se percebe a enorme importância que este jogo tinha.
    BENFICA 2 CELTIC 1 - Este era um jogo de enorme responsabilidade para o Benfica em que só a vitória interessava, porque sabia que não ganhando, não só comprometia em definitivo a hipótese de seguir em frente nesta prova, como poderia colocar em causa o próprio apuramento para a Liga Europa.
    Tal facto, poderia fazer com que a equipa do Benfica acusa-se algum nervosismo, mas isso não inibiu um entrada forte e decidida, começou desde cedo o ataque à baliza de Forster que defendeu muito e bem.
   Já depois de Cardozo ter ameaçado o golo, Ola John, factura o primeiro para o Benfica, após uma bela jogada individual de Salvio, com a bola a cair na zona de Cardozo que assiste o jovem prodígio  holandês, que cresce a olhos vistos, fazendo assim o 1-0.
   Um golo cedo era o melhor que poderia ter acontecido, não só tranquilizava a equipa, como obrigava uma equipa que coloca um camião TIR à frente da baliza, a abrir um pouco mais o jogo.
   Só que o cariz defensivo desta equipa nas competições da UEFA faz com que o Celtic não saiba jogar de outra maneira e pese embora ter subido um pouco mais no terreno de jogo, o domínio esse pertencia por completo ao Benfica, embora neste momento as dificuldades em entrar na área escocesa fosse maior, exceptuando um lance em que Ola John surge solto na esquerda e remata para uma defesa com os pés de Foster.
   O Celtic joga sempre na expectativa de uma bola parada, um livre, um canto, marcar um golo, foi assim nestas 5 jornadas e hoje não foi excepção, primeiro canto da partida aos 30 minutos, e golo de Samaras a empatar a partida, num lance em que Artur me pareceu mais concentrado em ganhar a falta do que a bola, falta essa que não me pareceu existir, pois foi Artur que foi ao encontro do avançado escocês que estava parado.
   Com o empate no jogo, o Celtic voltou a sentir-se confortável no jogo e aproveitou bem algum desnorte que a igualdade causou ao Benfica.
 Na 2ª parte, o Benfica voltou a entrar forte, houve mesmo momentos de autêntico massacre e é preciso perceber, que não é nada fácil jogar contra uma equipa que defende com toda a gente e ainda por cima com grande entrega, daí o grande mérito deste Benfica que colocou o Celtic em pânico constante. 
   O Benfica jogava muito bem neste momento, tentava por todas as formas o golo, ora em triangulações vindas da ala para o meio, com sucessivas tentativas de entrada na área, ganhando cantos sucessivos, ora através da meia distância quando tal não era possível, mas a estrelinha da sorte estava de novo com os escoceses, como se percebeu numa grande iniciativa de Lima que é tirada sobre a linha de golo por um defensor contrário. 
    Nesta altura já custava ver o resultado empatado e elogio seja feito aos jogadores, contra todas as adversidades, lutavam, tentavam e nunca baixaram os braços, isto num jogo com tanta responsabilidade, sinal de grande personalidade.
    Ironicamente, foi através de um lance de bola parada aos 71 minutos, que tantos pontos foram dando ao Celtic neste grupo, que após tanto porfiar, o Benfica chegou ao golo do triunfo que já há muito merecia, livre marcado para a área, Luisão  ganhar nas alturas e Garay a aparecer solto de marcação e a fuzilar autênticamente o Guardião adversário, estava feito o 2 a 1.
    O Celtic tentou reagir ao golo, mas pela frente estava um Benfica decidido, que ficou a dever a si mesmo, ora por algum demérito na hora de finalizar, ora pelas excelentes intervenções de Forster, nomeadamente num livre de Cardozo, e num lance fantástico do Tacuara que após driblar de forma soberba um defesa contrário, vê de novo Forster a negar-lhe o golo, ora pela tal falta se sorte, como no belo remate de Salvio que embate na trave.
    Sem aparecer o 3º golo, compreensivelmente, na ânsia de garantir tão precioso triunfo, notava-se agora alguma ansiedade nos jogadores e com isso alguns maus passes em zonas perigosas, mas apesar de um ou outro calafrio, a verdade é que o Celtic não conseguiu grandes oportunidades.
    O jogo terminou com uma vitória justíssima, que apenas peca por escassa, agora, apenas resta aguardar pelo que nos reserva a última jornada, onde tudo poderá acontecer.
  Pela positiva: A fantástica atitude da equipa do Benfica, que num jogo de enorme responsabilidade, denotou enorme personalidade e ainda as grandes exibições de Garay, fabuloso em todos os capítulos e Enzo, parecia estar em todo o lado e com uma capacidade criativa fantástica, mais uma criação de Jorge Jesus, a que alguns entendidos de forma imbecil chamam de invenções.
  Pela negativa: o episódio da demora da entrada e Enzo após receber assistência fora das 4 linhas, hilariante.
   Arbitragem: Técnicamente gostei muito, ou seja, procurou deixar jogar e decidiu quase sempre bem, mas com um erro disciplinar grave, ao não expulsar (nem amarelo houve) Waneyama por clara agressão a Enzo.

SORTEIO DA TAÇA DE PORTUGAL - Benfica ainda sem adversário.

    Decorreu hoje na sede da Federação Portuguesa de Futebol, o sorteio dos 1/8 de final da Taça, um sorteio desde logo muito positivo, uma vez que o Benfica jogará na Luz, apenas faltando conhecer o adversário que está dependente de um qualquer protesto, mas que será sempre de uma divisão inferior, o que desde logo, abre excelentes perspectivas de seguir em frente, diria mesmo que outro cenário que não o apuramento será inadmissível.
    Depois de 2 eliminatórias fora de portas, é com agrado que registo o regresso aos jogos caseiros na Luz e embora não podendo fazer uma análise ao adversário que nos calhou em sorte, porque ainda não se sabe qual será e que provavelmente obrigará o Benfica a jogar numa data posterior à data marcada para os jogos dos 1/8 de final, creio que numa fase em que a sobrecarga de jogos começa a acentuar-se, pode ser muito importante, ter um jogo em teoria mais acessível, que permitirá uma gestão adequada do plantel, sem contudo hipotecar a passagem à fase seguinte e sempre, mas sempre com o máximo respeito por quem visitar a Luz, até porque é preciso ter em mente, que o Benfica já foi surpreendido na sua própria casa por equipas menos cotadas e isso é um aviso que nunca poderá ser ignorado, Taça é Taça e as surpresas acontecem, cabe ao Benfica evitar semelhante situação.
   O grande destaque deste sorteio vai para o Braga - Porto, é obviamente o grande jogo dos oitavos e que também esse factor é positivo para o Benfica, porque obrigatoriamente, um dos outros candidatos à final será eliminado, um jogo interessante, entre 2 clubes amigos e que é aguardado com alguma expectativa.
   Aqui ficam o jogos dos 1/8 de final da Taça de Portugal, que irão disputar-se no 1º fim de semana de Dezembro, provavelmente sem o jogo do Benfica, pois dificilmente, até esta data, a questão dos possíveis adversários do Benfica estará resolvida:

Marítimo – V. Guimarães
Lourinhanense – Paços Ferreira
Benfica-Aves/Coimbrões/Operário/Caldas
Académica – Tourizense
SC Braga – FC Porto
Belenenses – Fabril do Barreiro
Gil Vicente – Oliveirense
Arouca – Beira-Mar

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

BENFICA NA CHAMPIONS - Cenário realista.

  Vibrando sempre com as vitórias do meu Benfica e sofrendo com as suas derrotas, tento sempre analisar as coisas de forma realista, sem dramatismos ou extremismos, embora ciente que sendo este fenómeno emotivo, se calhar, nem sempre as coisas serão assim tão lineares.
    Mas é baseado num realismo que é o cenário que se coloca neste momento ao Benfica na Liga dos Campeões, que na minha opinião se deve analisar o jogo de amanhã, no Estádio da Luz, frente ao campeão escocês Celtic.
   Como tal, deve-se fazer a análise deste jogo e da sua decisiva importância, perante a realidade do cenário actual que é colocado ao Benfica, sem qualquer tipo de dramatismos, ou seja, há a clara noção que este jogo é absolutamente decisivo para o Benfica, não tanto por nos dar grandes probabilidades de apuramento para os 1/8 de final da Liga dos campeões, mas por garantir o menos mau daquilo que pode resultar da fase e grupos, ou seja, o apuramento para a Liga Europa e essa é realisticamente a maior probabilidade e a hipótese mais fiável do que poderá ser o futuro do Benfica nas provas europeias na presente época.
   Sabendo-se que a vitória do Celtic sobre o Barcelona, limitou em muito as aspirações do Benfica nesta prova em relação ao seu apuramento, é contudo de extrema importância, o Benfica continuar a fazer-se representar na Europa do futebol, até pela defesa do seu prestígio internacional e é nessa perspectiva que se deve encarar o jogo de amanhã.
   Na minha opinião o cenário é este, ganhando, o Benfica garante desde logo a continuidade na Liga Europa, aconteça o que acontecer na última jornada, aí colocam-se outros 3 cenários, o primeiro de extrema dificuldade, que é vencer em Barcelona e sem depender de ninguém, apurar-se para os 1/8 de final da Liga dos Campeões, o segundo, empatar em Barcelona e esperar que o Celtic não vença o Sp. de Moscovo em Glasgow, o terceiro, perder em Barcelona e esperar que os russos vençam na Escócia, mas para este cenário ser possível, é preciso que o Barcelona vença amanhã na Rússia.
   Como se percebe, a missão do Benfica em termos de Champions afigura-se extremamente complicada, mas a continuidade nas provas europeias depende exclusivamente de um Benfica ao seu nível, sendo esta a hipótese mais realista, contudo e embora demasiado dependente de terceiros, vencendo o Celtic, mesmo perdendo depois em Barcelona, o Benfica ainda pode ser feliz, embora seja melhor ter os pés assentes na terra e lá está, pensar realisticamente e partir para este jogo com a garantia efectiva que ele nos oferece, ou seja, há que ganhar ao Celtic e garantir a Liga Europa e depois aguardar pelo que nos reservará a ultima jornada.
   Termino este post com um forte apelo aos adeptos do Benfica, nomeadamente aos elementos da claque do clube, mostrem que verdadeiramente amam e respeitam o clube, para darem essa prova de amor e respeito ao clube, amanhã e sempre, devem deixar-se dessa parvoíce do lançamento de petardos, se o fizerem e sabendo vocês das consequências que esse acto pode trazer ao clube, então é porque não respeitam nem o amam, têm a palavra amanhã, qualquer outro cenário que não seja a ausência de petardos, será imperdoável e inadmissível e como tal restará aos benfiquistas uma única opção, irradiar e impedir de entrar na Luz, quem não respeita e prejudica o clube de forma intencional.
 

sábado, 17 de novembro de 2012

BENFICA VINGA SPORTING - Contra duas equipas.

   O Benfica vingou a eliminação do Sporting na Taça de Portugal, com uma vitória incontestável contra duas equipas, a do Moreirense e a de arbitragem.
   De facto, Duarte Gomes, esteve ao seu nível, tentou de tudo para que o Benfica não chegasse ao golo e quando se começa uma crónica pelo árbitro, é porque de facto foi miserável.
   Fingiu que não viu penalti sobre Lima ainda antes dos 10 minutos, pouco tempo depois ignora outro sobre Luisinho, não satisfeito, consegue transformar um livre à entrada da área por faltíssima sobre Bruno César, num amarelo ao jogador benfiquista, aliado a esse facto, a disparidade no critério disciplinar, entradas a roçar a violência dos jogadores do Moreirense valeram apenas amarelo, quando travavam jogadores do Benfica em jogadas de perigo nada de cartões, mas aos jogadores do Benfica conseguia mostrar amarelos em faltas junto à área do adversário, ou seja em lances sem qualquer perigo, lamentável, vindo de um árbitro que não me esqueço, foi o único até hoje que me fez sair do estádio bem antes do termino do jogo, refiro-me a um Benfica - Sporting, que com o célebre penalti fantasma de Jardel, conseguiu conduzir o Sporting ao empate, mais um vigaro com apito.
  MOREIRENSE 0 BENFICA 2 - Quando uma equipa, com tanta mudança, algumas por opção técnica, mas grande parte por lesões, consegue ganhar com alguns momentos de bom futebol, contra duas equipas em vez de uma, está tudo dito quanto à forma categórica como ganhou este jogo.
    Mais uma vez Jorge Jesus esteve muito bem na gestão do plantel, algo que era acusado de não fazer, mas estranhamente, agora, esses que tanto lhe bateram, são os mesmos que o acusam de estar a facilitar, eu digo que Jorge Jesus, está a transmitir aos seus jogadores, uma clara demonstração de confiança em todos eles e os jogadores estão a responder de tal forma, que começa a ser já difícil de diferenciar titulares de suplentes, com tudo o que de positivo isso representa.
    Entrou muito bem o Benfica no jogo, percebendo que o centro do terreno estava demasiado povoado, fruto da densidade defensiva  do Moreirense, tentava criar desiquilibrios nas alas, embora quer Nolito, quer Gaitan, não estivessem particularmente inspirados, mas contavam com o apoio dos laterais e dos próprios avançados que fugiam da zona central para ganhar mais espaço e zonas laterais.
    Estas movimentações baralharam o adversário, porque jogava com 3 centrais e estes viam-se sem qualquer referência para marcar.
   Apesar de tanto domínio e com o árbitro a ignorar penaltis, foi uma tremenda injustiça chegar ao intervalo com o nulo no marcador.
  Na 2ª parte - O Benfica entrou da mesma forma no jogo, o bloco defensivo continuava muito subido, o que permitia roubar a bola em zonas adiantadas do terreno e ao mesmo tempo impedir o Moreirense de criar qualquer jogada de perigo, de facto, até ao golo do Benfica, não se viu Paulo Lopes.
   O golo esse surgiu num lance de bola parada, com Matic na ressaca a rematar forte e apesar de Ricardo Fernandes ter tentado evitar o golo, mais não fez que o confirmar e como o Sérvio e o Benfica já o mereciam, Matic foi um gigante no meio campo, quer na recuperação da bola, quer ao ser o primeiro jogador a iniciar a 1ª fase de construcção do jogo ofensivo da equipa.
    Vendo-se em desvantagem, finalmente o treinador do Moreirense abdicou do autocarro, lançando Pablo Olivera, carrasco do Sporting e de seguida Wagner, o outro carrasco, só que  solidez do Benfica mantinha-se, embora descendo mais o bloco, de forma estratégica no sentido de aproveitar algum espaço dado pelo adversário.
    Depois veio a já habitual quebra de Luz em jogos fora do Benfica, que parou o jogo durante quase 20 minutos, pausa essa que pelo que foi o jogo no seu reinicio, me pareceu ter sido prejudicial a um Benfica que até então mostrava um ritmo forte.
    Esta foi seguramente a melhor fase do Moreirense, embora de curta duração, que apenas criava algum frissom nos muitos livres laterais que Duarte Gomes ia arranjando, mas exceptuando um perigoso cabeceamento e Ghilas, que roçou a trave, nada mais criou.
   Mas curiosamente, agora com mais espaço e algumas transições ofensivas com igualdade ou superioridade numérica, mas inconsequentes e normalmente mal definidas.
   O jogo parecia já ganho, mas mesmo assim, ao cair do pano, Gaitan arranca pela esquerda, passa por um adversário e entrega de bandeja ao recém entrado Cardozo, que mais uma vez marcou, fazendo o 2 a 0, bastando para tal estar 15 minutos em campo, enfim, ainda há uns quantos sei lá o quê que o assobiam.
   Vitória justa do Benfica que vingando o Sporting segue em frente na Taça de Portugal, num jogo que assinalou o regresso do capitão Luisão, que esteve em bom plano e certamente tão feliz como os benfiquistas por ter voltado a fazer o que tão bem sabe.
   Pela positiva: A dinâmica e jogo do Benfica, numa equipa com muitas ausências importantes e o regresso de Luisão.
  Pela negativa: Duarte Gomes, fez de tudo, mas teve o azar de ter pela frente um grande Benfica.
  Arbitragem de Duarte Gomes: Lamentável, já disse tudo no início do post.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

PAULO BENTO - O adeus à selecção?

    Brilhante, corajosa e adequada, a resposta de Paulo Bento, àquele que será sempre a pessoa que esteve directamente ligada ao que de mais podre existiu e existe no futebol português.
     O expert em matéria de fruta e aconselhamento matrimonial, como sempre, tinha de vir mandar os seus recados, aproveitando como sempre, uma comunicação social que apesar de sistematicamente usada e mal tratada, está sempre pronta a baixar as calças, subserviente ao mestre da corrupção e este, queixoso, veio a terreiro acusar a F.P.F. e o seu seleccionador, pelo excessivo uso de alguns dos seus jogadores.
  Curioso, que não deixa de ser a mesma personagem que em tempos, como bem lembrou Paulo Bento, reclamava pelo pouco uso dado aos atletas que lhe interessa promover e se calhar, o azedume desse senhor, resulta exactamente da não convocação de um jogador que quer vender, mas ninguém o quer comprar e que a selecção seria o espaço ideal para o promover, conforme foi no passado feito com muitos outros atletas, refiro-me a Rolando, que por mais que a comunicação social, insista em promover o jogador, arranjado interessados, a verdade é que ninguém o quer.
     Paulo Bento, com a coragem que o caracteriza, sem medo ou cobardia perante aqueles que estão habituados a esmagar todos aqueles que não se verguem a si,  defendeu-se também argumentando com o facto de essa personagem, gostar mais da selecção da Colômbia que da portuguesa, dando o exemplo do muito maior tempo de viagem e de jogo do jogadores colombianos pertença do clube a que o queixoso preside, o problema é que as pessoas do nosso futebol, não estão habituadas e não gostam de quem pensa pela sua cabeça e não se verga a poderes instalados, como tal, ou muito me engano, Paulo Bento ao afrontar o Padrinho do futebol, pode ter cavado a sua sepultura e dito adeus à selecção, é que eles não costumam perdoar.
   Mas eu creio que não se trata de gostos, mas sim de demonstração de poder, ou seja, inteligente como o mestre da corrupção é, falou para quem lhe dá ouvidos e para os seus servos, fazendo-lhes ver que o "Big Boss" está zangado, com a convicção que neste momento na Federação já todos tremem, azar do caraças, Paulo Bento não se assusta com ninguém, não liga a joguinhos de poder e como tal não pactua com ameaças venham elas de onde vierem.
   Por outro lado, essa pessoa, sabe bem que na Colômbia não lhe ligam nenhuma e que se sujeitava a ouvir algo do género que não respondem a pessoas que percebem mais de corrupção que de outra razão qualquer. 
   Percebo ainda que os Migueis Sousas Tavares, os Migueis Guedes e outros que tais, virão rapidamente em defesa do mestre, pois o respeitinho é muito bonito e o medo de represálias caso sejam discordantes também, sabemos bem o que normalmente acontece a quem faz frente ao mestre.
   Percebo ainda que o seu discurso de apelo aos benfiquistas para que deixem de falar de arbitragens e do apito dourado, com o argumento falacioso de que enquanto essa for a desculpa, o Benfica nunca encontrará a causa dos seus problemas, percebo ainda que esse discurso resulte noutra zonas da 2ª circular, sempre tão solícitos, subservientes e veneradores do azul e branco, muitos mais que o verde e branco, mas por mais que tentem e seja conveniente contar com o branqueamento dos benfiquistas, em relação à corrupção praticada nesse dito grande clube do Norte, isso nunca irá acontecer, até porque ao contrário daquilo que querem fazer crer, essa é a maior causa dos problemas do Benfica, tal a dificuldade em ganhar com tanta trafulhice no nosso futebol e porque ao contrário dos nossos vizinhos, esse estado de coisas não nos satisfaz, porque queremos ganhar e não que alguém não ganhe.
    Com a sua arrasadora e perspicaz resposta, Paulo Bento, sem se da conta, cavou a sua sepultura junto da Selecção Nacional, porque afrontar o actual estado de poderes instalados, normalmente sai caro a quem pauta a sua conduta pela seriedade e verticalidade e isso é uma postura completamente desconhecida quer por corruptos, corruptores ou vendidos e infelizmente isso é do que mais existe nos órgãos de poder do futebol português

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

VEM AÍ A TAÇA - No regresso de Luisão.

  Vem aí mais uma eliminatória da Taça de Portugal, numa prova, onde e não me canso de o dizer, já tenho muitas saudades de ver o Benfica na final, como tal, o pensamento para o jogo e amanhã, frente ao Moreirense, em Moreira de Cónegos, só pode ser o de vitória e com ela, o apuramento para os 1/8 de final.
    Vai ser necessariamente um Benfica diferente do habitual, fruto dos muitos problemas físicos que alguns jogadores atravessam, dos jogos de selecções, mas também algumas delas por opção técnica,  a tal rotatividade de que Jorge Jesus foi ano após ano acusado de não a fazer, mas que se vê agora criticado pelos mesmos por fazer rotatividade, vamos lá nós entender estas coerência!!!
   Mas para além da importância que um jogo a eliminar tem sempre, uma vez que não há margem de erro, esta partida tem um atractivo extra, o regresso à competição de Luisão, capitão e líder neste Benfica, após cumprir castigo por uma pseudo agressão a um desequilibrado mental que e fez passar por árbitro e que mesmo perante a mentira descarada e comprovada, perante a palhaçada que ele próprio provocou, passou impunemente e ainda hoje tem a lata de andar a dar entrevistas sobre esse caso, num aproveitamento claro da notoriedade que este episódio lhe deu e da qual, esse senhor pretende tirar o máximo proveito, depois de anos a ser ignorado e a viver no anonimato.
    Não podem os adeptos do Benfica, esperar já um Luisão ao seu melhor nível, é preciso perceber que o treino está longe de dar aos atletas o mesmo ritmo que se adquire no jogo, a própria morfologia do atleta, é propícia a um caminho lento para a melhor forma, basta lembrar que Luisão, sempre que veio de paragens longas, demorou sempre a atingir a sua normalmente elevada bitola exibicional.
   Mas Luisão tem de ser atirado às feras e o ritmo a ser adquirido nesta fase importante da época, primeiro por uma questão de necessidade, ou seja, a ausência de Garay por lesão e depois por uma questão de capacidade, ou seja, com o capitão ao seu melhor nível, a qualidade defensiva do Benfica aumenta de forma considerável e é importante tê-lo em pleno nos jogos complicados que se avizinham.
    Este Benfica tem tido imensas contrariedades ao longo da presente época, desde castigos a lesões, mas a sua resposta tem sido sempre muito positiva, muito mérito do treinador, mas também dos jogadores e este jogo não será excepção, desde logo as lesões de Garay, Maxi e Enzo, a que se juntam as prováveis ausências de Salvio e Melgarejo, por força das selecções, pelo que as mudanças serão muitas.
    Não querendo assumir o papel de treinador, creio que pelos motivos que atrás referi, o onze a apresentar  não deverá andar muito longe deste e é nele que deposito a minha total confiança, tal como a maioria dos benfiquistas: Paulo Lopes, André Almeida, Luisão, Jardel e Luisinho, meio campo com, Gaitan, Matic, André Gomes e Ola John e na frente, Cardozo e Lima.
 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

VITÓRIA DO QUERER - E outras notas desta jornada.

    Antes de entrar nas incidências do jogo, começo por dizer que ainda bem que o Benfica tem um treinador como Jorge Jesus, lamentavelmente, nem sempre tratado com o respeito que merecia, mesmo por parte de alguns benfiquistas, os quais ridiculamente, preferem concentrar-se em alguma arrogância do treinador, do que naquilo que verdadeiramente conta, a competência.
    Tivesse o Benfica, as mesmas contrariedades que tem tido, com alguns dos muitos treinadores antes de Jesus e neste momento estaríamos a discutir nada, Jorge Jesus, perdeu o esteio do meio campo no fecho e depois do fecho do mercado, perdeu o seu líder dentro do campo, perdeu Aimar e Martins que seriam alternativas naturais e agora neste jogo ainda perde outro jogador de meio campo que ele próprio criou, Enzo Pérez e mesmo assim, o Benfica continua forte,competente e competitivo, tivessem outras equipas tantas contrariedades e veríamos o que aconteceria, por isso obrigado Jorge Jesus pelo teu magnifico trabalho, aquilo que alguns experts apelidam de invenções, eu apelido de capacidade em criar soluções alternativas.
   RIO-AVE 0 BENFICA 1 - Num jogo que se previa complicado como se confirmou, o Benfica teve de arregaçar as mangas, depois de uma 1ª parte de bom nível, uma 2ª parte de luta e querer, menos conseguida, fruto de algum cansaço e também do mérito que se deve reconhecer a um adversário digno, de qualidade que merece uma palavra elogiosa, pela forma como abordou o jogo e o tentou discutir, porque isto de por vezes se julgar que o Benfica joga sozinho tem de acabar, há adversários de valor, que têm as suas competências.
    O Benfica entrou muito bem no jogo, forte, dominador e com iniciativa atacante, embora contando com um adversário bem organizado e que tentava também chegar à baliza de Artur, mas não conseguia, porque também o Benfica estava bem organizado e sabia baixar as suas linhas quando tal se impunha.
   O jogo estava bom, com ritmo e a partir dos 15 minutos o Benfica acentuou o seu domínio, de tal forma que Artur, foi nesta fase um mero espectador.
   Aos poucos o Benfica ia criando boas situações de finalização,. Ola John com nova exibição muito positiva, criava vários desiquilibrios na ala esquerda, Cardozo tentava de todas as formas, mas ou por mera infelicidade, pelo poste ou pelo excelente Oblak, que é nosso, tem só 19 anos e imensa categoria, a verdade é que a bola parecia não querer entrar.
   Foi já ao cair do pano e na melhor altura que se pode ter, que o Benfica chegou ao já há muito merecido golo, Salvio lança para a área, Jardel desvia ao primeiro poste e Lima surge em plena zona de finalização a disparar uma bomba para o fundo das redes, estava feita justiça antes do intervalo.
Na 2ª parte - O cariz do jogo mudou, mais Rio - Ave, mas com um Benfica, embora mais recuado, a nunca perder de vista a possibilidade de matar o jogo, resultando destes factores, um jogo que no geral foi de qualidade.
   Já sem Enzo Pérez, que saio aos 30 minutos e com um Bruno César totalmente desinspirado, o meio campo do Benfica, perdeu alguma capacidade, quer em termos ofensivos, mas principalmente defensivos, disso se aproveitaram os vila condenses, mais atrevidos e que começavam a criar cada vez mais dificuldades à medida que o relógio avançava.
   Mas muito bem o Benfica e os campeões também se criam assim, percebendo as incidências do jogo, sentindo que a sua capacidade já não era a mesma, a equipa uniu-se, ganhou humildade e partiu para uma fase de lutar com raça e querer, é com vitórias assim que se fazem campeões.
   Se é certo que nos últimos 15 minutos tudo poderia acontecer e foi também preciso alguma felicidade, a verdade é que no final de todas as incidências do jogo, o Benfica venceu com inteira justiça.
   Não posso acabar a análise ao jogo sem destacar uma enorme defesa de Artur mesmo ao minuto 93, embora o lance já não contasse, é uma defesa extraordinária, não fosse o diabo tecê-las, a bola entrar e afinal o lance ser validado.
  Pela positiva: A enorme capacidade de Jorge Jesus em responder às imensas contrariedades que tem tido e o espírito de equipa que o Benfica demonstrou neste jogo.
  Pela negativa: Um Bruno César completamente fora do jogo e a péssima entrada de Migue Vítor, sempre ultrapassado na direita e que poderia ter comprometido seriamente a vitória.
  Arbitragem de Bruno Esteves - Num jogo facilitado pelos jogadores, foi regular.
   Esta jornada teve ainda algumas incidências que devem ser realçadas, desde logo e finalmente uma vitória do Sporting, num jogo que se antevia muito complicado  e que acabou por ser muito bom para o Benfica.
    Mas este jogo ficou marcado por um golo anulado ao Braga de forma absolutamente escandalosa por Pedro Proença, este senhor é a grande imagem do tal sistema instalado no nosso futebol e podem dizer-me o que quiserem, até que eu vejo conspirações em todo o lado, mas os factos falam por si, senão vejamos:- Haveria melhor oportunidade para esta nomeação que este jogo? Numa jornada que antecede a visita do Porto a Braga e havendo logo depois um Sporting - Benfica, esta foi um excelente oportunidade  para Pedro Proença, que foi o grande obreiro do título portista e merecedor do Dragão de Ouro, bem como da justa homenagem da A.F. do Porto, contribuir para desmoralizar o Braga, fazendo-o perder, ao mesmo tempo que contribuiu para a moralização do Sporting quando e aproxima o derby lisboeta, mais um excelente contributo de Proença.
     Depois do arquivamento do processo a Pereira Cristóvão, cujo CD da FPF legitimou que qualquer Vice - Presidente de qualquer clube, possa depositar dinheiro na conta de qualquer assistente, legitimando assim qualquer e toda a tentativa de corrupção, percebemos ainda esta semana, que vale a pena o Presidente de um clube, ir à sede da Federação e reunir-se com o Presidente do Conselho de arbitragem, fossem estes episódios com o Benfica e nem quero imaginar as proporções que isto teria, mas enfim, há clubes que choram de barriga cheia.
  Mas como gosto de realçar também as coisas bem feitas, devo ainda dar os parabéns  Godinho Lopes, não pela oportuna visita à Rua Alexandre Herculano, que pelos vistos foi tida em consideração, mas pela grande bofetada de luva branca dada ao novo presunçoso do futebol português, António Salvador, levando-o a percorrer o museu leonino, para que esse senhor perceba a enorme diferença de historial entre os clubes, querer ser grande é uma coisa, sê-lo e outra, não é por se fazer 3 ou 4 boas temporadas que se é grande, é pelas conquistas, conquistas essas, com a excepção da taça intertoto, o Braga não tem, neste caso, Godinho Lopes esteve e grande, colocou o Braga e o seu Presidente no seu sítio.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

JORGE JESUS - O treinador das costas largas.

   Jorge Jesus não é um treinador perfeito, talvez por falta de alguma instrução, tem dificuldades de comunicação, é aí na minha opinião a sua maior lacuna, embora haja outras coisas que lhe possam ser apontadas.
  Mas caramba, haja paciência, a perseguição que lhe é movida de forma cruel e a meu ver extremamente injusta por parte dos próprios adeptos do Benfica, é a meu ver absolutamente injusta e por vezes com argumentos que são ridículos, de tal forma que só pode ser dita por gente que nunca soube o que é uma bola, ou então, se julga um treinador extraordinário, que embora sem qualquer formação, passou ao lado de uma grande carreira, sem que lhe tivessem dado a oportunidade da qual se julgava merecedor.
     De Jorge Jesus, com os seus defeitos que tem, com algumas opções que custam perceber a quem está de fora, só digo isto, é o melhor treinador que o Benfica pode ter nesta altura, o melhor pós Erickson e aquele que devolveu ao Benfica o melhor futebol desde há muitos anos e uma capacidade que não existia há muito para que hoje, sejamos uma equipa capaz de discutir títulos, o que infelizmente andou muitos anos arredado da Luz e aqueles que hoje tanto o mal tratam, serão aqueles que quando o virem ganhar campeonatos noutras paragens, serão os primeiros a colocar as culpas na direcção por o ter deixado partir, eu se fosse Presidente, renovava já.
     O episódio mais recente nas críticas a Jorge Jesus, são pelo facto de Cardozo ter começado o jogo contra o Spartak no banco e o ter resolvido vindo do banco.
    Não deixa também de ser curioso registar, que aqueles que agora criticam essa opção porque Cardozo resolveu, são os mesmos que andam há imenso tempo a exigir a Jorge Jesus uma dupla Lima/Rodrigo e que não sem cansam de falar mal e de assobiar se preciso for, aquele que é só um dos melhores pontas de lança da história do clube.
  Enfim, aqueles que são uma espécie de Marta Rebelo a falar mal do Paraguaio, a realçar os golos que falha em vez dos muitos que marca, são agora os críticos da opção táctica do treinador, criticas essas para mim sem qualquer fundamento.
    Faz-me confusão que numa opção táctica que resultou em cheio, em vez de se elogiar se critique o treinador, ou seja, qualquer outro treinador, que faça saltar um jogador do banco e ele resolva, marcando o golo do triunfo, é logo elogiado pela opção que tomou em fazer entrar aquele jogador, pelos vistos, com Jorge Jesus é diferente, as costas são largas, neste caso, ele faz entrar o jogador que resolve o jogo e é criticado por ele o ter resolvido, portanto caro Jorge Jesus, tem cuidado com as substituições, porque sempre que faças entrar um jogador que dê a vitória ao Benfica, será sempre uma má opção porque ele devia ter jogado de início, enfim, santa paciência.
    Ressalvando também a minha opinião que Cardozo é um jogador fundamental no Benfica, aquele que mais jogos resolve e que por regra é e deve ser um jogador titular, é fácil para quem esteja minimamente atento a este desporto, que é completamente diferente um jogador entrar de início ou na 2ª parte, que o facto de marcar golos quando entra, não é sinónimo que o fizesse se fosse titular, a conjuntura é completamente diferente, que se perceba isso de vez.
    Jorge Jesus tem ainda algo que muito aprecio e que é aquilo que muitas vezes diferencia um bom de um grande treinador, a enorme capacidade de perceber e potenciar as características de um jogador, exemplo mais recente, entre outros, é que já ninguém pede um lateral esquerdo, o grande médio centro em que Enzo Pérez se está a transformar e Ola John, quem o viu e quem o vê, vais crescendo e sendo trabalhado com calma e de forma sustentada, isso só de um grande treinador, embora haja sempre jogadores que por mais que o treinador tente ou queira, não dá para mais.
    Repito em jeito de conclusão, ainda vou ouvir muitas vezes na Luz, aqueles que agora acham que JJ está a mais no Benfica, a acusarem esta direcção de o ter deixado sair, nessa altura, como sempre, esquecem-se que foram eles quem o queria fora do Benfica.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

UMA BELA EXIBIÇÃO - Com um sabor amargo.

   Infelizmente, não pude ir ao Estádio apoiar o Benfica como gostava, questões laborais assim o determinaram, pois esta equipa tem merecido muito mais do que aquilo que os seus adeptos lhe têm dado.
    Foi de facto um bela exibição do Benfica, com um Ola John em grande, um Garay imperial e um Cardozo tão, mas tão injustiçado goleador, mas teve um sabor muito amargo, fruto da inesperada sobre o Barcelona, o que vem complicar  muito as contas, pois assim embora dependendo de si, terá forçosamente de ganhar em Camp Nou, tarefa herculiana essa, há que reconhecer.
    Mas o Benfica terá de pensar é em ganhar ao Celtic e depois ver o que dá a última jornada, porque embora não seja o desejado, há que pelo menos confirmar aquilo que para já está garantido, o mal menor que é saltar para a Liga Europa.
 Mas vamos ao jogo:
BENFICA 2 SP. MOSCOVO 0 - Uma boa entrada do Benfica em jogo, tendo começado a querer pressionar na frente, a ter bola, tomando desde cedo as rédeas do jogo, mas alguns desiquilibrios defensivos, fruto de algum nervosismo da equipa  e do jovem André Almeida, fizeram que rapidamente a equipa perdesse algum e discernimento.
    Talvez por isso, foi o Spartak a primeira equipa a criar uma grande oportunidade, salva por Artur, que tendo poucas intervenções durante o jogo, foram todas elas decisivas e em situações de grande perigo, isto já depois de logo aos 2 minutos, ter sido sonegado ao Benfica .
    Contudo, aos poucos, a equipa foi-se encontrado, depois de uma grande perdida de Salvio, após defesa valorosa do GR russo a remate de Lima, factor que não fora  desacerto e alguma falta de entendimento dos avançados, que caiam muitas vezes na mesma zona e que complicava o bom trabalho ofensivo de Enzo e companhia.
    Os lances de perigo eram agora alguns, mas raramente os pontas de lança se colocavam em posição de finalizar, pelo que o intervalo chegou com um nulo no marcador.
Na 2ª parte- Entrou aquele que gostem ou não do estilo, é o grande matador do Benfica, a referência de área e um marcador de golos por excelência, Tacuara, Óscar Cardozo, com a sua presença na área, Lima apareceu mais por trás e caia ora na zona interior esquerda, ora na direita, isso baralhou por completo a defesa adversária, com isso o crescimento de Ola John que tinha agora uma referência para fazer uso da sua enorme capacidade de ruptura no 1x1 e de cruzamento, muito preciso no passe este jovem, o qual está a crescer a olhos vistos, a mostrar porque razão o Benfica tanto investiu nele e a fazer perceber, aqueles que rapidamente rotulam os jogadores, sem perceber que por vezes, o tempo é necessário, num jogador habituado a um estilo completamente diferente, para além da sua juventude.
    O futebol do Benfica ganhou fluidez, velocidade e imprevisibilidade e foi após um belo cruzamento da esquerda que Cardozo ganhou nas alturas e cabeceou para o fundo das redes, estava feito o golo que a equipa já merecia.
   Com o 1 a 0, o Benfica tranquilizou e salvo um ou outro susto, fruto também de um crescimento necessário do meio campo benfiquista, em que também é preciso tempo, partiu para 30 minutos de grande capacidade, em que poderia ter marcado vários golos, tantas foram as ocasiões.
     Perante tamanha qualidade não estranhou que surgisse o 2º golo, Ola John que se entreteve a partir os rins aos seus adversários, em mais uma das suas belas iniciativas, colocou a bola no grande goleador e Cardozo resolveu.
    Cardozo estava imparável, fazia um jogaço, criava oportunidades, falhava alguns lances de golo porque está no sítio e cria muitas vezes ele o espaço, algo que alguns idolatrados não fazem e que pena foi ter falhado o penalti que ele próprio conquistou numa grande iniciativa individual.
    Devido a esse penalti, os russos ficaram reduzidos a 10 e então, a partir daí, o Benfica ficou a dever assim mesmo mais golos que mereciam e justificavam.
    Parabéns ao Benfica, aos jogadores e treinador, por esta bela noite europeia e vamos confiar que a sorte que não tivemos nesta jornada, apareça na última, a ver vamos.
  Pela positiva: Ola John, que crescimento, fruto de um treinador que nesta matéria manda bofetadas de luva branca a uns quantos, Garay imperial na defesa, Enzo, apesar de contratado a época passada, é uma das grandes aquisições desta temporada e como não podia deixa de ser Tacuara, mais 2 golos, mas enfim, basta estar 1 ou 2 jogos sem marcar e a memória curta de uns quantos entendidos em futebol, voltarão aos disparates.
  Pela negativa: Foi mesmo a derrota inesperada do Barcelona, que complica em muito as contas do Benfica, para que os tais experts, que tanto criticaram pelo empate em Glasgow, pensem antes de dizer sucessivamente disparates.
  Arbitragem: Deplorável, mal auxiliado, incrível o fora de jogo a Rodrigo numa jogada de extremo perigo, um penalti nas barbas daquelas estátuas atrás da baliza por assinalar e uma permeabilidade disciplinar com a extrema dureza dos russos, mau demais para uma Liga dos Campeões.
    Termino dedicando esta vitória ao Ary do Sp. de Moscovo, talvez agora nos ache mais fortes.
 
Adaptado por Blogger Benfiquista