--- O Benfica venceu com inteira justiça e com momentos de qualidade um Beira-Mar muito bem organizado, com Cardozo a mostrar a todos os que o assobiaram, que desde há muitos anos que o Benfica não tinha quem marcasse tantos golos, esses que nos jogos do Benfica, são tão prontos a assobiar seja quem for, fustigando as suas frustaçoes, são os mesmos que ironicamente tanto pedem o Nuno Gomes e quando ele jogava tanto o assobiavam.
Este fim de semana, após uma semana tão azarada, foi muito positivo para o Benfica, pois também no futsal, vamos ter o clube a defender o seu titulo europeu, numa final four histórica, que vai contar com a presença de 2 clubes portugueses, o que se saúda, Benfica e Sporting, mostraram ao mundo, que o futsal português, neste momento, esta entre os melhores, senão for mesmo o melhor da Europa a nível de clubes.
BEIRA - MAR 1 BENFICA 3 - Foi um jogo ganho com coração e união, depois do descalabro europeu, impunha-se que assim fosse, numa equipa, que ao contrario do que eu temia, entrou confiante, pressionante e mostrando claramente ao que vinha.
De facto, o Benfica entrou muito forte na partida, tanto, que nos primeiros 30 minutos, a equipa aveirense não conseguiu sair do seu meio campo, mas, a ansiedade que neste momento assola a equipa, retirava alguma clarividencia na hora de finalizar e esse factor, aliado a mais um penalti ignorado por Bruno Paixão, fez com que o Benfica, no seu melhor período do jogo, não tivesse concretizado as varias oportunidades conseguidas.
Depois, a equipa do Beira-Mar conseguiu suster o ímpeto do adversário, mas sem nunca criar perigo para a baliza de Roberto, ate que como por milagre, foi marcado penalti favorável ao Benfica, algo que nesta temporada pode ser considerado histórico, por falta evidente sobre Cardozo, que foi ostensivamente agarrado na área adversaria. Já vi ficarem por marcar penaltis assim, mas também já muitos assim foram marcados, embora, considere que aceitaria melhor que o arbitro deixa-se passar em claro este lance que o anterior.
Assim e de forma meritória e justa, o Benfica chega ao intervalo em vantagem, que na minha opinião pecava por escassa.
Na 2ª parte, uma natural reacção do Beira-Mar, o qual enviou mesmo uma bola na trave, naquela que foi a sua melhor oportunidade, mas já antes, Cardozo tinha desperdiçado soberana ocasião para matar o jogo.
Numa altura em que o Benfica não estava tão bem, apareceu Cardozo, que marca o 2º golo de forma magistral, num remate em arco, forte e colocado, que teve o condão de decidir o jogo e tranquilizar de novo as hostes.
A partir deste momento e ate ao fim, o controlo do jogo por parte do Benfica foi total, com uma ou outra reacção aveirense e foi de novo Cardozo a aparecer, com um drible fantástico sobre Hugo e a oferecer de bandeja o golo pelo qual Saviola ansiava.
Com 3 a 0 no marcador, a equipa relaxou de forma algo perigosa e permitiu que a equipa aveirense ainda reduzisse o marcador e mérito lhes seja dado, foi uma equipa que nunca baixou os braços e desse modo valorizou ainda mais a vitoria do Benfica.
Uma palavra para o "flash inteview" da "TVI", uma palhaçada, igual a varias outras, inclusive com treinadores de outros clubes. Como sabem, depois dos jogos temos as entrevistas rápidas e estas, foram criadas com um único objectivo, dissecar o jogo em questão e nada mais, pois bem, de vez em quando, aparecem uns cromos, como o de ontem, que perguntam sobre tudo, menos sobre o objectivo daquele momento, não sei se por incompetência de quem ali os coloca, com as cunhas do costume, ou porque quem ali esta, não sabe ou não quer saber o significado de um "flash interview", irritado e muito bem, Jorge Jesus deixou-o a falar sozinho, tendo esse energumeno em seguida, criticado um treinador do Benfica, por falar ao canal do clube, o que não estranho, se atendermos ao facto da TVI ser cada vez mais um canal ao serviço de determinado clube, que ali vai colocando variadíssimos jornalistas com um historial ligado a esse clube.
Pela positiva: A forma tranquila como a equipa abordou o jogo, depois de uma semana muito perturbante e Cardozo, uma exibição a dedicar a quem queria Kardec.
Pela negativa: O relaxamento da equipa após o 3 a 0, torna-se perigoso afrouxar antes dos jogos acabarem e a aflição final era desnecessária de pois de um exibição tão positiva.
Arbitragem de Bruno Paixão - Como quase sempre negativa, apita muito, mostra-se presunçoso e tem como erro grave, entre outros mais pequenos, ter feito vista grossa a um penalti evidente contra o Beira-Mar aos 25 minutos de jogo.
SPORTING 1 PORTO 1 - Esta jornada, foi ainda palco de um sempre apetecível clássico, este menos do que outros, tal a sintonia existente entre ambos.
Foi um jogo com momentos agradáveis, embora longe de ser um grande jogo, com a equipa de Alvalade a entrar muito bem no jogo, forte e pressionante sobre a bola, criando algumas aflições ao ultimo reduto adversário.
Exceptuando um lance em que Falcão falha de forma incrível o golo, foram do Sporting as melhores ocasiões, chegando justamente ao golo, por intermédio de Valdes, a finalizar uma reposição de bola de Patrício.
Reclama o Porto fora de jogo nesse lance e tem razão, mas há que saber reconhecer que o lance torna-se complicado de analisar, não só porque Valdes saiu rapidamente de posição irregular e a bola não foi na sua direcção e porque ficou complicado para o auxiliar de Jorge Sousa, saber se alguém mais tocou na bola e na duvida deixou jogar e bem na minha opinião.
Mesmo depois do golo, a equipa do Porto não conseguiu esboçar qualquer reacção antes do intervalo.
Na 2ª parte, claramente mais Porto, reagiu forte, parecendo-me inclusive que o Sporting, depois da grande pressão exercida na 1ª parte, não conseguia ter a mesma força, uma sensação que já tive noutras alturas e que revela alguma incapacidade física da equipa.
Naturalmente o Porto acabou por empatar o jogo por Falcão, na única vez que a equipa se esqueceu de Hulk.
Refira-se mesmo que um dos grandes méritos da equipa do Sporting, foi o de anular com eficiência os alas portistas, sem necessitar de marcações individuais, um pecado grave que Jesus cometeu no Dragão, com as consequencias conhecidas.
O jogo ficou ainda marcado pela expulsão de Maicon, que Liedson de forma inteligente conseguiu sacar e essa foi na minha opinião a principal causa para terminar com algum ascendente que o Porto detinha na altura, mas verdade seja dita, o Sporting ate ao final do jogo, não soube jogar com a superioridade numérica, pelo que se acaba por aceitar este empate como justo.
Pela positiva: O coesão leonina na 1ª parte e as exibições de Valdes e essencialmente de André Santos, um jovem cada vez mais em ascensão.
Pela negativa: Alguma debilidade física do Sporting, como principal causa da reacção do Porto.
Arbitragem de Jorge Sousa, ficou marcada com vários lances polémicos, num jogo complicado de apitar, que no global, classificam a sua actuação como negativa.