segunda-feira, 17 de agosto de 2009

JORNADA DE EMPATAS - Massacre na Luz insuficiente

--- Foi uma jornada em que os candidatos empataram, num fraco número de golos, apenas 9, o que demonstra que na liga portuguesa, se valoriza o anti-jogo, em detrimento do futebol em si mesmo e isso, foi bem visível ontem no Estádio da Luz, depois, admirem-se, que a maioria dos estádios desse país estejam as moscas.
Os próprios jornalistas, são os grandes culpados disto, quando ao ler os jornais, os vejo valorizar o anti-jogo e o futebol ultra defensivo do Marítimo e curiosamente, depois, durante o resto da semana, criticam o futebol que se pratica em Portugal, afinal em que ficamos?
BENFICA 1 MARÍTIMO 1 - Numa partida, com a raridade de mais de 54.000 espectadores, assistiu-se a um jogo com uma equipa a querer jogar futebol e outra a usar e abusar do anti-jogo, com o claro objectivo de... não haver jogo, uma vergonha.
Na 1ª parte, o Benfica de facto não entrou bem, os madeirenses, colocaram sempre 11 jogadores atrás da linha da bola e só muito raramente saíram em contra-ataque, o Benfica pressionava em zonas adiantadas do terreno, mas não conseguia dar velocidade ao seu futebol ofensivo, fruto da falta de espaço e da constante queda dos jogadores maritimistas e consequente entrada das equipas médicas no terreno, o que quebrava nitidamente o ritmo de jogo.
O Benfica, apenas criava perigo em lances de bola parada e já depois de uma bola na trave, num livre de Aimar, o Marítimo chega inesperadamente à vantagem num penalti prontamente assinalado, a castigar uma possível mão de David Luíz na área, num lance duvidoso, mas aceitável.
Esse golo enervou claramente o Benfica, que até ao intervalo não mais se encontrou, mas os visitantes também mais nada fizeram.
Na 2ª parte, o Benfica veio completamente transfigurado, mais rápido, um futebol a fluir mais nas alas e aí sim, aos poucos, foi abrindo algumas brechas na defensiva adversária, a qual continuava a abusar do seu anti-jogo, com constantes simulações de lesão, com a colaboração do árbitro da partida.
Nesta altura já Peçanha, que grande exibição, brilhava, com uma notável defesa a remate fulgurante de cabeça de Coentrão. O empate adivinhava-se, mas tardava, e Cardozo aguçou ainda mais as dúvidas, ao falhar uma penalidade, por falta sobre Saviola, também aqui, fiquei com algumas dúvidas.
Depois, começou o massacre, oportunidades atrás de oportunidades a serem desperdiçadas e defendidas por Peçanha, até que Weldon, aos 84 minutos, marca de cabeça o já mais que merecido tento da igualdade.
O tempo escasseava, mas o massacre continuava, o Marítimo não conseguia respirar e já no período de compensações, o Benfica desperdiça 3 grandes situações de golo, Amorin, Cardozo e Weldon, na cara de Peçanha, não conseguem o golo que traria sem dúvida justiça ao marcador, como reconheceu o próprio Carvalhal, ao afirmar que o empate da sua equipa foi de facto feliz.
Apesar deste empate, saí da Luz, mais optimista do que quando entrei e porquê? Porque vi uma equipa cheia de querer, com uma tremenda capacidade de encostar às cordas o seu adversário, algo que à muito não se via e além de tudo, um futebol atacante de qualidade e a certeza que esta equipa, tem muita capacidade para dar a volta às adversidades de um jogo, neste apenas chegou ao empate, mas noutros, com este nível, chegará à vitória e finalmente, proque dos 3 grandes, o Benfica é sem dúvida, aquele que neste momento, apresenta o melhor futebol.
Sinal mais no Benfica para Coentrão e Weldon, o primeiro foi para mim o melhor do Benfica, o 2º, marcou o golo do empate e também entrou muito bem no jogo, sinal menos para a dupla atacante, Cardozo pareceu-me sempre cansado e fora do jogo e Saviola, se não tem cuidado, Weldon tira-lhe o lugar.
No Marítimo, sinal mais, para Peçanha, grande exibição e o responsável pelo ponto conquistado, sinal menos, para Carvalhal, pela táctica do Anti - jogo constante, só Peçanha, foi assistido 6 vezes, uma vergonha para o futebol, é isto que tira gente dos estádios.
Artur Soares Dias, teve uma actuação desastrosa, com erros atrás de erros, não vou aqui dizer quem mais prejudicou, apitou muito mal, se cosniderou mão de David Luíz, deveria ter tido o mesmo critério numa mão de um defesa maritimista já no período de compensações. O seu maior defeito, foi na minha opinião, ter pactuado com o constante anti-jogo dos maritimistas, uma nulidade este árbitro, que parecia ter a lição bem estudada, afinal, o seu Porto, também não ganhou, certo?.
NACIONAL 1 SPORTING 1 - Um jogo muito mal jogado, com duas equipas que me pareceram claramente fora de forma.
Entrou melhor o Sporting, mais bola, mas uma tremenda lentidão, o que facilitava o último reduto madeirense. O seu domínio, mais consentido que conquistado, traduziu-se apenas numa oportunidade de golo, numa rotação de Liedson e o remate, para boa defesa de Bracali.
Não marcou o Sporting na sua única oportunidade, marcou, o Nacional na sua primeira situação de golo, perante a enorme passividade da defesa leonina.
Este golo enervou o Sporting e a verdade é que esta equipa não ligava as jogadas e teve até alguma sorte em ter apanhado um Nacional muito longe do da épocas passada, caso contrário os males seriam piores.
Na 2ª parte, esperava-se que o Sporting entrasse com outra capacidade e vontade, mas curiosamente foi o Nacional quem entrou melhor e falhou até de forma incrível o 2º golo, o qual mataria o jogo.
O jogo continuava sem sabor, mal jogado, em uma nem outra equipa, conseguiam jogadas de empolgamento, até que aos 74 minutos, uma auto-golo de João Aurélio, na sequência de um pontapé de canto, dá um empate acidental ao Sporting.
Esse golo acordou a equipa de Alvalade, que apesar de continuar a jogar mal, muito mal mesmo, conseguia encostar o Nacional mais atrás, pareceu-me até que os madeirenses, a partir dos 65m minutos, tiveram uma grande quebra física, e a verdade, é que mesmo com um futebol aos repelões, o Sporting, desperdiçou algumas oportunidades para ganhar o jogo.
A equipa leonina terá obrigatoriamente de crescer, está lenta, os jogadores, que são os mesmos de à 3 anos, parece que não se entendem em campo e algumas das principais unidades do Sporting estão fora de forma.
Sinal mais no Sporting para Matias Fernandez, que mexeu com o jogo, após a sua entrada, o futebol leonino, ganhou mais clarividência. Sinal menos, Rochemback, apenas esteve em campo para atrapalhar Miguel Veloso.
Sinal mais no Nacional para Bracali, sempre atento e concentrado, sinal menos, para a debilidade física apresentada.
Pedro Proença foi o melhor em campo, grande arbitragem, apenas pequenos erros, normais em toda a gente.
PAÇOS DE FERREIRA 1 PORTO 1 - Jogo bem disputado naquilo que vi, 25 minutos da 1ª parte e a 2ª parte na Luz, nas televisões ali existentes.
Uma entrada muito forte do Paços, com um futebol fluído, com bom ritmo e que surpreendeu o Porto, antes do golo merecido do Paços, já estes haviam desperdiçado uma grande oportunidade por Baiano.
Até aos 30 minutos, vi sempre um Paços mais capaz de marcar o 2º golo, que o Porto de empatar e ainda um Hulk sempre refilão, simulador e provocador, viu muito bem o 1º amarelo, por palavras dirigidas ao Xistra e foi-lhe perdoada a expulsão directa aos 23 minutos num lance de agressão e ponto final.
Na 2ª parte, o Porto entrou como lhe competia melhor, mas o perigo que criava era sempre mais relativo que efectivo, até que Hulk, de modo irresponsável, faz uma autêntica tesoura ao seu adversário e por muito que custasse, não restou outra alternativa a Carlos Xistra, do que mostrar o 2ª amarelo, já muito tarde, diga-se.
Com dez, justiça seja feita, o Porto manteve sempre uma grande atitude em campo, mas o contra-ataque do Paços era sempre perigoso e tanto Helton, como a ineficácia dos avançados pacenses, evitaram males maiores para o Porto.
Mas como nunca desistiram e arriscaram, o Porto acaba por igualar a partida por Falcão, num grande cabeceamento sem hipóteses de defesa.
Até ao fim o Porto tentou, mas sempre mais com o coração, do que com a razão, até porque jogava com menos um.
Sinal mais para o Porto, para a sua capacidade de luta mesmo em inferioridade numérica, sinal menos, para Jesualdo e Hulk, o segundo porque foi de uma tremenda infantilidade e exige tratamento de excepção, foi expulso e bem expulso, aliás só pecou por tardia e Jesualdo, por pactuar com a atitude reprovável do seu jogador.
Carlos Xistra esteve ao seu nível, ou seja mal e proteccionista do Porto, como sempre, retardou ao máximo a expulsão de Hulk e mesmo no fim, o seu auxiliar tira um fora de jogo inexistente, num lance que Carlitos partia isolado para a baliza do Porto, com francas hipóteses de sucesso, enfim, mais do mesmo.
OUTROS RESULTADOS: NAVAL 0 OLHANENSE 0; LEIRIA 1 RIO-AVE 1; BRAGA 1 ACADÉMICA 0; LEIXÕES 0 BELENENSES 0.
Para terminar, dizer que já sentia a falta da adrenalina dos jogos a sério, pena o nosso futebol ser o que é.

6 comentários:

Maestro disse...

Grande postadela camarada.

O Benfica está optimo e recomenda-se, o pior é o resto.

Aquele abraço

Garanhão plus disse...

Mais uma vergonha, um árbitro encomendado.
A diferença nos campeonatos fazem-se assim: O porto ganha um ponto em Paços de ferreira, aquele último lance do jogo é uma autêntico escândalo.
Na luz, como o Porto não ganhou, o encomendado Artur, tinha ordens expressas, para impedir o Benfica de ganhar, com este gatuno a permitir o anti-jogo do maritimo e a sonegar 2 penaltis ao Benfica, outro escândalo.
Os reflexos na classificação são: Benfica devia ter 3 pontos e tem 1, o porto tem 1 e não devia ter nenhum. Assim se fazem campeões e tá visto aquilo que espera o Benfica.

Unknown disse...

Muito bom o artigo de opinião. Parabéns! Revejo-me nas tuas palavras sobre o jogo do Benfica.

Só queria realçar que as equipas pequenas de Portugal merecem andar na falência e sem adeptos. Incrivel a falta de ambição que revelam. Ontem foi uma vergonha o anti-jogo do Maritimo e a tactica extremamente defensiva, mas é disto que o SLB vai apanhar até o fim do campeonato, infelizmente temos que nos habituar. Por isso adeptos só nos estádios dos 3 grandes, o resto é paisagem. "Joguem á bola palhaços" - é o mote que deixo aos jogadores dos clubes pequenos. Porque para ver palhaços compro um bilhete do circo Cardinali.

Abraço

Jotas disse...

Exactamente caro Bernardino, uma lástima a atitude anti-jogo adoptada, em Inglaterra ou Espanha, os próprios adeptos dessa equipa, reprovavam a postura.
Uma questão de mentalidade.

GIL VICENTE disse...

A bola traz uma boa crónica. Entre outras coisas, diz que o Marítimo tinha dois autocarros frente à baliza, (noutro sítio falava em autocarro de 3 andares), que se mérito há para o marítimo é apenas no suor dos seus jogadores, que o seu treinador é um treinador que pratica futebol do século passado, que é um treinador anti-futebol.

A nós o que importa é que demos uma muito boa resposta. Garra, querer, vontade de ganhar e de lutar contra tanto azar.
Assim, é de confiar. Já sabemos que, em futebol, estas coisas acontecem por vezes. Mas quem joga assim arrisca-se a, na maior parte das vezes, ganhar e até com alguma folga.
Fé e confiança é o que é preciso.
E apoio, muito apoio, porque os nossos tem-no merecido bem até agora

Anónimo disse...

não percebo uma coisa....quando um árbitro apita um penaltie soma-se automaticamente um golo para a equipa?? acho que não, até porque cardozo falhou... se ficaram penalties por assinalar é uma coisa, e aceita-se a opinião...agora que o benfica devia ter 3 e os outros 1 é outra...não foram golos anulados...foram situações possíveis de golo...que podem ou não ser marcadas como aconteceu no jogo! uma marcada e outra falhada

 
Adaptado por Blogger Benfiquista