segunda-feira, 29 de novembro de 2010

TRIUNFAR COM QUALIDADE - Dedicado aos que assobiam o Cardozo

--- O Benfica venceu com inteira justiça e com momentos de qualidade um Beira-Mar muito bem organizado, com Cardozo a mostrar a todos os que o assobiaram, que desde há muitos anos que o Benfica não tinha quem marcasse tantos golos, esses que nos jogos do Benfica, são tão prontos a assobiar seja quem for, fustigando as suas frustaçoes, são os mesmos que ironicamente tanto pedem o Nuno Gomes e quando ele jogava tanto o assobiavam.
    Este fim de semana, após uma semana tão azarada, foi muito positivo para o Benfica, pois também no futsal, vamos ter o clube a defender o seu titulo europeu, numa final four histórica, que vai contar com a presença de 2 clubes portugueses, o que se saúda, Benfica e Sporting, mostraram ao mundo, que o futsal português, neste momento, esta entre os melhores, senão for mesmo o melhor da Europa a nível de clubes.
   BEIRA - MAR 1 BENFICA 3 - Foi um jogo ganho com coração e união, depois do descalabro europeu, impunha-se que assim fosse, numa equipa, que ao contrario do que eu temia, entrou confiante, pressionante e mostrando claramente ao que vinha.
   De facto, o Benfica entrou muito forte na partida, tanto, que nos primeiros 30 minutos, a equipa aveirense não conseguiu sair do seu meio campo, mas, a ansiedade que neste momento assola a equipa, retirava alguma clarividencia na hora de finalizar e esse factor, aliado a mais um penalti ignorado por Bruno Paixão, fez com que o Benfica, no seu melhor período do jogo, não tivesse concretizado as varias oportunidades conseguidas.
   Depois, a equipa do Beira-Mar conseguiu suster o ímpeto do adversário, mas sem nunca criar perigo para a baliza de Roberto, ate que como por milagre, foi marcado penalti favorável ao Benfica, algo que nesta temporada pode ser considerado histórico, por falta evidente sobre Cardozo, que foi ostensivamente agarrado na área adversaria. Já vi ficarem por marcar penaltis assim, mas também já muitos assim foram marcados, embora, considere que aceitaria melhor que o arbitro deixa-se passar em claro este lance que o anterior.
   Assim e de forma meritória e justa, o Benfica chega ao intervalo em vantagem, que na minha opinião pecava por escassa.
  Na 2ª parte, uma natural reacção do Beira-Mar, o qual enviou mesmo uma bola na trave, naquela que foi a sua melhor oportunidade, mas já antes, Cardozo tinha desperdiçado soberana ocasião para matar o jogo.
   Numa altura em que o Benfica não estava tão bem, apareceu Cardozo, que marca o 2º golo de forma magistral, num remate em arco, forte e colocado, que teve o condão de decidir o jogo e tranquilizar de novo as hostes.
   A partir deste momento e ate ao fim, o controlo do jogo por parte do Benfica foi total, com uma ou outra reacção aveirense e foi de novo Cardozo a aparecer, com um drible fantástico sobre Hugo e a oferecer de bandeja o golo pelo qual Saviola ansiava.
  Com 3 a 0 no marcador, a equipa relaxou de forma algo perigosa e permitiu que a equipa aveirense ainda reduzisse o marcador e mérito lhes seja dado, foi uma equipa que nunca baixou os braços e desse modo valorizou ainda mais a vitoria do Benfica.
   Uma palavra para o "flash inteview" da "TVI", uma palhaçada, igual a varias outras, inclusive com treinadores de outros clubes. Como sabem, depois dos jogos temos as entrevistas rápidas e estas, foram criadas com um único objectivo, dissecar o jogo em questão e nada mais, pois bem, de vez em quando, aparecem uns cromos, como o de ontem, que perguntam sobre tudo, menos sobre o objectivo daquele momento, não sei se por incompetência de quem ali os coloca, com as cunhas do costume, ou porque quem ali esta, não sabe ou não quer saber o significado de um "flash interview", irritado e muito bem, Jorge Jesus deixou-o a falar sozinho, tendo esse energumeno em seguida, criticado um treinador do Benfica, por falar ao canal do clube, o que não estranho, se atendermos ao facto da TVI ser cada vez mais um canal ao serviço de determinado clube, que ali vai colocando variadíssimos jornalistas com um historial ligado a esse clube.
   Pela positiva: A forma tranquila como a equipa abordou o jogo, depois de uma semana muito perturbante e Cardozo, uma exibição a dedicar a quem queria Kardec.
  Pela negativa: O relaxamento da equipa após o 3 a 0, torna-se perigoso afrouxar antes dos jogos acabarem e a aflição final era desnecessária de pois de um exibição tão positiva.
  Arbitragem de Bruno Paixão - Como quase sempre negativa, apita muito, mostra-se presunçoso e tem como erro grave, entre outros mais pequenos, ter feito vista grossa a um penalti evidente contra o Beira-Mar aos 25 minutos de jogo.
SPORTING 1 PORTO 1 - Esta jornada, foi ainda palco de um sempre apetecível clássico, este menos do que outros, tal a sintonia existente entre ambos.
   Foi um jogo com momentos agradáveis, embora longe de ser um grande jogo, com a equipa de Alvalade a entrar muito bem no jogo, forte e pressionante sobre a bola, criando algumas aflições ao ultimo reduto adversário.
   Exceptuando um lance em que Falcão falha de forma incrível o golo, foram do Sporting as melhores ocasiões, chegando justamente ao golo, por intermédio de Valdes, a finalizar uma reposição de bola de Patrício.
   Reclama o Porto fora de jogo nesse lance e tem razão, mas há que saber reconhecer que o lance torna-se complicado de analisar, não só porque Valdes saiu rapidamente de posição irregular e a bola não foi na sua direcção e porque ficou complicado para o auxiliar de Jorge Sousa, saber se alguém mais tocou na bola e na duvida deixou jogar e bem na minha opinião.
  Mesmo depois do golo, a equipa do Porto não conseguiu esboçar qualquer reacção antes do intervalo.
  Na 2ª parte, claramente mais Porto, reagiu forte, parecendo-me inclusive que o Sporting, depois da grande pressão exercida na 1ª parte, não conseguia ter a mesma força, uma sensação que já tive noutras alturas e que revela alguma incapacidade física da equipa.
   Naturalmente o Porto acabou por empatar o jogo por Falcão, na única vez que a equipa se esqueceu de Hulk.
  Refira-se mesmo que um dos grandes méritos da equipa do Sporting, foi o de anular com eficiência os alas portistas, sem necessitar de marcações individuais, um pecado grave que Jesus cometeu no Dragão, com as consequencias conhecidas.
   O jogo ficou ainda marcado pela expulsão de Maicon, que Liedson de forma inteligente conseguiu sacar e essa foi na minha opinião a principal causa para terminar com algum ascendente que o Porto detinha na altura, mas verdade seja dita, o Sporting ate ao final do jogo, não soube jogar com a superioridade numérica, pelo que se acaba por aceitar este empate como justo.
  Pela positiva: O coesão leonina na 1ª parte e as exibições de Valdes e essencialmente de André Santos, um jovem cada vez mais em ascensão.
   Pela negativa: Alguma debilidade física do Sporting, como principal causa da reacção do Porto.
Arbitragem de Jorge Sousa, ficou marcada com vários lances polémicos, num jogo complicado de apitar, que no global, classificam a sua actuação como negativa.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

CHAMPIONS JA PASSOU - A vida continua.

--- A Champions já foi, agora chegou a hora de reapontar baterias para a Liga, onde existe uma posição a defender e dela depende senão o êxito desportivo, o financeiro, pois como sabemos o 2º lugar, objectivo realista, revela-se de extrema importância por via do acesso a maior competição na Europa de clubes.
     Ao passar por alguns blogues, fiquei estupefacto com algumas reacções e movimentos extremos contra tudo e todos, como que a pedir uma revolução, apelando a concentrações que visem destituir que gere os destinos do clube. Aviso já que não contam comigo para isso, não me associo a movimentos destrutivos, de gente que nos maus momentos mais não faz do que pedir cabeças, servindo muito mais para desestabilizar, do que para construir, o Benfica não precisa de adeptos para os bons momentos, mas sim de benfiquistas para todos os momentos, sempre com o firme sentido de ajudar a equipa a evoluir e na defesa da imagem do clube, mesmo que tenhamos como eu fiz, de por vezes criticar o que achamos que funciona mal, assim não só não me revejo em tais atitudes, como as acho de mau tom e de uma cobardia atroz e não de benfiquismo, porque disso, a mim não me dão lições, como tal, este espaço não serve para isso.
    Parece ate que há pessoas, talvez saudosas dos tempos de Damásio e Vale e Azevedo, que estão associadas a certos movimentos, geridos por pessoas com ambições em assumir os destinos do clube e que se aproveitam da ingenuidade de alguns, os tais que se refugiam na toca quando os resultados são bons e quais salvadores da pátria, na ânsia de poder, metem a cabeça de fora procurando a sua oportunidade para se apoderarem de um cargo muito apetecível, sempre que surgem os maus resultados.
   Posto isto e virando-me para o essencial, cabe o grupo de trabalho benfiquista, unir-se, trabalhar para que as coisas melhorem e para pelo menos, apresentar um nível exibicional e de resultados, mais de acordo com a valia do plantel e dos pergaminhos do clube.
   Assim, este jogo de Aveiro, pode vir a ser crucial, pois em caso de derrota, a contestação aumenta e a confiança nas potencialidades da equipa, vinda dos próprios atletas, pode baixar a níveis preocupantes, que conduzam a equipa a uma onde de resultados ainda mais catastrofica e o meu forte desejo (ao contrario de alguns que se dizem benfiquistas) vai no sentido de evitar que tal aconteça.
   Assimilada a eliminação da Liga dos Campeões e com a Liga Europa no horizonte e ainda muita para tentar vencer, a equipa tem de aceitar esse facto e partir para uma limpeza da imagem deixada, uma equipa que se exibiu a níveis que roçaram a perfeição na conquista do 32º titulo nacional, tem forçosamente de valer e jogar mais e eu creio que se surgir uma serie vitoriosa, a confiança volta e com ela os bons resultados.
   Espero ainda, que os adeptos do clube, não entrem na onda jornaleira que agora procura arranjar casos em todos os cantos e que sejam adultos, pensando e analisando pelas suas cabeças, sem se emaranharem na catadupa de aldrabices e tentativas de desestabilização, bem orquetsradas, diga-se, que surgirão diariamente na comunicação social.
   Nesta semana há também um sempre apetecível clássico, o Sporting recebe o Porto e este jogo fica desde já marcado pela sempre presente incoerência do Presidente leonino, que depois de se ter referido a João Moutinho como maça podre e de atitudes inqualificaveis, surge agora a classifica-lo como excelente profissional, o que a mim me custa a compreender.
   Entendo que se o Moutinho tivesse sido transferido para o Benfica, Bettencourt não teria margem para vir em sua defesa, mas, sendo agora jogador do Porto, em nome da usual subserviencia e da sã convivência, eis que em mais um acto de vassalagem, surge a tentativa de apaziguamento dos adeptos para com um atleta que ele próprio o havia classificado como traidor, estão a ver mesmo, num cenário idêntico, o Presidente do Porto ter semelhante atitude, não estão?.
   Mas, apesar dessa incoerência, de uma coisa estou certo, o Presidente do Sporting falou com boas intenções, ou seja, no sentido de acalmar os ânimos e para que tudo decorra com normalidade, assim não entendeu Villas Boas ( se fosse o Jesus, a ter as atitudes que este já teve, seria rotulado de arrogante, principalmente pelos adeptos leoninos, assim...) e o treinador portista, apressou-se a mostra a sua desconfiança por tão nobres palavras, chamando desse modo mentiroso e mal intencionado a Bettencourt, o que diga-se, foi algo já antes feito pela estrutura portista em tempos não muito longínquos,  porque nobreza, como sabemos, como palavra e atitude, não existe no vocabulário portista.
   Contudo, este pormenor, não preocupa, nem irrita com toda a certeza as hostes leoninas, afinal de contas, a origem desta agressividade veio do clube amigo e que tanto veneram, como bons católicos, estou convicto, que mais uma vez, estão prontos a dar a outra face.
   Quero ainda dizer que não me preocupa, nem quero saber, nem tenho desejo por qualquer resultado no Sporting - Porto, desejo sim, que o meu Benfica recupere da mossa de Israel e vença em Aveiro, só assim se pode reerguer.
  Para terminar, um pequeno comentário ao sorteio da taça, há quem diga que os sorteios são sorte ou azar, contudo, estranhamente, a sorte sorri sempre aos mesmos, já na temporada passada, o Porto só nas meias finais apanhou uma equipa da 1º Liga, este ano vai pelo mesmo caminho, parece a historia da bola quente e fria, apenas não sei qual será a bola quente, se a do Porto se a do Juventude. 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ALGO SE PASSA NO BENFICA - A vulgaridade mais uma vez imperou.

--- Algo vai realmente muito mal o reino da águia, uma equipa sem chama, sem classe, que foi completamente vulgarizada, por um adversário de 2ª linha na Europa do Futebol, julgo ser caso para questionar, como pode uma equipa cair tanto de um ano para outro? Como pode um clube que investe quase 40 milhões no seu plantel, não suprir as suas evidentes lacunas? Como pode um treinador que sabe que não tem um flanqueador, continuar a adoptar o mesmo sistema de jogo do ano passado, quando as carcateristicas dos jogadores são completamente diferentes? Será isso digno de um mestre da táctica?
    Pois bem, julgo que as respostas são simples e evidentes, esta equipa do Benfica não soube colmatar as vendas no plantel, houve de facto muita incompetência na hora de comprar e se Luís Filipe Vieira quando foi campeão, soube vir a publico puxar dos galões no mérito das contratações do Benfica, deve este ano, vir a terreiro assumir de novo essa responsabilidade, porque quando uma equipa, se da ao luxo de emprestar um jogador que custou 6 milhões, tinha forçosamente de apresentar um nível qualitativo muito superior, o clube não pode nem deve estar a mercê de um treinador, tem de ter a sua politica de contratações e não pode exclusivamente olhar para a Argentina ou Brasil, afinal de contas, para que serve a formação?
    No Benfica, pelos vistos, para nada, senão vejamos: gastou-se 5,5 milhões em Jara, quando temos o Nelson Oliveira, veio o Salvio emprestado, para o Benfica ter emprestado o David Simão, Sidnei, não acrescenta nada em relação ao Miguel Vítor e ao Roderick e empresta-se um bom flanqueador de nome Urreta, para gastar 8,5 milhões em Gaitan, será que estes jovens do clube, com bem menos custos, acrescentariam menos qualidade? Não creio e a isto eu chamo desperdício, esbanjar de dinheiro e o Benfica ostenta riqueza quando acumula dividas, lamentável.
   A diferença existe no facto de uns serem da casa e não serem nem argentinos nem brasileiros, o que a mim, enquanto prospector do clube, me causa uma tremenda decepção, tenho a certeza, que pelo menos, estes jovens portugueses da formação, criados no seio do clube, teriam muito mais identidade com o mesmo e sentiriam enorme orgulho em vestir aquela camisola e o constante interesse em jovens argentinos, só faz com que os jovens que representam o Benfica, se sintam cada vez mais desacreditados.
   Julgo que neste jogo com o Hapoel, ficou mais uma vez evidente algo para que tenho chamado constantemente a atenção, ou seja, o Benfica apresenta-se em campo partido em dois, o quarteto defensivo e Javi Garcia e os 5 que atacam, ou seja, o meio campo do Benfica esta completamente partido, há os que atacam e o Javi a defender, simplesmente porque mais ninguém ajuda em tarefas defensivas, tornando assim a equipa demasiado permeável, ao contrario da época passada em que o bloco funcionava, porque quer Amorim, quer Ramirez ajudavam muito em tarefas defensivas e do outro lado, Di Maria não só ajudava a defender, como flanqueava o jogo, dando profundidade e velocidade nas transições, ora se isso já não existe no Benfica, porque raio insistir num sistema de jogo sem jogadores para lhe dar asas? Julgo que a isso chama-se incapacidade de ver mais alem e Jesus, insiste naquilo que já todo o mundo viu não ser possível no plantel actual.
    Um treinador que se auto intitula mestre da táctica, tem de saber antes de mais analisar o seu plantel, a partir dele definir um modelo de jogo que se ajuste aos jogadores que tem e principalmente saber ler os adversários.
   Julgo ser absolutamente vergonhoso o Benfica ser humilhado por uma equipa de 2ª linha europeia, o que por um lado demonstra que a equipa não tem perfil para a Europa e que neste momento não há sintonia entre jogadores e equipa técnica, o que a mim me deixa muito preocupado e temente em relação ao descalabro que se adivinha.
   Este jogo, assim como outros, exige uma profunda reflexão e uma tomada de posição forte da direcção, quer em relação aos jogadores, quer em relação ao treinador e de uma vez por todas, tem de ser a direcção a colocar um ponto final na catadupa de pedidos do treinador, ainda para mais quando os jogadores que se pretende não vêem suprir as lacunas evidentes na equipa.
     Uma palavra de admiração e apreço ao Braga, com tostões, venceu um Arsenal de milhões, mostrando competência, querer e um coração tremendos, de fazer inveja ao Benfica, estranhamente, o Braga mostrou muito mais estofo europeu que o Benfica e isso não pode ser desmentido e deveria merecer a atenção da direcção e restante estrutura do universo benfiquistas.
  Sinceramente, estou envergonhado e esta equipa em nada se identifica com a dimensão do Benfica.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

HORA DE CHAMPIONS - a 1ª final

--- Depois dos jogos da Taça de Portugal, em que o Porto precisou que anulassem um golo limpo ao Moreirense para passar, o Sporting mostrou a sua tradicional tremideira e com o Benfica e Braga a verem o seu jogo adiado, eis que para o gigante da Luz, chegou a hora de todas as decisões na Liga dos Campeões, com a primeira de duas finais a ser jogada já na 4ª feira em Israel.
    Obviamente a esperança dos 3 pontos esta bem presente em todos os benfiquistas, mas há que saber que jogar em Israel não se afigura uma tarefa nada fácil, não só porque o Hapoel tem valor, mas porque em casa, com um apoio fanático dos seus adeptos, estas equipas por norma transcendem-se, cabe pois ao Benfica, silenciar aquele estádio.
   O Benfica depende apenas de si, para se apurar, tem de vencer os jogos que lhe faltam, sabendo de antemão que um empate em Israel pode ser insuficiente, embora garanta desde logo um lugar na Liga Europa, que no fundo seria o menos mau.
   Aguarda-se pois com expectativa o desfecho deste jogo, mas essencialmente o comportamento da equipa, que em abono da verdade, diga-se, tem sido muito inconstante ao longo da presente época, o melhor Benfica com toda a certeza vencera, mas o pior pode comprometer as suas aspirações.
   Confesso, que atendendo a este facto, não dou a vitoria por garantida, mas acredito que a equipa se una fortemente em torno deste objectivo essencial quer a nível desportivo, pelo prestigio e o ranking nos melhores da Europa e no plano financeiro, com um encaixe superior ao que ganharia caso atingisse a final da Liga Europa, só por aqui, se percebe a diferença de valores, entre uma e outra competição e o Benfica, se quer ser grande na Europa, não pode desperdiçar esta soberana oportunidade de seguir em frente, eu acredito.
   Hoje entra em acção o Braga, tendo pela frente uma equipa de outra dimensão, o Arsenal e sabendo que a Liga Europa já não lhe foge, a equipa bracarense joga hoje uma cartada decisiva, com a desvantagem de saber, que mesmo vencendo, tal pode não ser suficiente para se apurar, pois em caso do Shaktar vencer o Partizan, precisaria a seguir de ir vencer na Ucrânia por 4 golos de diferença, algo em que nem os mais optimistas acreditam.
   Portanto, para o Braga o cenário ideal para hoje, seria vencer e esperar que os Ucranianos não ganhem, para que tudo se decida na ultima ronda, mas deve-se frisar, que para uma estreia na Liga dos Campeões, garantir a sua continuidade nas competições da UEFA, pode-se desde logo, considerar uma presença meritória nesta prova, inclusive porque poucos acreditavam que o Braga chegasse a esta fase.
   Venha então de la esta jornada e de preferência com vitorias das equipas lusas que dignifiquem Portugal e ajudem a cimentar a nossa excelente performance na presente temporada, com o objectivo bem realista de em 2011/12, Portugal colocar 2 equipas directas na fase de grupos da Champions e uma terceira nas pré -eliminatorias.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

SUPER PORTUGAL - Goleada com categoria.

--- Apesar de ser de carácter particular, um Portugal - Espanha, será sempre um enorme clássico ao nivel de selecções, pelo que não se pode cair no erro de desvalorizar este resultado e esta brilhante exibição.
   Infelizmente assisti ao jogo numa cama de hospital, mas descansem as hostes, nada de grave, uma cirurgia programada ao pé, resultante de uma lesão no futebol e que fui agravando, correu tudo bem e neste momento escrevo de casa.
   PORTUGAL 4 ESPANHA 0 - Um jogo em que correu tudo bem, pela atitude da equipa, pelo crer e porque esta equipa joga um futebol positivo, mérito a Paulo Bento, que simplesmente e muito bem, se limitou a colocar os jogadores na sua posição natural e desse modo, deixar que o seu talento venha ao de cima, simples e eficaz.
  Com um meio campo muito dinâmico, com Meireles, Moutinho e Carlos Martins, a equipa ganha ao mesmo tempo capacidade, quer defensiva, quer ofensiva, pois estes 3 jogadores, mostram eficácia em ambas as tarefas, com isso ganha a equipa.
    Depois na frente, 2 setas, Nani e Ronaldo, empregam uma tremenda velocidade nas movimentações ofensivas, com Postiga a ser perfeito para este esquema, pois sabe tabelar com os colegas e aparecer em zona de finalização, com tudo isto, ganha também a defesa, que nunca joga longe da restante equipa, bonito de se ver.
   Por tudo isto, a equipa entrou forte, contra uma equipa campeã da Europa e do Mundo, a qual apesar de manter uma boa posse de bola (60% contra 40%), nunca conseguiu dar a profundidade do costume no seu jogo e exceptuando uma cabeçada de David Silva, solto no interior da área portuguesa, foi a equipa das quinas aquela que mais oportunidades teve, vendo mesmo antes do 1º golo, um outro muito mal anulado, num lance monumental de Ronaldo que sem a responsabilidade de levar a equipa ao colo, mostra-se solto e com o seu talento, consegue finalmente ser aquele que conhece-mos dos clubes que representou.
   Na 2ª parte e apesar da saída de Ronaldo, a equipa manteve-se fiel a si mesma, com Danny a entrar muito bem na dinâmica da equipa e com isso o normal desenrolar do resultado, com Postiga a concluir uma jogada fabulosa, brilhantemente assistido por Moutinho.
   Com o 2 a 0 e a qualidade do nosso jogo, percebeu-se que a Espanha estava atordoada e adivinhava-se claramente que o mais normal seria o avolumar do resultado, o que se verificou, por Postiga novamente e depois num brilhante lance de contra - ataque e por Hugo Almeida, não deixando de ser digno de registo, o facto de nos queixar-mos da falta de avançados e 3 dos nossos golos terem sido apontados pelos ponta de lança.
   Independentemente deste jogo ter sido a feijões, não se pode tirar mérito a uma equipa que foi honesta e que a continuar assim, vai com toda a certeza ter bons resultados e o publico português do seu lado.
  Obrigado Portugal pelo prazer que me deste ontem.
   P.S. - Quero aqui deixar uma palavra de apreço aos meus familiares, que apesar de não ter passado por uma situação melindrosa, mas sim por um momento sempre de alguma tensão, estiveram sempre comigo, num apoio que me deixou sensibilizado, mas que no fundo, já esperava, pois tenho uma família linda.
  Uma palavra ainda para o meu sobrinho e afilhado, que muito nos visita aqui no blogue, o Carlos Silva (coitadito, tem o defeito de ser lagartito), uma pessoa brilhante e grande amigo e ainda ao To-zé, que não escreve as suas opiniões, mas acompanha este espaço, sempre que precisei dele, esteve sempre, mas sempre presente, fazendo muito mais que aquilo que se exige a um amigo, mais uma vez ontem e hoje, esteve sempre presente, de facto não tenho palavras, mas ele também sabe que na minha consideração não fica apenas como um amigo, mas sim como um irmão, a todos os meu obrigado.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

BENFICA LAVOU A CARA - Mesmo com alguns calafrios.

--- Depois da terrível ressaca do fim de semana anterior, nada melhor que esta tenrinha Naval para o Benfica lavar a sua cara, uma goleada é sempre moralizador e este resultado pode trazer de novo alguma tranquilidade ao grupo de trabalho. Já o Porto foi feliz, muito feliz na sua vitória, a qual foi selada com um penalti à Porto, ou seja, forçado, muito forçado, nada que se estranhe.
   Já o Sporting desta vez conseguiu segurar uma importante vantagem de 2 golos e vencer num campo complicado, a Académica ainda ameaçou o empate, mas a equipa de Alvalade, desta fez, segurou a reacção adversária.
  BENFICA 4 NAVAL 0 - Depois das vitórias do Guimarães e Sporting e após a goleada sofrida, era imperioso ao Benfica vencer e de preferência por números convincentes, objectivos esses conseguidos na plenitude, mas com uma exibição muito sofrível no plano defensivo, principalmente na 1ª parte.
    Como se previa, o Benfica entrou ansioso, o que acaba por ser normal e as ausências de Luisão, Maxi Pereira e Carlos Martins, fizeram sobressair ainda mais essa ansiedade, mas, com o decorrer do tempo e sentindo a fragilidade do adversário, a equipa foi ganhando alguma confiança e acaba por chegar cedo à vantagem no marcador por Kardec.
    Quando se pensava que o mais complicado estava feito, estranhamente, permitiu a reacção adversária, a qual não teve consequências mais graves pela acção dos postes da baliza de Roberto, de facto era confrangedor ver aquela defesa, qual papel, que deixava passar os adversários por si, com uma facilidade que chegou a ser enervante, o que valeu, é do outro lado estava um adversário sem classe e também ele com uma defesa muito permeável, o que permitiu ao Benfica criar muitas situações para ampliar a vantagem.
   Até ao intervalo, assistiu-se a um jogo muito aberto e com muitas situações de golo perdidas, mas o 1 a 0 persistiu.
Na 2ª parte, o Benfica entrou a marcar com um golaço de Gaitan, golo esse que finalmente acalmou as hostes e fez com que a Naval deixasse de acreditar no milagre.
   O jogo corria de feição ao Benfica, com Gaitan a bisar e muitas e muitas situações eminentes de golo a serem desperdiçadas, fruto de uma brilhante exibição de Aimar, no seu lugar natural, a Naval essa estava resignada, mas mesmo assim e embora sem tanta clarividência e de forma menos evidente, ainda causou alguns calafrios a um sector defensivo demasiado mole e permeável, que teve a sorte de não ter pela frente jogadores com outra capacidade.
   Para o fim deixei o 4º golo do Benfica, da autoria de Nuno Gomes, porque foi especial e dedicado ao seu pai com sentidas lágrimas e deixei para o fim, porque o capitão merece, pela sua sempre brilhante postura profissional e pessoal, porque este sim, é daqueles atletas que eu posso dizer aos meus filhos que é um exemplo, a ti Nuno, tudo de bom e ignora aqueles que nunca te souberam reconhecer a exemplar postura, esses não prestam e como tal apenas merecem desprezo, por mim, jogarias no Benfica até te apetecer.
   Pela positiva: a criatividade atacante do Benfica e o golo muito especial de Nuno Gomes.
   Pela negativa: a permeabilidade defensiva assustadora do Benfica, houve momentos na 1ª parte que chegaram a roçar a mediocridade.
arbitragem de Vasco Santos: Sem casos, o que já de si e nos tempos que correm é de assinalar.
PORTO 2 PORTIMONENSE 0 - Esta equipa algarvia teve a coragem de chegar ao Dragão e sem receios deste ou daquele jogador, jogar de peito aberto, perdeu é certo, mas merecia ter sido bem mais feliz, espero que Jorge Jesus e a sua equipa, olhem para este exemplo.
   Naturalmente, a equipa portista entrou a comandar o jogo, mas o ritmo não era elevado e com a euforia ainda presente, a equipa desleixou-se, com isso ganhou a equipa algarvia, que foi sempre controlando o jogo e com um pouco mais de profundidade e felicidade ter sido mais feliz e colocar-se em vantagem, não o fez e com naturalidade, o Porto acabou por se colocar em vantagem, num golo algo consentido por Ventura, resultado esse com que se chegou ao intervalo.
  Na 2º parte, excelente reacção do Portimonense, que só por mera infelicidade, por acção de Helton e da trave, não chegou a uma igualdade que merecia, pelo que jogava e pela sua coragem.
   O Portimonense estava melhor que o Porto, mesmo com estes a terem também a suas chance de marcar, mas a verdade é que a qualquer instante se temia um golo dos visitantes e não fosse o diabo tece-las, eis que surgiu, como sempre que é preciso, o sr. do apito, de forma muito forçadinha, a dar o empurrão para a tranquilidade, marcando penalti para o Porto, que permitiu ao Porto colocar um ponto final na ambição adversária, que diga-se, não merecia tamanha traição.
Pela positiva: A coragem do Portimonense, jogando olhos nos olhos no Dragão, um exemplo, a que o Benfica e outros deviam olhar.
Pela negativa: A desplicência do Porto e o arbitro que resolveu colocar um ponto final na incerteza do resultado.
Arbitragem de João Capela: estava a ser normal, até que acabou por borrar a pintura com um penalti à Porto, igual a muitos outros de que já foi favorecido esta época e sempre que o resultado estava em causa, ou seja, a casa está bem arrumada, já todos o perceberam e julgo que já não há necessidade para continuar com esta pouca vergonha.
ACADÉMICA 1 SPORTING 2 - Chegou a temer-se nova reviravolta, mas em Coimbra, apresentou-se um Sporting bem mais realista e pragmático, só assim foi possível arrecadar os 3 pontos.
   A equipa de Alvalade, à semelhança de muitos outros jogos, entrou forte no jogo, pressionante e dominador, contudo, a mim, ficou-se já por diversas vezes, a sensação que fisicamente, os jogadores não aguentam pressionar durante muito tempo e isso tem-se reflectido em algumas 2ªs partes menos conseguidas.
   Perante o seu melhor jogo e caudal ofensivo, o equipa criava situações aflitivas na defensiva adversária, mas foi através de um penalti muito bem ganho por Postiga que chegou à vantagem. Dirão os sportinguistas penalti, mas se fosse o Saviola, diriam eles que foi simulação e que se aproveitou do contacto, para mim, não foi penalti e aliás, a equipa de Alvalade, esta época, não se pode queixar de arbitragens, muito pelo contrário.
   Com a vantagem no marcador, esperava-se uma reacção adversária, mas até ao intervalo, foi o Sporting quem esteve sempre melhor no jogo e com inteira justiça, Vukcevic ampliou a vantagem.
Na 2ª parte, forte reacção academista, que logos ao minuto 46 reduziu a desvantagem, o que intranquilizou e muito um Sporting ainda com o jogo passado na mente.
   Até aos 65 minutos, altura que o Sporting esboçou uma reacção e criou a primeira grande oportunidade, pairou sempre no ar a a ideia que a Académica a qualquer momento chegaria ao empate, Miguel Fidalgo de novo teve várias situações para marcar, valendo numa delas Patrício que faz uma defesa quase impossível.
   Com o decorrer do tempo, a equipa do Sporting foi-se fechando na sua defesa, com um pragmatismo evidente, mas decisivo para fazer com que a Académica, à medida que o tempo passava, ir perdendo fulgor e contas finais, pode-se considerar justa a vitória do Sporting.
Pela positiva: o pragmatismo leonino que lhe valeu 3 pontos.
Pela negativa: A permeabilidade da defesa do Sporting nos lances de bola parada, foi essencialmente por aí que a Académica criou perigo e de onde resultou o seu golo.
Arbitragem: sempre muito equilibrada, mas com um erro grave, não existe penalti no lance de Postiga.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

BENFICA E O SEU PAPEL SOCIAL - e a cultura de exigência.

--- Ouvi e li imensas vozes discordantes da inoportunidade da deslocação do Benfica a Angola, cujos principais argumentos se cingiam ao facto do desgaste da viagem, do cansaço que tal provocaria nos jogadores, da inoportunidade face ao calendário, entre muitas outras coisas, mas todas à volta do mesmo.
   Permitam-me discordar totalmente destas ideias, é que o Benfica, com bons ou maus resultados, é muito mais que um clube, tem face a outros uma responsabilidade acrescida, em virtude da sua dimensão não se resumir a uma região ou a um país, o Benfica é um clube universal, com milhões de fervorosos adeptos espalhados pelos diversos continentes.
   Como tal, este factor só por si, acresce de responsabilidades que outros não têm, o Benfica, por via da sua enorme dimensão, tem um papel muito mais que desportivo, tem um papel social e cultural, que visa defender e até expandir, como tal, o clube tem obrigação de se deslocar onde quer que haja adeptos, seja em Angola, na Austrália, na China ou nos Estados Unidos e face ao que se comemorava em Angola, era muito mais que fundamental o Benfica estar presente, era imperioso, digo até que só o Benfica poderia ali estar.
    A alegria que provoca nas pessoas que podem estar junto dos craques é contagiosa e isso só por si já vale o esforço, é que a maioria de nós não dá o devido valor porque está normalmente perto da equipa e dos jogadores, esteja perto ou longe, com maior ou menor dificuldade, acaba por ver todos os anos a sua equipa em campo, mas aqueles que estão a milhares de quilómetros? Não merecem ver a sua equipa e os seus ídolos de perto? Claro que merecem.
   Portanto e face ao exposto, julgo que foi importante a equipa ter ido a Angola, a sua franja de adeptos neste país é incomparável a qualquer outro clube nacional e há que saber implementar e divulgar a marca, para que esta se amplie e não se apague.
   Não me venham com histórias de desgaste ou cansaço, por amor de Deus, estes jovens atletas são profissionais, isto é a sua vida, são pagos a peso de ouro e nunca por nunca, quando o Benfica pretende reforçar o seu papel social, desportivo e cultural, podem usar tais factos como argumentos.
   Afinal de contas, onde está a cultura de exigência tão apregoada? Os jogadores que representam esta instituição têm de saber onde estão, que aqui se exige e que aqui há que viver o clube todos os segundos, só assim se tem êxito, só assim se atinge o sucesso e tenho pena que dentro e fora do clube se esqueça isso com alguma frequência.
   Estes jogadores, os adeptos e toda a estrutura do clube, devem antes sentir orgulho pela camisola que defendem e por aquilo que o clube representa, só assim pode haver sintonia e identidade entre todos.
    Esta época, ao contrário da anterior, falta sem dúvida uma cultura de exigência, onde estão os atletas que corriam unidos até à exaustão? Onde está aquele treinador que transpirava no banco tanto como os atletas no relvado, parecendo ele mais um a jogar? Onde está o Jorge Jesus que a meio do jogo tirava a gravata e o casaco, arregaçando as mangas?
  Isso sim é ser Benfica e isso sim parece estar esquecido, o que se estranha quando ainda há bem poucos meses todos exultávamos com o brilhantismo deste plantel.
   Julgo que é esta a mensagem que se deve passar ao grupo, para o unir e para perceberem, que digam os outros o que disserem, nós somos os campeões nacionais e temos ainda muito a defender e a ganhar, lamento que pareça que muito boa gente está esquecida disso, as quinas ainda estão na nossa camisola e como tal só uma coisa nos resta, dignificá-la, com lágrimas, suor e dedicação.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ROGÉRIO ALVES - Carta aberta para um fanfarrão.

--- A derrota copiosa do Benfica no Dragão, é naturalmente alvo da maior euforia e legitimamente por parte dos adeptos portistas, obviamente, nós benfiquistas, estaríamos igualmente eufóricos, o que custa mais perceber, ou talvez não, é que essa euforia se espalhe a outros quadrantes.
  Vem isto a propósito das palavras de Rogério Alves, Presidente da Assembleia Geral da SAD leonina, que não escondeu hoje a sua satisfação pela goleada averbada pelo Benfica no estádio do Dragão.
   Que nós já sabíamos que de facto o Sporting se move em torno do Benfica, isso é já uma evidência, o que de facto não sabíamos é que este senhor teria a coragem de publicamente reconhecer que para si, o Sporting é apenas um "fait-divers", pois a sua atenção centra-se antes no Benfica, afinal de contas, como já o disse em posts anteriores e agora confirmado por este senhor, provou-se pelas suas palavras que de facto, ele como os outros, na incapacidade da sua equipa vencer, revêm-se nas vitórias do Porto, ou seja,você como os outros é verde e branco por fora, mas claramente azul e branco por dentro.
   Vem então este senhor dizer que o "Fanfarrão levou um banho de humildade", e que "não escondia a alegria desportiva por ver o Benfica naquelas aflições."
   Pois bem meu caro Rogério Alves, o senhor esqueceu-se apenas de um pequeno pormenor, é que o seu clube, anda ele mesmo em grandes aflições e sabe, é para mim também uma enorme alegria desportiva, afinal de contas, o Fanfarrão, levou um banho de humildade, é que Deus Castiga e veja o senhor a curiosidade: Não é que 2 + 3 dá cinco?
    Devo-lhe ainda dizer que no fundo até temos coisas em comum, senão veja, não é que no estádio do meu clube se grita tanto pelo nome do meu clube, como no seu estádio? Pois é, o Slb esta-lhe sempre presente, daí que eu entenda a sua sempre eloquente e pronta vontade de falar no Benfica, no fundo fá-lo, porque já percebeu que essa é a única forma do seu clube não ser vetado à ignorância.
   No alto das suas sábias palavras e vindas de alguém tão letrado, permita-me no seio da minha humildade, mostrar a minha ignorância e a incapacidade de perceber o que quer dizer com as aflições do Benfica, é que sinceramente, como está a falar do Campeão Nacional, aquele que deixou o Sporting a 28!!! pontos, essa presumo eu, seria uma aflição que gostaria de partilhar desde há 9 anos, a não ser que também seja daqueles sportinguistas que se acha glorioso sendo o 2º classificado, é que se assim for, estamos conversados quanto á enorme ambição leonina e desaflição desportiva, estamos também conversados quanto ao desrespeito pela história e pelo passado do Sporting que você,como muitos outros demonstram, pois com tão parca ambição, não podem vir depois exigir respeito por uma grandeza que vocês renegam.
   Para terminar e porque de facto lhe estou a dar mais atenção do que aquela que merece, dizer-lhe apenas que se esqueceu que o seu Sporting ainda não tinha jogado e logo com  o seu directo rival na luta por um lugar europeu e não é que perdeu? Claro, nem se lembra, afinal ainda está a viver intensamente as incidências do jogo de ontem e até se esqueceu que aquele que diz ser o seu clube (só por fora) jogou, ou então foi na sua opinião um bom resultado, afinal de contas jogaram contra o 3º classificado e só perderam pela margem mínima, mesmo depois de terem 2 golos de vantagem no marcador, embora e isto é apenas um pormenor, só uma bola tenha entrado na baliza, aliado a isso e já que o 5 está na moda, veja bem caro Rogério, não é que acabaram esta jornada em 5º! Ele há com cada coincidência.
   Olhe, as vezes mais vale estarmos calados, é que quando falamos demais e gostamos de protagonismo, acabamos sempre por cair no ridículo e foi exactamente o que lhe aconteceu.

HUMILHADOS COM DEDO DE JESUS - Muita falta de carácter.

--- Condição prévia antes de me debruçar sobre o descalabro do jogo do Dragão, independentemente de todas a críticas que lhe vão ser feitas, inclusive por mim e amplamente merecidas, Jorge Jesus deve continuar hoje, amanhã, na época seguinte e por aí fora, porque estabilidade e continuidade é o que se exige num clube que quer ser vencedor.
     Posto isto, a equipa, a começar pelo seu treinador, devem fazer uma introspecção e mudar, mudar na mentalidade na atitude e no carácter, tudo o que lhe faltou ontem e uma das razões principais que ajudam a explicar o que se passou ontem, é exactamente a ausência de orgulho, ou seja, uma equipa que foi alcunhada de caceteira, entre muitas outras coisas, ao não saber fazer disso uma força, revela muita falta de orgulho e amor próprio e isso ajuda ainda a explicar uma diferença evidente entre o Porto e o Benfica, enquanto uns se revêm nos seus adeptos e fazem disso uma comunhão, pondo em campo a raça e a vontade desses mesmos adeptos, os jogadores do Benfica, em nada estão a representar a raça, a força e a determinação dos seus adeptos, só assim se explica a enorme diferença de atitude entre uns e outros.
    Jorge Jesus errou a toda a linha e se pouca fé eu já tinha antes deste jogo, pois em sido para mim evidente que não só este Porto é muito melhor que o da época transacta, como o Benfica é muito mais fraco que o que se sagrou campeão nacional, com muito menos fé fiquei após saber as suas opções para esta partida, prevendo mesmo um descalabro desta dimensão.
   Não que com isto dizer que o Benfica não perdesse na mesma o que quero dizer é que jogando com a sua equipa tipo, comas suas rotinas normais, com toda a certeza, o resultado e a abissal diferença exibicional, não teria as proporções que se viram.
   Claramente Sidnei não tem perfil nem valor para jogar no Benfica, está gordo, não tem entrega e é um jogador resignado, tornando-se a sua banalidade ainda mais evidente quando não tem ritmo de jogo, aliando-se a esse facto, o derivar de David Luiz para lateral esquerdo, posição em que claramente rende muito menos, assim, foi prestado um enorme favor ao adversário e na prática, o Benfica jogou com menos 2 defesas, sinceramente não se percebe esta opção, sabendo-se ainda por cima que foi precisamente esta opção que fez com que o Benfica em Liverpool leva-se 4 golos, desta vez foram 5 e mais poderiam ter sido, ou seja, errar uma vez percebe-se, duas já é burrice.
    Posto isto e porque não há muito mais a dizer, como benfiquista, que sabe ganhar e perder, que gosta de estar com a equipa quando ganha e quando perde, quero dar os meus justos parabéns ao Porto, que mostrou ser melhor e mereceu amplamente a vitória e os números atingidos, lamento apenas que do outro lado, não se saiba ganhar nem perder e que o respeito seja uma palavra ausente do seu vocabulário, isso também faz a diferença, por fim afirmar aqui, que no próximo fim de semana, estarei no Benfica - Naval, a apoiar o Benfica e a dizer aos jogadores, que agora há que levantar a cabeça e concentrar todas as atenções da defesa do 2º lugar, pois essa posição dá direito à Liga dos Campeões, que tão importante é para os clubes e relembrar que há ainda muitas provas para lutar e ganhar e se ainda têm alguma réstia de orgulho, mostrem-no já.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

VEM AÍ O CLÁSSICO - Após os jogos europeus.

--- Ainda antes de me debruçar sobre o clássico, importa comentar o desempenho das equipas nacionais na Liga Europa, as quais não tiverem nem de longe nem de perto, o brilhantismo e os 100% de êxito, das equipas que disputaram a Champions.
   GENT 3 SPORTING 1 - Um resultado completamente inesperado, não só por aquilo que foi dado a observar no jogo de Alvalade, mas também pela vulgaridade desta equipa belga, que ontem, até pareceu uma equipa bem razoável em certos momentos do jogo, mais por demérito leonino.
    Paulo Sérgio optou por uma equipa base de 2ªlinha e esse menosprezo pelo adversário custou muito caro, quando deu conta o Sporting já perdia, mas soube reagir.
   Rapidamente demonstrou que mesmo a sua 2ª equipa era melhor que este Gent e a igualdade por Saleiro surgiu com naturalidade, o que não se esperava era com toda a certeza a vulgaridade que o Sporting demonstrou na 2ª parte e para a qual, muito contribuiu a expulsão infantil de Abel.
   Com 10, a equipa leonina partiu-se e perdeu o controlo do jogo, empolgaram-se os belgas, que com toda a justiça marcaram 2 golos e cm um pouco mais de felicidade o resultado até poderia atingir números a roçar o escândalo.
  Em suma, um Sporting pouco humilde, o que lhe saiu caro, perdendo assim a oportunidade de carimbar desde já o seu passaporte para a fase seguinte desta Liga Europa, que contudo, julgo não estar em causa.
PORTO 1 BESIKTAS 1 - Alternei a visualização deste jogo, com o do Liverpool - Nápoles e pareceu-me que o Porto entrou bem no jogo, com disposição de resolver rapidamente as coisas, só que este adversário não era o mesmo de Istambul, ou seja, não tinha 8 titulares lesionados e apresentou-se claramente mais forte no Dragão.
   Contudo e até ao penalti muito bem cavado por Falcão, que deu vantagem ao Porto, este foi sempre melhor equipa e justificou plenamente a vantagem atingida ao intervalo.
   Na 2ª parte, houve bem mais Besiktas e para isso muito contribuiu a expulsão de Rodriguez, que teve um comportamento miserável e que denotou nervosismo por não ser 1ª opção no Porto.
   Em superioridade numérica, os turcos acreditaram ser possível e logo de seguida Nihat marca um grande golo que colocava tudo igual.
  A partir daí o Porto desorientou-se e só por felicidade não viu o seu adversário causar mais estragos, enviando inclusive duas bolas ao ferro da baliza de Helton.
   Contudo, uma falta duríssima de um defensor do Besiktas, fez com que a sua equipa ficasse também ela reduzida a 10 unidades e aí o Porto voltou a assumir as rédeas do jogo, embora se notasse que sem Hulk, a equipa sente dificuldades, mas mesmo assim, Ruben Micael, pareceu-me ter feito golo, mas o árbitro de baliza assim não entendeu. Para mim foi golo, fazendo-me lembrar aquele de Petit na Luz, mas para aqueles que defendem que nesse lance a bola não entrou, não podem agora achar o contrário.
   Apesar desta igualdade, o objectivo do Porto foi alcançado, e está já apurado para os 1/16 avos de final da Liga Europa.
--- Na antecâmara o Porto - Benfica que se aproxima, assisti no passado Sábado, dia do Académica - Porto, a algo que não me espantando, não deixa de ser curioso. Ou seja, na altura do golo do Porto, alguns sportiguistas que comigo privavam, fizeram uma enorme festa, cheios de orgulho pelo golo alcançado.
   Estranhando tal atitude, questionei os motivos para tal festa e a conclusão a que cheguei perante a resposta, é que os adeptos leoninos, na sua maioria, apenas torcem para que o Benfica não ganhe e se movem à sua volta, senão vejamos o raciocínio deles: "O Porto ganha eles assim não ficam a 4 pontos e se ganharem no Dragão não ficam a 1 ponto e é isso que verdadeiramente os assusta e preocupa."
   Bom, para se ter a clara noção da diferença entre os adeptos benfiquistas e sportinguistas, caso o Benfica estivesse na posição do Sporting, eu pensaria assim: "Que a Académica ganhe, assim fico a 7 do Porto e se eles vencerem no Dragão, fico a 3 do Benfica e a 4 do Porto e estou na luta do título", mas isso era eu, que sou do Benfica por dentro e por fora, não sou de uma cor clubística por fora e de outra por dentro.
   Perante tão insólito episódio, fiquei devidamente esclarecido de 3 coisas: a 1ª que de facto, a maioria dos adeptos leoninos é realmente diferente, não pensa em vencer, pensa antes em não ver os outros ganhar e os outros é o Benfica, o que nos leva à 2ª situação, que se são realmente diferentes no ponto anterior, ao reverem-se na postura arruaceira, de confrontação e no modo de estar da batota e da mais vil corrupção, no que de mais podre se tem passado no futebol em Portugal nos últimos 20 a 30 anos, são exactamente iguais a eles e como tal sem qualquer pingo de moral de virem apregoar qualquer inocência e papel de santo no estado vergonhoso do futebol português, pois quem se revê nessa postura é no mínimo cúmplice, por fim, julgo que este episódio retrata fielmente o desrespeito que neste momento os adeptos leoninos tem pelo historial do seu clube, sendo eles, ao não pensarem na possibilidade de ganhar, os primeiros responsáveis por aquilo que o Sporting neste momento representa, o que a mim, mesmo não sendo sportinguista me choca e desilude.
   Assim sendo, obviamente, a quem é verde e branco por fora, mas azul e branco por dentro, não pude deixar de afirmar, que por uma questão de coerência e atendendo ao modo como torcem pelo Porto, que seria de bom tom, caso o Porto se sagre campeão, irem com o cachecol portista, festejar para o Marquês, algo que ao mesmo tempo me preocupa, pois vejo a equipa portista a granjear uma enorme franja de adeptos, através de uma fonte que sinceramente antigamente me recusaria acreditar ser possível.
  Deixando de parte esta introdução, o que verdadeiramente interessa, é que vem aí o clássico, um jogo de nervos, sempre apetecível e que espero, dignifique o futebol e ambas as equipas se limitem apenas e só a jogar futebol e que o público respeite os artistas, só assim, o futebol faz sentido.
   Há que ser realista e admitir que de facto, neste momento, o Porto está mais sólido e confiante, tendo contribuído e muito, a injecção de confiança que lhe foi proporcionada por estranhas e bizarras decisões das equipas de arbitragem, bem viajadas e alimentadas por certo e é assim que se cavam fossos.
   Contudo, o Benfica é sempre Benfica e com tal, nestes jogos, tudo pode acontecer, no entanto, só acredito que possa haver sucesso no Dragão e partindo do princípio que teremos uma arbitragem normal, caso os jogadores do Benfica, demonstrem em campo a mesma raiva, a mesma postura de luta por uma causa, que normalmente neste clássico os atletas do Porto colocam.
  Acredito num jogo aberto, com grandes jogadores em campo, em que uma individualidade, um pormenor, pode vir a fazer toda a diferença, mas, seria hipócrita da minha parte e atendendo ao momento actual das equipas, não reconhecer algum favoritismo ao Porto, o que não invalida que tenha confiança em um Benfica forte que se vai transcender, enfim, um Benfica igual ao dos primeiros 75 minutos do jogo da Liga dos Campeões.
  O Benfica parte amanhã para a invicta, com ameaças constantes e um clima de terror aguardado, ao nível daquilo que representam o dirigentes portistas e uma alargada franja dos seus adeptos, felizmente nem todos, que querem é ganhar, independentemente dos meios utilizados.
   Perante este cenário, julgo que seria de todo sensato, o presidente portista, vir apelar à calma, dar um sinal claro e inequívoco que não pactua com actos bárbaros e que pretende um jogo disputado com toda a normalidade, ao não o fazer e com o seu silêncio, qualquer adepto sério e com um pingo de tino percebe que ele pactua e até apoia este tipo de comportamentos, o que é de repugnar.
    Não deixa também de ser estranho, que a ADOP, se tenha deslocado para um controlo surpresa ao Seixal, mas estranha-se ainda mais que não o tenha feito no Dragão, afinal de contas são eles os líderes. Haverá aqui mão de Laurentino Dias?
    Que role a bola e que seja qual for o resultado, na 2ª feira, se fale apenas e só de futebol.
 
Adaptado por Blogger Benfiquista