--- Uma jornada marcada pelo alargamento do fosso pontual entre os primeiros e o 3º classificado, Benfica e Braga vencem nas deslocações complicadas que tinham e Porto cede empate caseiro.
Na Madeira, foi uma vitória de mão cheia do Benfica, num resultado que não espelha as dificuldades iniciais pelas quais o Benfica passou.
Se ainda havia dúvidas que o Braga é um sério candidato ao título, elas foram dissipadas nesta jornada.
MARÍTIMO 0 BENFICA 5 - Um jogo que se esperava complicado e que foi facilitado pela acção dos jogadores maritimistas, factor esse de que o Benfica não tem culpa,
a não ser para aqueles que conseguiram saber o que disse Olberdam e que entendem que contra o Benfica qualquer jogador adversário pode defender com as mãos no interior da sua área.
A equipa madeirense teve uma entrada forte no jogo, dominando claramente os primeiros 20 minutos, embora exceptuando o lance no 2º minuto em que David Luiz desvia uma bola para o poste, o Marítimo não tenha criado mais nenhuma situação de golo, mas o certo é que dominava e o Benfica sentia dificuldades em assentar o seu jogo.
Depois o jogo equilibrou e para felicidade do Benfica, na 1ª vez que chega à baliza adversária, num lance de insistência de Cardozo, com 3 boas intervenções de Peçanha, este assiste Saviola, que de cabeça inaugura o marcador e para aqueles que falam em andores e afins, caso haja por aí algum conveniente esquecimento, há que referir que o Benfica chega à vantagem no marcador com onze jogadores de cada lado.
Esse golo mudou radicalmente o jogo, mercê da desorientação de alguns jogadores do Marítimo, com Olberdam a ser expulso por palavras dirigidas a João Ferreira e o curioso é que nesse momento recebo as típicas mensagens de quem movido pelo desespero mais nada sabe dizer, de que o Andor estava a caminho, facto esse que me deixou deveras curioso e com vontade de perguntar, como é que sabem que Olberdam foi mal expulso? Conseguiram perceber o que ele disse? Bom eu tenho a certeza que ele foi expulso, porque na óptica de aqueles que mais nada têm para fazer senão tentar retirar mérito à equipa que de longe mais e melhor joga em Portugal, disse ao árbitro que a mães dele era uma linda senhora, cheia de virtudes e muito honrada, enfim, haja paciência para tamanha ignorância.
Para mal do Marítimo, mal fica reduzido a 10 unidades, o Benfica faz o 2º golo, numa bela jogada de Di Maria que oferece o golo a Maxi Pereira e se dúvidas houvessem o vencedor do encontro ficou encontrado.
Quando todos se preparavam para ir para o intervalo, Di Maria em mais uma bela jogada individual, cruza para a àrea, Robson falha a intercepção e Cardozo tenta picar a bola para o fundo da baliza adversária e Robson, evita o golo defendendo o lance com ambas as mãos, penalti, expulsão e 3º golo sem espinhas, para alguns, para outros, uma nova lei devia ser criada, que permita que contra o Benfica, qualquer jogador possa defender com as mãos as bolas rematadas por jogadores do Benfica, ideia essa que eu concordo, pois 44 golos marcados é uma afronta aos adversários.
Com esse golo e um adversário reduzido a 9 unidades, a história do jogo ficou feita em tempo de intervalo.
Na 2ª parte e ainda antes de a analisar, uma palavra para a atitude e o brio da equipa madeirense, que mesmo com menos 2 jogadores em campo, foi sempre muito sério e digno, nunca desistindo de uma partida que estava manifestamente perdida.
Nesta fase o jogo decorria com uma certa melancolia, com o Benfica e bem a fazer uma gestão do esforço, sem forçar e um adversário abnegado, mas claramente sem possibilidades de reagir e assim depois de um panalti por marcar sobre Aimar aos 55 minutos, o Benfica faz o 4 a 0, através de um autogolo de Roberto Sousa e o 5º golo com uma cabeçada de luisão, no único erro de Peçanha, que teve mais 3 ou 4 belas intervenções que impediram que a vantagem no marcador fosse maior, o que diga-se não seria nada justo para os briosos maritimistas que continuavam em campo.
Resultado final com uma vitória sem contestação por 5 a 0 do Benfica, que de facto tem um enorme Andor a levá-lo ao colo, os seus adeptos, que mais uma vez fizeram com que a equipa sentisse estar a jogar em casa e isso é mesmo um caso de investigação policial, pois considero concorrência desleal.
Pela positiva, a excelente atitude do Marítimo, que mesmo com tanta contrariedade, foi sempre muito digno, o público que encheu os Barreiros e Saviola, 7 jogos 7 golos.
Pela negativa, a atitude de Olberdam, que impediu a sua equipa de discutir o jogo de igual para igual com o Benfica.
Arbitragem de João Ferreira, muito condicionada pela expulsão de Olberdam, que ninguém no seu perfeito juízo pode opinar, pois não acredito, que um árbitro que se encaminhava para a marcação de um livre contra o Marítimo, de repente olhasse e corresse para expulsar um jogador, se este nada de grave tivesse feito. Ficou ainda um penalti por rasteira sobre Aimar por marcar.
SPORTING 3 NACIONAL 2 - É claramente um Sporting em subida de produção, principalmente nas suas movimentações ofensivas, mais rápido e solto e com os seus niveis de confiança muito mais elevados e todos sabemos como isso é importante.
A equipa de Alvalade entrou muito bem no jogo, pressionante e a conseguir criar algumas rupturas na defensiva adversária, a qual foi sempre algo permeável, a demonstrar porque razão é a terceira pior defesa da Liga, mas o futebol tem coisas assim, quem não marca, sofre e o nacional contra a corrente de jogo chega à vantagem com um cabeceamento do pequeno grande jogador Ruben Micael, que no coração da área, livre de qualquer marcação cabeceou para o golo.
Este golo poderia enervar o Sporting, mas depois da infelicidade de sofrer um golo quando não merecia, teve agora a felicidade de marcar o tento do empate logo a seguir por Miguel Veloso, cada vez mais confiante e com o chamado pé quente, parece que cada remate seu, leva sempre a direcção da baliza.
Na 2ª parte, a equipa de Alvalade voltou a entrar melhor, mas a verdade é que a equipa madeirense também não dava tantos espaços, até que entrou Liedson, que tornou fácil o dificil e na primeira vez que tocou na bola, foi para colocar a sua equipa em vantagem no marcador.
Com esse golo o Sporting voltou a soltar-se e os lances de perigo íam surgindo com alguma facilidade, até que surgiu o inevitável, o 3º tento sportinguista, numa entrada fantástica e rapidíssima de Liedson, dando justiça no placard.
O jogo continuava com o Sporting a mandar, mas, contra a corrente de jogo, numa falha de comunicação entre Carriço e Patrício, a bola sobra para Edgar Silva que reduz a desavantagem e com esse golo aos 83 minutos, a feicção do jogo mudou e um Sporting que até então tinha mandado no jogo, perdeu a tranquilidade e os nacionalistas acreditaram ser possível o empate, o qual esteve à vista, mas que diga-se, seria injusto para aquilo que o Sporting fez em 80 minutos de bom nível.
Uma palavra ainda para o rídiculo da situação de Ruben Micael ser aplaudido pelos adeptos sportinguistas quando era substituído e momentos depois ser anunciado como reforço do Porto, mais uma vez enganados pelos mesmo de sempre, ainda não repararam nisso?
Pela positiva, Liedson, de facto um avançado terrível e Miguel Veloso, cada vez mais importante no meio campo leonino, pela negativa, a má organização defensiva do Nacional.
Arbitragem de Bruno Paixão, muito positiva, sem casos e em que os jogadores ajudaram, quando assim é está de parabéns o futebol.
PORTO 1 PAÇOS de FERREIRA 1 - Um jogo inevitavelmente marcado pelo nervosismo da equipa portista e por muito e graves erros de arbitragem.
Logo aos 8 minutos, Bruno Alves, agride William com uma cotovelada, expulsão perdoada a Bruno Alves, depois, aos 12 minutos, Bellushi agride atirando ostensivamente a bola contra o rosto de Òzeias, mais uma expulsão perdoada e a questão que fica é que caso pelo menos um destes prevaricadores tivesse sido expulso, surgiria o lance do golo muito mal anulado a Falcão? A dúvida permanece.
Mas o jogo esse continuou 11 contra onze, com mais Porto e uma equipa pacense muito fechada cá atrás, a lembrar muitos autocarros que este ano têm estacionado na Luz, facto esse que dificultou muito a fluidez de jogo do Porto, que mesmo com um golo mal anulado, teve muito tempo e oportunidades suficientes para marcar o golo.
Na 2ª parte, mais do mesmo, a equipa portista a atacar e os pacenses com toda a gente atrás da linha da bola, o Porto criava algumas situações de golo, mas ora por acção de Cássio, ora por desacerto na finalização, o golo não aparecia e o Porto começava a demonstrar muita ansiedade e nervosismo, até que na única saída para o ataque, digna desse nome, feita pelo Paços de Ferreira, Maikon, recebe um passe de bandeja e na cara de um desamparado Helton, gelou ainda mais o estádio do Dragão, aos 83 minutos.
Em desvantagem no marcador, o Porto reagiu muito bem e Falcão, empata logo de seguida, num lance que alguns dizem ter sido marcado com a mão, sinceramente e porque gosto de ser justo e coerente, não me pareceu, a movimentação do avançado portista foi muito rápida e a mim pareceu-me um grande golo.
Depois aos 87 minutos, a coroar uma exibição desastrosa, Rui Costa, expulsa Òzeias com o 2º amarelo, num lance em que o defesa pacense corta com o peito,
ficando-se a saber, que no Dragão, os adversários, não podem jogar nem com a cara, nem com o peito e independentemente de todas as críticas disparatadas que fazem aos árbitros e ao Benfica, o que é um facto, é que nesta temporada, foi contra o Porto, em pleno Dragão, que aconteceram as duas expulsões mais incrédulas e rídiculas deste campeonato, com claro benefício para os portistas.
1 a 1 foi o resultado final, num resultado que castigou a ineficácia portista e premiou o autocarro pacense.
Pela positiva, a atitude e a entrega dos jogadores de ambas as equipas, pela negativa a desastrosa arbitragem de Rui Costa, curiosamente e na minha opinião um dos bons árbitros portugueses.
Arbitragem de Rui Costa muito negativa e pese embora a anulação de um golo de forma inadmíssivel ao Porto, no geral e se analisarmos todos os lances da partida, os pacenses foram nitidamente os mais prejudicados, o que faz cair por terra a teoria da cabala que os portistas querem fazer crer que estão a ser vítimas, algo que a mim pessoalmente não me espanta.
De refeir ainda a grande vitória do Braga em Coimbra, a qual começou a ser desenhada por linhas tortas, com um penalti inexistente contra a Académica, o qual, teria um impacto muito maior em alguns adeptos do futebol, caso fosse favorável ao Benfica.
Contudo, devo salientar, que os bracarenses foram superiores em todos os capítulos do jogo, vencendo com mérito um adversário complicado, dando uma clara demosntracção que os bracarenses vão discutir o título até ao fim e têm desde já a vantagem de na próxima jornada terem muitos adeptos do adversário que vão defrontar a torcer pela sua vitória, num jogo, em que afirmo desde já, serei um apoiante incondicional do Sporting, por muito estranho que vos posa parecer.
Para terminar, uma palavra justa de reconhecimento e agradecimento ao Presidente do Benfica, por associar o Benfica à solidariedade para com o sofrimento do povo do Haiti, revertendo as receitas do jogo contra a pobreza para as suas vítimas, através da Fundação Benfica, algo que muito me orgulha e que devia também emrecer por parte dos adeptos dos clubes rivais, que tanto gostam de falar mal do clube, uma palavra de reconhecimento, pois saber reconhecer é um sinal de inteligência.