BENFICA 5 RIO-AVE 1 - A exibição do Benfica não se pode classificar de brilhante, essencialmente como o modo demasiado macio e permissivo com que a equipa entrou em jogo, pressionava pouco, não dava velocidade ao seu futebol e permitia ao Rio-Ave entrar no último reduto com demasiada facilidade.
Apesar disso, percebia-se também que sempre que acelerava o jogo, o Benfica criava desiquílibrios na defesa vila condense com muita facilidade.
Mas foi o Rio-Ave o primeiro a chegar ao golo num belo remate de Atsu que não deu hipóteses a Artur, ou seja, o Benfica colocou-se a jeito devido a passividade que demonstrava em campo, e foi devidamente castigado.
No entanto, foi precisamente esse golo que acordou a equipa, a qual vendo-se em desvantagem, acelerou o jogo, começou a pressionar mais forte e em zonas mais adiantadas, apostando em lances pelos corredores laterais, onde Nolito brilhava na esquerda e Maxi, bem apoiado por Witsel, dava profundidade na direita e foi precisamente através de um cruzamento seu, que um defensor do Rio-Ave, desviou com a mão o cabeceamento de Cardozo, num penalti indiscutível, que o Tacuara concretizou com um míssil, tanto que Carlos Brito afirmou que o lance é tão evidente que não oferece discussão.
O empate estava conseguido, só que esta fase do Benfica era muito boa e Nolito, numa jogada individual de grande categoria, fintou vários adversários numa caixa de fósforos e num ângulo reduzido faz um golaço que fez a carambola no marcador.
Já em vantagem, a equipa ganhou ainda mais confiança e antes do intervalo chega ao 3 a 1, numa jogada sensacional, em que Aimar, quem mais, faz um passe de calcanhar magistral que coloca Saviola na cara do golo e este não perdoou.
Na 2ª parte, o Benfica entrou a marcar, pedir melhor era impossível, Aimar cobra um livre descaído para a esquerda e surge Garay a antecipar-se a um estático defensor vila condense e carimba o 4º golo, retirando quaisquer dúvidas quanto ao vencedor do jogo.
A partir deste momento, a questão já era em quanto ficaria a goleada, as boas jogadas sucediam-se, as oportunidades surgiam, mas o último toque falhava.
Jesus mexeu então na equipa, retirando o maestro do campo, gerindo e bem o seu esforço, disso se ressentiu o futebol do Benfica, o qual começou a ser menos vistoso, mas mesmo assim com o domínio completo da partida.
Já com Rodrigo também em campo, por troca com Saviola, Nolito, numa jogada de insistência, de forma feliz, faz o seu merecido 2º golo e o 5º do Benfica, dando expressão ao caudal ofensivo da equipa.
Entrou então Nelson Oliveira e finalmente Cardozo a ser tratado na sua casa como merece, saindo com um forte aplauso de todo o estádio.
O jogo desde os 75 minutos perdeu fluidez e atá ao final da partida, foi ver um Rio-Ave rendido e um Benfica entretido.
Resultado inteiramente merecido, com bons momentos colectivos e individuais.
Pela Positiva: A grande exibição de Nolito, a provar que é o jogador indicado para jogar na esquerda do ataque do Benfica e a goleada, a qual moraliza, ainda por cima quando é alcançada depois de estar em desvantagem no marcador.
Pela negativa: A fraca assistência na Luz, 34.000 pessoas é pouco para o líder da Liga, esta equipa merece mais apoio e carinho, está a fazer até ao momento uma bela temporada, mesmo que por vezes as exibições não sejam brilhantes.
Arbitragem de Bruno Esteves: Simplesmente fantástica, todas fossem assim e a verdade desportiva estaria sempre salvaguardada.
Como nota final deste post, A Catedral do Desporto perguntava qual o adversário ideal para o Benfica e calhou em sorte o mais desejado pelos benfiquistas, num universo de 74 votantes, 23 responderam Zenit, precisamente quem nos calhou hoje em sorte para os 1/8 de final da Liga dos Campeões, com a enorme curiosidade de 10% terem desejado o Milan e ninguém ter votado no Nápoles.
3 comentários:
Boa jogatana.
Acerca do sorteio, o Platini é um gajo porreiro, pá! eheheh
E briu o apetite para o Ano Novo!
33 pontos rumo ao 33º! Abraço Jotas
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