---- A festa do futebol começou, já todos suspiravam por ver as suas equipas em acção e no fundo este começo de Liga, acaba por ser mais do mesmo, um Sporting que continua débil, para mim mais fraco que a temporada passada, um Porto a ganhar como ganhou anos a fio e o Benfica a dar sinais de fraqueza, reflexo claro da muita instabilidade que se vai vivendo, o sai este, entra aquela, oferta deste, oferta do outro, só desestabiliza.
BENFICA 1 ACADÉMICA 2 - a exibição deixa muita a desejar,
a 1ª parte foi pouco mais que sofrível.
A equipa pareceu quase sempre desequilibrada, com os sectores muito longe uns dos outros e a tremer imenso nas bolas paradas ao invés da época passada, ou seja uma sombra da temporada transacta.
Julgo que é fundamental que chegue o dia 31 de Agosto, de forma a tranquilizar de vez os jogadores assediados e a estabilizar o plantel.
A Académica foi mais equipa na 1ª parte, sem muitas situações de perigo, mas sempre melhor com e sem bola, assumindo estranhamente o total controlo do jogo, até que se coloca merecidamente em vantagem fruto de mais uma desatenção total num lance de bola parada, com Sidnei mais uma vez a comprometer.
Para se notar a diferença deste Benfica e do da época passada, basta dizer que o de hoje pura e simplesmente foi incapaz de reagir ao golo adversário.

Até ao intervalo, ao contrário do espectável, houve mais Briosa e menos Benfica e por ironia do destino, foi Roberto o melhor da equipa benfiquista nesta fase do jogo.
Na 2ª parte, pareceu-me que fruto da entrada de Jara, o Benfica veio mais decidido, com a linha defensiva mais subida e uma linha aberta de 3 avançados, mas a verdade é que até à justa expulsão de Addy nunca conseguiu imprimir aqueles ritmos frenéticos a que me habituei.
Em superioridade numérica, então sim, houve mais Benfica, partiu para cima do adversário, empatou por Jara após mais uma iniciativa de Coentrão e teve períodos de autêntico sufoco para a defesa academista, no entanto, esta equipa da Académica mostrou sempre capacidade de resposta e de vez em quando contra atacava, outra coisa que antes o Benfica raramente permitia quando sufocava um adversário, construindo alguns lances de livres laterais e cantos que os permitiam respirar.
Contudo nesta fase o domínio do Benfica era de tal modo acentuado que se adivinhava a reviravolta no resultado, puro engano, Peiser negou o 2 a 1 e Lionel fez o 1 a 2 para a sua equipa num golo sublime.
Esta derrota depois de perder a Supertaça para o Porto pode ter consequências imprevisíveis, pelo que o jogo ao complicado terreno do Nacional vai ser fundamental para que não se entre numa crise de resultados.
Nota-se claramente as ausências de Di Maria e Ramires nesta equipa, estranha-se até, que o Benfica não tenha antecipadamente previsto estas vendas, comprando antes jogadores caros para posições que estão bem preenchidas e agora naturalmente o cenário para resolver algumas carências neste plantel, nomeadamente ao nível das alas, está complicado. Infelizmente não me parece que este jogo tenha sido apenas um dia mau, quem me dera que fosse, é sim o reflexo da intranquilidade presente no seio do plantel desde o princípio da temporada, esta indefinição está a prejudicar o clube.
Há que questionar o que deve ser questionado e num jogo para vencer em casa, depois do experimentado na pré temporada e do jogo da Supertaça, não se percebeu a insistência em Peixoto, a ausência de Carlos Martins que demonstra uma forma assinalável e o porque de não se abordar o jogo em 433, mas Jesus lá terá as suas razões.
Pela positiva: A exibição sempre muito personalizada da Académica que por esse motivo acabou por merecer a felicidade no fim do jogo.
Pela negativa: a intranquilidade evidente no seio da equipa e a má forma de muitos dos seus principais atletas.
Arbitragem de Cosme Machado ao nível do que ele vale, dos piores da Liga. erros atrás de erros quer no plano técnico quer no disciplinar com evidente prejuízo para ambos os conjuntos e para o jogo em si.
NAVAL 0 PORTO 1 - Muito digna esta equipa da Figueira da Foz, trabalhadora, muito bem colocada em campo e a jogar olhos nos olhos com o seu adversário.
Fruto desse atrevimento, a Naval foi na 1ª parte mais dominadora, chegando mesmo ao intervalo com mais ataques e mais remates que o Porto, embora as oportunidades de golo fossem repartidas.
Os portistas tinham dificuldades em sair rápido para o ataque e com isso acabavam por afunilar o seu jogo e outras vezes abusar do passe longo e dos remates descabidos.
Na 2ª parte o Porto, principalmente a partir dos 60 minutos melhorou e muito, a equipa navalista quebrou e tinha já algumas dificuldades notórias em acompanhar os jogadores mais rápidos do Porto, em especial Hulk, que nesta fase aparecia com mais perigo em jogo, desperdiçando mesmo algumas situações para inaugurar o marcador.

Contudo, não se pense que a Naval foi uma equipa resignada, não senhor, embora não conseguisse acercar-se com tanta facilidade do meio campo adversário, sempre que podia lançava rápidos contra ataques e foi num desses lances que Privateli, de forma incrível e até algo infantil, na cara de Helton, em posição mais que previligiada, demorou uma eternidade a rematar, permitindo a recuperação e o corte de Álvaro Pereira que estava a 10 metros do lance. Foi o canto do cisne para a Naval.
Quando o jogo caminhava perigosamente para o fim e apesar do domínio do Porto, que já dava claros sinais de nervosismo e se previa que o nulo seria o desfecho no marcador, eis que entra em acção Paulo Baptista, que assinala de forma leviana, uma penalidade a favor do Porto por mão na bola de um defensor da Naval, quando este falha a intercepção da bola e esta ao passar por cima da sua perna, bate-lhe no braço que tinha atrás do corpo, num lance claro de bola na mão, em que o defesa nem sequer reage ou esboça qualquer movimento com o braço.
Paulo Baptista, que já apitava a todas as quedas dos jogadores do Porto viu neste lance a oportunidade ideal para oferecer de bandeja os 3 pontos ao Porto, ele que curiosamente, na 1ª parte não teve a mesma clareza de ideias num lance em que Álvaro Pereira na área portista, desequilibra com um toque João Pedro da Naval, aí mandou seguir!

Espero que tenha sido apenas um erro de arbitragem, acontecem claro, o Benfica também vai ter jogos em que certamente será beneficiado e outros prejudicado, o que também espero, é que isto
não seja já o efeito Fernando Gomes, Presidente da Liga, que de forma tão inteligente foi colocado naquele cargo, com a bênção ridícula de Luís Filipe Vieira e que a primeira grande medida foi não convidar o CD da Liga a continuar no exercício das suas funções, criticando-o mesmo, colocando desse modo fora do caminho do Porto, o grande empecilho ao controlo da sua hegemonia e dos bastidores do futebol português, logo agora, em que a arbitragem vai de novo para a alçada da Federação Portuguesa de Futebol, onde o Porto se mexeu sempre de forma sublime e cujo último reflexo tem sido o Conselho de Justiça. Pela positiva: A atitude da equipa da Naval, procurando jogar e marcar, não se limitando a esperar o erro adversário.
Pela negativa: o muito vento que se fez sentir e que tirou fluidez ao jogo.
Arbitragem de Paulo Baptista: muito negativa e com clara influência no resultado.
P. FERREIRA 1 SPORTING 0 - Com antevi num post anterior, este jogo seria muito complicado para a equipa da Alvalade, o que se confirmou.
Na 1ª parte, o Sporting apesar de não ter entrado muito bem no jogo, foi aos poucos assumindo o seu domínio, conseguindo em alguns momentos encostar o Paços no seu meio campo e criando mesmo 2 ou 3 excelentes situações para marcar e mais alguns lances de perigo, com Cássio a mostrar-se um muro perante os avançados adversários, embora apresentando quase sempre um futebol desgarrado e sem fluidez.
O Paços jogava na expectativa, tentando recuperar bolas transviadas pelo meio campo leonino e lançando o contra ataque quase sempre com a velocidade ora de Caetano ora de Rondon, mas até ao intervalo poucos lances de perigo criou, pelo que o resultado nesta fase era um castigo demasiado severo para o Sporting.
Na 2ª parte o jogo como que se transfigurou, a equipa da casa, percebendo a incapacidade do seu adversário, começou a acreditar que podia vencer a partida, adiantou um pouco as suas linhas e começou a ser pressionante logo à saída do seu meio campo, algo que baralhou por completo um Sporting vulgar e com várias peças fora do seu sítio, pelo que já não espantou ninguém o golo de Rondom aos 60 minutos e que diga-se, o Paços já justificava.
Esse golo atirou com o Sporting para as cordas, sem reacção, viu mesmo Patrício por 2 vezes evitar que a equipa da Mata Real acaba-se com o jogo e o melhor que a equipa de Alvalade conseguiu foi esboçar uma reacção nos últimos10 minutos de jogo, logo demasiado tarde, por isso aceita-se perfeitamente a vitória do Paços de Ferreira.
O que julgo ter ficado bem patente aos olhos de todos é que este Sporting é vulgar, está mais fraco, perdeu Veloso e Moutinho e tirando Evaldo só contratou vulgaridade, com Valdez a ser uma decepção, algo que para mim, (ao contrário de para meu espanto alguns comentadores conseguirem ver motivos para elogiar este Sporting), já era evidente nos jogos com o banal Nordjelland para a Liga Europa, com quem a equipa leonina tremeu muito. Aliás, quem tem no seu 11 titular, jogadores como Polga, Carriço a trinco, Valdez, Postiga, Maniche em fase final de carreira, entre outros., deve estar muito preocupado com o que daí possa advir.

É curioso verificar que com apenas um jogo disputado, os adeptos leoninos já suspirem pelo fim da Liga, adivinhando por certo novo suplício.
Afinal de contas, foi o seu Presidente esmagadoramente eleito e tido como o grande salvador do Sporting que a derrocada começou.
Pois bem, os resultados desastrosos de uma política de vendas e aquisições que só ele e Costinha (está ao serviço de quem?) entendem está à vista de todos, será que o fantástico Bettencourt dura até ao final da época?
Pela positiva: A velocidade nas transições ofensivas do Paços de Ferreira, com destaque para Rondom e Caetano.
Pela Negativa: A falta de eficácia na concretização do Sporting na 1ª parte e a péssima exibição na segunda.
Arbitragem de Soares Dias impecável, não se deu por ele.
Para terminar uma palavra para o Braga, continua forte, com muitas e boas opções, num plantel bem estruturado que irá mais uma vez primar pela eficácia e lutar pelo pódio.