
Mas tal facto, não me impede de achar estranho aquilo que se vem passando no clube, principalmente com a imagem que vai transpirando para fora, que o clube, em matéria de futebol, está a ser gerido sem eira nem beira, sem que se perceba bem aquilo que se pretende.
Não vou bater mais nas questões da imensidão de contratações que diariamente são anunciadas para o Benfica, sem que se tenha resolvido primeiro aquela que era mais urgente, ou seja, a questão do lateral esquerdo, porque de facto, não cabe na cabeça de ninguém, que sabendo-se de antemão, há mais de 2 meses, que a saída de Coentrão era inevitável, que nas primeiras 14 contratações, sim 14, nenhum fosse lateral esquerdo.

Contudo, há duas coisas que a mim me fazem alguma confusão, a primeira é a ausência de autoridade, de pulso, de mão forte, de alguém que chegue ao balneário, dê um murro na mesa e faça ver a quem ganha milhões, que em matéria de entradas e saídas, há uma direcção que define os timings, quem entra e quem saí e se o jogador ficar contrariado, problema dele, pois é ele que desvaloriza e desse modo terá de cumprir contrato até ao fim, contrato esse que assinaram de livre e espontânea vontade.
A segunda, é o receio que tenho de ver o Benfica consentir a sua transferência, sem que mais uma vez, se tenha de forma atempada, preparado a sua substituição, porque de facto não estamos a falar de um jogador qualquer, estamos a falar de um atleta com 8 anos de clube, que sempre deu cara em momentos complicados e se mostrou líder fora e principalmente dentro de campo e viabilizar a sua saída é mais um tiro enorme no pé, que faz resfriar todas as ambições que o clube possa ter, só comparável ao sucedido com Mourinho e Jardel.

Pode ser impressão minha, mas o que transparece cá para fora, é uma despreocupação total, em que parece mesmo haver mais interesse em não perder a última oportunidade de realizar capital com a venda de Luisão, do que garantir uma maior possibilidade de êxito desportivo com a sua continuidade e de uma vez por todas, Luís Filipe Vieira e seus pares, têm de definir se querem ser um mero entreposto de jogadores, ou se querem formar equipas capazes de andar sempre a discutir títulos.

É que as constantes fugas de informação, não só inflacionam o passe dos jogadores, como faz com que outros, muitas vezes por puro prazer, acabem por ser eles a ficar com esses atletas, embora, também eles inflacionados, algo que estúpidamente parece que ainda não perceberam.
Será assim tão complicado, conseguir negociar jogadores e só se saber disso quando a contratação está assegurada? É que o Porto consegue e pasme-se até já o Sporting o faz com tremenda facilidade.
É incrível ver, como isso em nada aflige as gentes que gerem os destinos do clube, clube esse que é cada vez mais um livro aberto, minado por chibos, que tudo dizem cá para fora, o que é normal, quando um dos principais olheiros do clube para a América do Sul é só adepto do Porto.

3 comentários:
Tem razao caro Jotas eu sbscrevo tudo quanto disse.
cumprimentos
É verdade amigo Jotas que em matéria de sigilo nas negociações estamos mal, assim como tem de existir uma melhor gestão dos recursos humanos.
Abraço.
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