Começo este post pelo fim, o folclore protagonizado pelo treinador e presidente portistas, com uma choraminguice e um chorrilho de disparates, digno de figurar no guiness.
É o que dá a impunidade, houvesse justiça neste país e algumas dessas figuras não teria tanto tempo de antena.
Apesar de não perceber o motivo para este folclore de queixas e queixinhas, entendo, afinal de contas é natural que quem está habituado a ser sistematicamente beneficiado nestes clássicos, quem construiu a sua hegemonia num enredo de corrupção e prostituição, naturalmente sente-se prejudicado quando não é beneficiado.
Como bom cão de fila, com uma arrogância e má educação evidentes, aí se fosse Jorge Jesus, queixa-se esse senhor pelo facto de Matic e Maxi não terem sido expulsos, enfim, já aqui havia dito quando esse senhor confundiu mãos com peitos e pernas, que o seu problema é de fácil resolução, é meramente oftalmológico, é que acho engraçado que se consiga vislumbrar essas expulsões e se ignore as sucessivas entradas violentas de Fernando e Moutinho, mas se no caso de Maxi ainda possa perceber, já acho absolutamente ridículo exigir a expulsão de um jogador que fez 2 faltas em todo o jogo, que vê um primeiro amarelo por faltas iguais a tantas no jogo e se quisesse um 2º amarelo por uma falta normal no meio campo adversário, enfim, conversa de tolos, para tolos entreterem.
Concluindo este tema, facilmente se percebeu que de facto, o que o que interessava realmente ao aconselhador matrimonial, era a presença de Pedro Proença neste clássico, afinal de contas, é natural que lhescuste ver o obreiro do título da época passada, fora deste jogo de tamanha importância, mas mais ridículo ainda, foi a figura triste de telemóvel em punho, qual menino zezinho a fazer queixinhas à professora porque o nuninho lhe tirou a bola, por causa de um lapso normalíssimo do site da Liga ter-se enganado na colocação do resultado deste jogo, lamentável que se queira fazer de um lapso um caso, mas vindo de quem vem, de facto já nada me espanta, enfim, quando os ladrões continuam em liberdade mesmo cometendo crimes em catadupa, sentem-se cada vez mais autorizados em cometer crimes, é o que acontece.
BENFICA 2 PORTO 2 - Um clássico que teve uma fase inicial de loucos, com 4 golos nos primeiros 20 minutos, o que fazia prever um jogão, com muitos golos e de parada e resposta, mas foi falso alarme, apesar de sempre intenso, as equipas encaixaram a partir dos 30 minutos e poucas mais oportunidades de golo aconteceram.
Mérito seja dado a ambas as equipas, pois mostraram que queriam ganhar, o Porto adiantou-se cedo no marcador, 7 minutos, através de um livre lateral, com Mangala a inaugurar o marcador de cabeça, resposta pronta do Benfica, com Matic a desferir um grande pontapé, naquele que foi o golo da noite, que permitiu ao Benfica igualar de novo o resultado.
Mas o jogo nesta altura estava endiabrado, e Jackson coloca de novo o Porto em vantagem fruto de um lance inadmissível de Artur, há erros que não se podem cometer, muito menos em jogos desta importância e o guarda - redes do Benfica, tantas vezes elogiado fruto de belas prestações na baliza benfiquista, borrou a pintura 2 vezes no mesmo lance, 1º ao não conseguir recepcionar a bola, depois, chegando primeiro que o avançado portista, em vez de chutar para fora do alcance de Jackson, vai chutar contra este e assim permitir que caminhasse para a baliza deserta, de nada valendo o tremendo esforço de Garay.
Mas com um jogo tão louco, o Benfica responde de novo, depois de uma bela iniciativa de Salvio, a bola foi cruzada rasteira para a pequena área, com Helton a ficar também mal na fotografia e Otamendi a aliviar para Gaitan que fuzilou autênticamente a baliza de Helton, restabelecendo de novo a igualdade no marcador.
Perante este ritmo, longe estariam os espectadores de pensar que o resultado estava feito, mas a verdade é que não houve mais golos, o jogo até caminhou algo penoso até ao intervalo e com justiça no marcador.
Na 2ª Parte - O Benfica pareceu querer tomar conta do jogo, mas rapidamente o Porto, fruto de um meio campo mais bem povoado, começou a ganhar a bola e a conduzir o jogo para um ritmo mais adequado ao seu estilo, no fundo, o Benfica procurava imprimir mais velocidade, mas era o Porto que conseguia gerir o ritmo.
Perante este encaixe quase perfeito, as equipas iam tendo alguma dificuldade em ganhar supremacia no ataque, o jogo de ambos tornava-se mais previsível e começava a perceber-se que só mais um erro, ou um lance fortuito poderia levar alguém ao golo.
Foi o que aconteceu aos 80 minutos, uma recuperação de bola no meio campo, permitiu isolar Cardozo, que caminhou isolado para a baliza de Helton, rematou bem colocado, mas o guardião portista evitou o golo que daria a vitória ao Benfica, esta foi a única e verdadeira oportunidade da 2ª parte, pelo que julgo que o empate é o resultado que melhor retrata o que se passou no jogo.
Pela positiva: A Atitude de ambas as equipas e a postura digna dos jogadores, que levou a que este fosse um clássico sem grandes picardias, com maior preocupação em jogar do que outra coisa, com algumas faltas mais duras é certo, mas nada que ultrapassasse os limites de um clássico, infelizmente já se viu coisas muito graves que não se viram neste jogo.
Pela negativa: Os discursos de Pinto da Costa e Vítor Pereira no final do jogo, injustificados e sem qualquer explicação racional, só se entende isto pelo facto de estarem habituados a ver bolas entrarem na sua baliza e não ser golo, a ter sempre vantagem numérica em campo, a marcar golos de penaltis inexistentes ou a em fora de jogo, na ausência destes casos, tiveram de se vitimizar como sempre.
Arbitragem de João Ferreira - Técnicamente nada a dizer, deixou jogar o mais possível, não foi por ele certamente que o jogo não foi mais corrido, alguns foras de jogo duvidosos, daqueles por milímetros e como tal de análise extremamente complicada, disciplinarmente se é verdade que Maxi poderia ter sido expulso, também Fernando e Moutinho podiam, mas em defesa do jogo, imperou o bom senso que alguns só o desejam quando lhes convém.