sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

SALADA DE FRUTAS - Quando o crime compensa.

--- Muito se tem discutido sobre a Justiça, ou falta dela, em Portugal, a qual deveria ser igual para todos, mas que é mais que evidente que tem dois pesos e duas medidas, principalmente, quando envolve figuras públicas. Não, não falo do caso "Freeport", uma vez que esse nada tem a ver com o desporto, falo sim do caso da fruta e de mais um arquivamento.
De facto, fazendo jus à minha introdução, o Tribunal da Relação do Porto, acabou de confirmar a decisão de arquivamento do caso da fruta que diz respeito ao jogo Estrela da Amadora - Porto, à semelhança do que havia feito no jogo Nacional - Benfica, por parte do TIC do Porto, ilibando assim pessoas como Pinto da Costa e Jacinto Paixão.
Após mais esta estranha decisão, o que salta à vista para a maioria da opinião pública, é que neste país, nem há justiça, nem interessa fazê-la, que no seio dos Tribunais, se movem das mais estranhas influências, quem sabe se também movidas, ou não, ao sabor da fruta, a verdade é que como se pode credibilizar a Justiça, quando com provas tão evidentes como as escutas telefónicas, se recorrem de subterfúgios que questionam só e apenas a sua legalidade e nunca a sua essência?
Como pode um Tribunal, que curiosamente pertence à cidade do principal suspeito, dar provimento a um recurso que visa arquivar um processo, alegando a falta de credibilidade de um testemunho (Carolina Salgado)? Ignorando não só o conteúdo das já referidas escutas, como dando como credíveis os envolvidos no processo e passando um atestado de estupidez a uma testemunha, é caso para dizer que se trata uma testemunha como um suspeito e um suspeito, como um benfeitor.
De facto, é caso para dizer que a nossa (in)justiça, está mergulhada numa autêntica salada de frutas, soltando energicamente o berro " VIVA O CRIME".

13 comentários:

Anónimo disse...

crime?
crime comete o sr a escrever coisas falsas!!
ainda apanha um processo

Bruno Pinto disse...

Jotas,

É uma chatice dos diabos ter que se provar aquilo de que se acusa as pessoas, não é?? Fixe, fixe, era incriminar as pessoas de quem não gostamos sem ter que apresentar as provas devidas. O caso foi arquivado, meu caro. Não houve matéria que constituisse prova de crime. Violinha no saco. Mais uma vez. :-)

Jotas disse...

Anónimo, a sua maneira ordinária fica aqui uns dias, assim todos percebem quem é quem, aliás, quando não há argumentos, optamos pelo mais fácil, ofensa gratuita. Assim, pelas suas palavras, ficamos todos a perceber as suas preferências sexuais.
Caro Bruno, a verdade é esta, por acaso o Bruno já refutou o conteúdo das escutas em vez da sua legalidade? Presumo que não, e sabes tão bem como eu, que aquilo que foi transcrito não é o diz que diz, logo, está tudo dito.

Anónimo disse...

Quero dizer que se têm vindo a passar coisas ridiculas no nosso futebol, e esta é sem dúvida uma delas.Como é possível as escutas não serem provas, quando são a essência das acusações.Aqui e não no Porto-benfica, é que se aplicava o título Não há vergonha...

Outra coisa é rídicula é um senhor Director de comunicação do benfica, que pelo que me disseram se encontra suspenso 1 mês vir pedir o castigo a lisandro por simular 1 penalty, e a bruno alves por tentar agredir.E porquê ridiculo?Gostava de explicar que esta regra entrou em vigor este ano, e foi posta com base no golo de ronny com a mão em alvalade, para acabarmos com simulações e com tentativas ostensivas de enganar o arbitro.se O caso de lisandro é uma simulação grave que é sem dúvida, é ridiculo que seja um dirigente do benfica(suspenso) vir fazer queixinhas do que quer que seja...Já agora gostava que o Sporting fizesse queixa do Nené do nacional, e o braga fizesse queixa do Di Maria e obrigá-lo a ser punido.Para mim quem decide isso, é a comissão disciplinar e não os clubes queixinhas, e para mim se Nené e Di maria(para nao falar doutros casos) não foram punidos porque razão há-de ser lizandro?ou a regra se aplicava desde início ou então se aplicarmos a regra agora é um caso para gerar tanto polémica como o castigo(injusto) a Katso.

Em relação a Bruno Alves, desde que vi ele pisar a mão dum jogador propositadamente(no sporting-porto do ano passado), e não ser castigado apesar dos gestos todos que fez nesse jogo como que a dizer que foi realmente de propósito não vejo como uma Tentativa de agressão pode dar em sumarissimo, se a agressão nao dá, mas o grave é serem os clubes a pedir...

Outra coisa não menos ridicula é o senhor Vieira vir para a praça publica dizer que se fossem do slb ja tavam castigados, quando tanto di Maria como Suazo não foram nunca castigados com simulaçoes.Sendo que o unico caso, que levou 2 amarelos num jogo por simular chama-se Liedson, que honra lhe seja feita nunca mais o vi simular desde esse jogo.E nunca mais o vi atirar-se ao chao deliberadamente.Verdade seja dita que o ultimo sumarissimo aplicado foi ao benfica bem como a situaçao ridicula do Katso, mas eu prefiro que um jogador meu leve sumarissimo do que seja expulso no jogo.Não percebo as tantas queixinhas que existem entre clubes que nada abonam em favor do futebol portugues.

Isto só para citar algumas das ultimas barbaridades do futebol portugues.

ja agora nao comentei o meu sporting co braga, que jogou mal e mereceu perder, se bem que quanto a mim foi algo infeliz e nao teve muitas vezes a sorte do jogo.Penso que na globalidade foi uma boa arbitragem e o braga ganhou bem.Talvez se o braga tivesse sido tao bem apitado como foi em alvalade, na luz e em casa co porto, talvez tivesse feito mais e surpreendido mais clubes

Jotas disse...

Caro Carlos, denotas desconhecimento em algumas afirmações.
Quando dizes da simulação dar castigo e que essa regra foi criada com o caso do ronnie do paços é verdade, o que não é verdade é comparares os casos do Di Maria e do suazo e porquê? Porque no regulamento, está bem explicito que se pune com 1 jogo de suspensão, todo o jogador que simulando nitidamente uma grande penalidade e desse modo o clube tirar vantagens no resultado obtido ( as palavras não são estas, mas é o conteúdo), logo os casos do Di Maria e do suazo não se aplicam, pelas simples razão que em nada influenciaram o resultado final, a de suazo não se marcou e a do di maria o penalti foi falhado.
Também te dou razão quando dizes que é ridiculo um director de comunicação (não sei se tá suspenso), vir pedir castigos, de facto é verdade, pois é uma pena ter de ser um clube a pedir, pois não deveria ser necessário se as instâncias juridicas da liga funcionassem e isso é que é grave, elas não funcionam, exepto no sumarissimo ao Luisão e no castigo de Katso, que não deves considerar ridiculo.
Por falar em queixinhas, acho que se há clube sem moral para criticar, esse clube é o teu, que até de arbitragens do Benfica se queixou.

Anónimo disse...

Jorge já me fui informar no regulamento, e o clube nao precisa de tirar partido do resultado como dizes, basta que seja um erro do arbitro.Assim aplicam-se os casos de Nené e de Di Maria...

Jotas disse...

filipe informa-te melhor, o clube tem de tirar proveito, não tenho a menor dúvida. só tenho pena de ter deitado fora o jornal que traz essa transcricção para te mostrar, se não já viste quantas vezes o Liedson e o Postiga já tinham sido punidos? Eh Eh Eh.
A sério, a verdade é que não concordo com essa regra, o árbitro é que tem a missão de conseguir ver ou não e o jogador ser punido com amarelo no campo, mas esta regra é baseada no sistema italiano.

Anónimo disse...

hás-de reparar que o liedson foi punido em campo.e se vires bem os jogos nunca mais o vi simular, aliás penso que todos concordamos com isso, inda neste jogo sofreu para mim um penalty claro quando o jogo estava a zeros, onde nada foi assinalado.Agora o postiga concordo a 100 por cento.

Anónimo disse...

Agora é outro assunto que me traz aqui, aliás assuntos relacionados com a arbitragem.Prometi aqui não citar os jogos que não sejam escandalos, pois bem não vou citar nenhum jogo.Vou apenas citar, que aqui neste post defende-se as escutas, não podes deixar de concordar que comigo que o presidente luis filipe vieira foi apanhado nas escutas a pedir um arbitro para um jogo.(até acho que o benfica foi prejudicado nesse jogo penso eu, nacional-benfica) mas o que é certo é que também ele foi apanhado pelas escutas, e acho estranho que ele apele tanto à verdade desportiva quando também já foi apanhado por elas.Felizmente o meu clube por enquanto ninguem foi apanhado.

Mas queria deixar outra questão, acho de muito mau tom tanto Paulo BENTO(O MEU TREINADOR) como Luis Filipe Vieira virem falar de arbitragem ou de temas ligados a isso em vesperas de Derby e condeno tanto a parte que me toca como a atitude do presidente do benfica.No sporting já que o presidente não diz nada tem de falar ora o paulo bento ora o rogerio alves como já foi citado no benfica e o filipe vieira ou o director de comunicação, acho de mau tom antes do Derby e espero um Derby sem casos e que seja um grande jogo com todos os artistas lá, e com um arbitro praticamente invisivel e que nao influencie em nada.

Não queria de deixar uma pergunta em tom de provocação, mas gostaria de saber se no tunel da luz se viu o rui costa a falar com o delegado e os arbitros a rirem-se no meio de um jogo como foi visivel.O QUE SE diria se fosse Pinto da Costa ou mesmo Pedro Barbosa?eu espero que aconteça e que ninguem comente nada neste blog nem em qualquer outro.Para mim por mais que tenha admiração e estima pelo Rui Costa que tenho, acho que não fica bem ao intervalo dizer o que quer que seja, que como é obvio para mim não tem qualquer natureza de corrupção(quero deixar aqui bem claro isto).

Bruno Pinto disse...

Miguel Sousa Tavares n' A Bola.


De forma alguma credível

1 - Quinta-feira foi um dia aziago para alguns ilustres benfiquistas e para alguns defensores do Estado da Calúnia contra o Estado de Direito: o Tribunal da Relação do Porto, por voto unânime dos três desembargadores, confirmou a sentença do tribunal de primeira instancia que mandou arquivar o célebre «caso da fruta», envolvendo o jogo FC Porto-Estrela da Amadora (2-0), de 2004, peça central do Apito Dourado. E mandou arquivar porque julgou que a prova decisiva em que se baseava a acusação do Ministério Público- o testemunho de Carolina Salgado- «como é bom de ver, não é de forma alguma credível» e, pelo contrario, não podia nunca ser julgado isento. E, quanto aos supostos «erros de arbitragem» que, segundo o MP, teriam favorecido o FC Porto (num jogo que já só era a feijões), a Relação julgou que «eles não são mais do que aqueles que os agentes de investigação consideraram...por conjectura ou imaginação...e não o resultado da perícia e das declarações dos peritos». E, acrescentaram os juízes, o que a peritagem concluíu foi que «nenhum dos lances que originaram os golos do F C Porto foram precedidos de erros de arbitragem» e, por isso, nunca a acusação poderia concluir que os erros ocorridos «são causa adequada do resultado final quando favorecem o F C Porto, e completamente inóquos quando favorecem o Estrela da Amadora». Para quem sabe ler, o que os desembargadores dizem é que toda a acusação se baseou em preconceitos clubisticos e assentou na credibilidade de uma testemunha que, de todo, a não merece. Ando a escrever isto há dois anos, mas há quem ache que a justiça dos tribunais não presta, a do Comissão Disciplinar da Liga- onde os juízes são escolhidos por influências dos clubes, onde se julga sem contraditório e sem sequer ouvir testemunhas- essa, sim, é que é a verdadeira. Foi isso, por exemplo, que José Manuel Delgado quiz dizer, num elucidativo texto aqui, sábado passado e acompanhando uma resumida notícia sobre a sentença da Relação, e no qual ele defendia nas entrelinhas que é uma chatice que a justiça comum tarde em render-se à campanha de moralização do futebol português, tão exemplarmente encabeçada pelo exemplar Sr. Vieira.
Mas convém recordar que este processo da «fruta» já antes tinha sido investigado pelo MP e arquivado por absoluta falta de indícios probatórios. Foi então que o Dr. Pinto Monteiro, acabado de ser nomeado Procurador-Geral da República e interrogado sobre o «livro» «de» Carolina Salgado, respondeu que ia mandar investigar o que lá vinha- assim lhe conferindo, logo, uma credibilidade que não podia saber se a coisa justificava. E nomeou, perante o aplauso de toda a nação benfiquista, uma task-force encabeçada pela Dr.ª Maria José Morgado para investigar o FCPorto e Pinto da Costa- e apenas eles. E a Dr.ª Morgado agarrou-se à pretensa «testemunha» como se Deus falasse pela boca dela. Gastou aos contribuintes milhares e milhares de euros a fazer «proteger» a sua testemunha, dia e noite, por dois seguranças cuja verdadeira função era a de fazer crer que ela poderia estar ameaçada, tal era a importância daquilo que sabia. E obrigou o MP do Porto a reabrir o processo e levar uma acusação a tribunal. O tribunal respondeu com a não-pronúncia dos réus e, vexame máximo, ainda mandou abrir um processo contra Carolina Salgado por crime de «falsidade de testemunho agravado». A Dr.ª Morgado entendeu recorrer para a Relação e a Relação acaba de lhe dar a resposta que merecia e que, houvesse algum sentido de responsabilidade, deveria levar o Sr. Procurador-Geral e a Sr.ª Procuradora, pelo menos, a pedir desculpas públicas.

Mas, não. Tudo continuará na mesma. Como se nada se tivesse passado, continuarão a escrever sobre o «Apito Dourado» e a «fruta» como verdade estabelecida, continuarão a tentar que a «justiça desportiva» consiga excluir o FC Porto da Liga dos Campeões, em benefício do Benfica. E o Sr. Vieira, verdadeiro criador da criatura caída em descrédito e genuíno paradigma do fair-play, continuará a dizer que a hegemonia do FC Porto nos últimos 20 anos se deve apenas a batota. Como aliás o demonstra a comparação entre as carreiras europeias do Benfica e do FC Porto nos últimos 20 anos...

2 - Tive o saudável bom-senso de me pirar daqui na altura crítica deste clima de histeria, quando, no espaço de doze dias, ao FC Porto coube defrontar os três clubes de Lisboa: Belenenses, Benfica e Sporting. Dos três jogos só soube à distância e não vi nada, depois, senão os dois cruciais lances do Dragão. Mas deixei os jornais guardados e fartei-me de sorrir ao lê-los. E então, do pouco que vi e li, constatei o seguinte:

— em Alvalade, houve dois penalties do Sporting contra o Porto, que viraram o resultado (há trinta anos que é assim...). Na página 11 da edição de 5/02 de A BOLA vêm as respectivas fotografias. Na primeira, não se vê rigorosamente nada que possa justificar um penalty, mas a legenda diz que se deve «dar o benefício da dúvida ao árbitro». Na segunda, vê-se o Sapunaru no chão, com uma mão pousada suavemente sobre a anca de Postiga e a legenda reza que foi «penalty claro» ( a fazer lembrar a mão pousada no ombro do João Moutinho e que também foi «penalty claro» no Sporting-Porto para o campeonato);

— na edição de 9/02, vêm duas fotografias do penalty do Dragão, onde, tal como nas imagens televisivas, se vê claramente a mão de Yebda tentando travar Lisandro pela barriga. A legenda, porém, diz que foi só um «toque» e quando ele já estava em queda (a cuja não se vê de todo). Ora, eu até concedo que aquela mãozinha não chegasse para justificar um penalty; o que não percebo é como é que os três penalties de Alvalade são claros ou merecem o benefício da dúvida e aquele seja um «roubo» evidente...

— evidente, evidente, é que aos 19 minutos do jogo do Dragão, Reyes rasteirou Lucho dentro da área. Ele foi ao chão e levantou-se, prosseguindo a jogada e dando ao árbitro mais do que tempo para se lembrar de que não há lei da vantagem em caso de penalty. Ou seja, o árbitro do Dragão errou primeiro contra o FC Porto e depois contra o Benfica. Não entendi, assim, porque fizeram desta arbitragem mais um caso para o «Apito Dourado» e porquê que o José Manuel Delgado teve logo de ir ouvir Luís Filipe Vieira em mais uma «entrevista exclusiva», para dizer o mesmo de sempre- ele, que até nem vê os jogos.

3 - E anteontem, infelizmente (eu odeio penalties, desde a infância, onde enjoei de os ver na Luz e em Alvalade e sempre, sempre, para o mesmo lado...), um FC Porto com um ataque reduzido ao génio de Hulk e à absoluta inutilidade de Mariano e Farias, só conseguiu inaugurar o marcador contra o último classificado e no Dragão, através de um penalty que, vendo na televisão, ninguém de boa-fé pode dizer se existiu ou não. Mas logo estava a receber uma mensagem de um amigo benfiquista garantindo que, na sua televisão, tinha sido mais um «roubo» evidente. E, embora três minutos depois, só o árbitro e o fiscal-de-linha não tenham visto a bola dentro da baliza do Rio Ave, seguiu-se nova mensagem a garantir-me que também aquele árbitro estava comprado. Depois do Benfica-Porto, li alguns benfiquistas queixarem-se de que tinham sido vítimas do «excesso de isenção» de um árbitro sabidamente benfiquista. Mas, curiosamente, só se queixaram da nomeação depois e não antes do jogo: antes, não lhes ocorreu estranhar que para um Porto-Benfica onde muito do campeonato se podia decidir, tenham escolhido um árbitro que é sócio do Benfica. Olha se fosse sócio do Porto, o que não diriam!

Aliás, acho que seria útil que a direcção do Benfica encarregasse o João Gabriel de anunciar publicamente a short-list dos raríssimos árbitros que, à imagem do seu próprio presidente, consideram sérios. E Vítor Pereira faria o favor de só nomear esses dois ou três para todos os jogos do Benfica e do Porto.



fonte:

http://portistaforever.blogspot.com/

Jotas disse...

Caro Bruno, continuas a falar imenso (infelizmente vejo que já precisas de usar os outros, eu só falo por mim, pois tenho a minha própia opinião, não me apoio em ninguém), mas a verdade é que não consegues contrariar o conteúdo das escutas, nem tu, nem o supra sumo da inteligência Tavares, falam da legalidade ou não, mas do conteúdo nem um pio. Percebo ainda a vossa noção de Estado de Direito, onde vale tudo para que os crimes não cheguem a julgamento, como vos percebo.
Caro Carlos, pela última vez vou repetir o caso das escutas ao Vieira num jogo da Taça, Benfica - Belenenses, espero que de uma vez por todas, leias e percebas:
Vieira foi escutado a ser-lhe pedida a opinião de num leque de 3 ou 4 árbitros, qual deles seria o mais indicado para o jogo, tal questão, foi também feita a Sequeira Nunes, então Presidente do Belenenses, como ele publicamente afirmou. Foi ainda explicado pela FPF, que a partir de determinada fase da prova, isso era practica comum da Federaçao, ao oscultar os presidentes dos clubes envolvidos, facto esse que até Dias da Cunha confirmou. Agora, que eu não concordo nada com isso não concordo, mas querer fazer disso um caso depois do que foi dito por Madaíl, Sequeira Nunes e até o Dias da Cunha, só tem 2 razões de ser, a 1ª é má fé e a 2ª a eterna aliança e defesa ao vosso verdadeiro clube, o porto, aquele que por muito que saibam que pagou para vocês perderam jogos,que vos roubou jogadores para que vocês não os contratassem, vocês vão amar sempre, só com medo que o Benfica possa vencer.

Jotas disse...

Já agora caro Bruno, explique-me só uma coisa, na sua opinião e do Miguel Sousa Tavares, a Carolina Salgado deixou de ser credível antes ou depois de deixar o Pinto da Costa?

Bruno Pinto disse...

Jotas,

A Carolina Salgado deixou de ser credível depois de ficar provado que mentiu em tribunal, depois de se perceber que foi apenas um peão usado por LFV e seus pares para tentar incriminar Pinto da Costa. Se antes era credível ou não, não é isso que está em causa neste processo. É favor não misturar alhos com bugalhos. Depois, tenho muito pouco tempo para andar pela blogosfera, como aliás se vê nas poucas actualizações do meu blog, daí que quando venho à blogosfera, o meu interesse é perder tempo a comentar blogs e posts construtivos. Como passo aqui algumas vezes só para ver em que ponto estás, às vezes tenho vontade de te responder, mas acho que o tempo perdido não compensa. Então é mais fácil e prático transcrever um texto com o qual concordo na íntegra e para o qual não tens argumento que se veja.

Mas já que dás tanto valor às minhas palavras, então cá vai:

1. Eu sei que é lixado ter que se provar as acusações que se fazem. Fixe, fixe, para pessoas como tu, era poder mandar o Pinto da Costa lá para dentro sem provar coisa nenhuma. Afinal, o homem fez do FC Porto um clube vencedor, de nível internacional e, sendo sportinguista ou benfiquista, não deve ser fácil aguentar. Mas vou contar-te um segredo: os processos que envolvem PC ou foram arquivados ou ainda decorrem nos tribunais civis e até hoje ainda NADA foi provado!

2. Sim, é verdade, PC recebeu um árbitro em casa e esse é um comportamento eticamente reprovável. Enquanto portista, não gosto de ver o meu Presidente com este tipo de comportamento. Mas sabes, esse facto não significa, de todo, que ele tenha corrompido o árbitro em questão e o clube beneficiado com isso. Ao tempo, o FC Porto tinha uma equipa demolidora a nível nacional, foi campeão europeu, e nos jogos supostamente forjados, o FC Porto não ganhou nenhum e é público que o árbitro fez uma arbitragem normal. Poder-se-ia acusar PC de corrupção se fosse provado que nessa ida do árbitro lá a casa, tivessem sido acordados benefícios arbitrais em troca de dinheiro e que a arbitragem no jogo em causa tivesse sido tendenciosa e favorável ao FC Porto. Isso não aconteceu. Eu sei que a inexistência de uma relação causa-efeito deve doer bastante, mas faz lá um esforço para não dizeres disparates. Também deve fazer-te muita confusão que a acusação a PC se baseou nos depoimentos de uma pessoa sem credibilidade e que, está provado, mentiu às autoridades. Mas, esquece lá isso...

3. Sabes o que mais me revolta? É que, de repente, todos parecem uns cordeirinhos, baluartes da verdade desportiva e dos valores éticos, a lutar contra o eixo do mal, FC Porto. Viva a hipocrisia!! Viva a cobardia!! Há uns tempos li num blog, um antigo dirigente desportivo (que obviamente sabe do que fala) escrever que a doação de presentes, de almoços, de lembranças às equipas de arbitragem, eram até há uns breves anos atrás uma prática frequente seguida por TODOS os dirigentes desportivos, no sentido de ganhar a sua simpatia. Embora fosse um comportamento discutível, não se poderia falar aqui de corrupção, porque não havia uma acção deliberada de dizer: "Dou-te isto e tu favoreces-me no jogo". Quem joga futebol, até nos distritais, sabe que a equipa da casa sempre oferece uma lembrança ou paga o almoço ao árbitro! Todos os clubes, repito, seguiam esta 'norma' até há uns anos atrás. Mas pessoas como tu teimam em fazer-se de anjinhos e de achar que o Benfica e o Sporting estão acima de tudo isto. "Nahhh, o nosso glorioso clube nunca faria uma coisa destas... As nossas vitórias antigas foram todas sem mácula". Antigo Regime? O que é isso? Ridículo!!

4. O Apito Dourado visou incriminar, figuras previamente definidas, entre elas, Pinto da Costa. Daí que andou a ser escutado durante meses e meses a fio. Porque não se fizeram escutas para todos os dirigentes, mas apenas para uns poucos? Sabes, por acaso, que numa das escutas que visava Valentim Loureiro, o LFV foi ouvido a escolher árbitros e a dizer que faria as coisas pelo outro lado? O que sucederia se LFV fosse ele o alvo das escutas e fosse ele posto constantemente sob escuta durante meses a fio? O Apito foi desde o início uma perseguição a determinadas figuras, não um processo justo, com igualdade de tratamento para todos.

5. Sabes o que NUNCA vou deixar? Que pessoas como tu ponham em causa a superioridade do FC Porto dentro do campo, escudando-se nos favores, em vez de invocarem a própria incompetência. Eu tenho olhos na cara!! O FC Porto construiu a sua hegemonia ao longo de tantos anos, porque tem sido superior aos adversários de forma abismal, porque tem tido os melhores jogadores, treinadores, dirigentes.

O que mais me apraz registar é que após o 25 de Abril, quando as oportunidades passaram a ser iguais para todos, o FC Porto começou a afirmar-se. PORQUE SERA?

Vá lá Jotas, muda o teu discurso e ajuda o teu clube a ser mais forte e a fazer do futebol português um futebol mais forte no panorama europeu. Tu consegues!

 
Adaptado por Blogger Benfiquista