--- Disputou-se a 1ª mão dos 1/8 de final da Taça Europa, onde as equipas portuguesas empataram os seus jogos, mas mais saboroso o empate do Sporting que o do Benfica.

Assistiu-se sim, a um grande jogo de futebol na Luz, como disse Deschamps, digno de Liga dos Campeões e onde temos de saber dar o mérito a uma equipa que foi a única esta temporada, a ter mais posse de bola que o Benfica na Luz.
Entrou melhor o Marselha no jogo, soube conduzir os tempos do mesmo, reduzir espaços para as fortes transicções do Benfica e desdobrar-se muito bem para o ataque, com uma circulação de bola notável, sendo a 1ª equipa a desperdiçar uma grande oportunidade por Lucho.
Respondeu bem o Benfica após os primeiros 20 minutos, Cardozo primeiro e Aimar depois, desperdiçam também duas boas situações e o jogo caminhava partido, com ambas as equipas a ameaçarem marcar a qualquer momento, embora o Marselha me tenha parecido mais esclarecido no jogo, nunca deixando o Benfica imprimir maior velocidade ao seu jogo e aproveitando bem um Aimar algo debilitado fisicamente, fruto da sua paragem.
Na 2ª parte, o jogo melhorou ainda mais, o Benfica aí entrou melhor, mas aos poucos os franceses voltaram a controlar bem o jogo, mais experientes, faziam as pausas necessárias para tirar ímpto ao Benfica que a espaços conseguia dar azo às suas rápidas transicções, mas cujo posicionamento do Marselha impedia que as mesmas fossem regulares.
Os lances de perigo apareciam ora numa ora noutra baliza, o jogo estava aberto, bom para quem gosta de futebol, o ritmo muito vivo, com uma arbitragem ao nível do jogo, até que numa infelicidade do Guarda - redes do Marselha, após cruzamento de Di Maria, sempre muito marcado, muito bem aproveitada por Maxi Pereira para dar vantagem no marcador ao Benfica.

Não marcou o Benfica, aproveitou o Marselha para empatar o jogo em cima do minuto 90, um autêntico balde de àgua fria, no período de jogo em que o Benfica esteve melhor, mas que atendendo à qualidade de ambas as equipas em campo e ao que havia feito o Marselha, acabou por dar justiça ao marcador.
1 a 1 é um mau resultado, serve sempre melhor quem empata fora, mas apesar deste Marselha me ter surpreendido pela positiva, acredito que a eliminatória está longe de estar decidida e que para a semana, vamos ter mais um bom espectáculo entre duas equipas que previlegiam o futebol atacante em detrimento do futebol defensivo.
Pela positiva: a postura de ambas as equipas, na procura do golo, facto esse que resultou num belo jogo de futebol. Pela negativa, a dificuldade do Benfica em ter bola e conseguir sair para o ataque, com algum desacerto na qualidade de passe e Aimar que passou ao lado do jogo.
Arbitragem de grande categoria, critério largo e uniforme, uma única dúvida na falta sobre David Luiz se dentro ou fora da grande àrea, mas de muito dificil análise.

O Sporting entrou muito bem no jogo, anulando as linhas de passe do seu adversário e chegando mesmo a assumir o jogo, ou seja, além de impedir que a criatividade atacante do adversário, que é o seu ponto forte, viesse ao de cima, o Sporting foi criando dificuldades à débil defensiva adversária.
O Sporting controlava o seu adversário e o jogo, faltando-lhe apenas um pouco mais de ousadia e quando começou a notar-se que havia mais Sporting em campo, com um remate de Liedson à barra, Grimi borrou a pintura, de modo infantil, com uma entrada dura sobre Reyes, que lhe valeu o 2º amarelo e tudo isto, porque momentos antes, tem outra entrada sem sentido nenhum ainda no meio campo adversário de onde resultou o 1º amarelo, este sim, completamente desnecessário, portanto, nada a dizer em relação à justiça da expulsão.
Com este duro revés, o Sporting, naturalmente, foi obrigado a recuar um pouco mais o seu meio campo, deixando sempre Liedson muito só, mas a verdade é que o Atlético também nada criava.
Mas se Grimi havia sido expulso, não se percebe a razão porque Paulo Assunção com duas entradas bárbaras sobre Moutinho acaba o jogo sem cartões, aliás, o que se assitiu até ao fim do jogo, foi uma equipa a ser carregada de cartões, cuja sua exibição não questiono e outra, com o mesmo tipo de faltas, a ser perdoada nos cartões e é isso que questiono, culminando toda a situação com uma expulsão ridícula de Tonel, num teatro do artista Aguero que antes pisou Tonel, enfim mau demais.

Pela positiva: a capacidade de sofrimento do Sporting e a clarividência demonstrada ao longo de todo o jogo. Pela negativa: Quique Flores, que mesmo a jogar contra 10, nunca correu riscos e nunca mexeu na disposição tática da sua equipa e para uma arbitragem miserável e caseira.
Arbitragem muio má, com uma dualidade de critérios aberrante, embora técnicamente não haja muito a dizer.
Enfim, 2 jogos na Liga Europa e 2 empates, tudo em aberto, mas um caminho mais acessível para o Sporting do que para o Benfica.
4 comentários:
Anseio por domingo às 18h para dar a volta a esta míngua de arrasamento de adversários...
Boa análise.
jogo muito disputado com duas das equipas que mais correm e marcam na Europa.
ainda ha esperancas.. eu acredito!!
FORCA BENFICA!!!
Estou como o Flip Nunes. Eu também ainda acredito. Mas agora é ganhar na Choupana, Jotas!
Abraço
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