quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

UM MAU BENFICA EM BERLIM - Tudo em aberto.

--- Foi semana europeia esta, em que estiveram envolvidas 3 equipas cá do burgo e curiosamente com três resultados diferentes, mas todas elas com as eliminatórias em aberto.
HERTHA 1 BENFICA 1 - Um mau jogo do Benfica, com um resultado lisonjeiro perante tão insipada exibição. Já o disse aqui várias vezes, que percebo que nem sempre se pode jogar bem, mas sempre que isso aconteceu com o Benfica, houve sempre uma coisa que realcei, a atitude e o inconformismo da equipa, hoje não notei nada disso e foi o que mais me irritou no jogo, pois faltou atitude à equipa, houve menosprezo do adversário e a factura só não foi mais cara, porque de facto, esta equipa alemã é muito fraca.
   Não podia começar melhor o Benfica, dominador e logo com um golo a abrir, o que perante uma equipa debilitada como o Hertha, aparentemente seria o pior que lhe poderia acontecer, mas o Benfica não soube explorar essa intranquilidade e apesar de dominar o jogo nos primeiros 20 minutos, deixou que uma equipa vulgar começasse a acreditar que poderia procurar a sua sorte e ela aconteceu com um lance infeliz de Javi Garcia.
  Se a equipa alemã já começava a crescer com a apatia do Benfica, com o golo do empate mais acreditou, até ao intervalo o Benfica não existiu e só a debilidade deste Hertha permitiu que o empate fosse o resultado.
Na 2ª parte, esperava que o Benfica entrasse mais concentrado e determinado, mas nada disso aconteceu, o Hertha entrou melhor e apesar de algumas cautelas, foi sempre a equipa mais perigosa, ganhando sucessivos cantos e impedindo com relativa facilidade as transicções ofensivas do Benfica, sempre lentas e previsíveis, muito por força da apatia de Saviola, hoje completamente fora do jogo, quiçá desiludido por não ter sido convocado por Maradona.
   Depois aconteceu um lance determinante, um penalti claríssimo por marcar sobre Ramires, que foi o complemento de uma arbitragem má e algo caseira, na resposta, o Hertha, por intermédio de Cícero falha um golo na cara de Júlio César, atirando ao poste e esse lance fez crescer ainda mais uns alemães que com certeza não esperavam um Benfica tão mau.
   Os lances perigosos surgiram algumas vezes na baliza do Benfica e só por mera inércia e falta de qualidade dos seus jogadores, o Hertha não venceu o jogo, que diga-se era merecido e um justo castigo para o Benfica e para a sua falta de atitude, com certeza, Jorge Jesus, terá muito a dizer aos seus jogadores, pois este tipo de comportamento não se pode repetir, principalmente para quem quer ser campeão, eu acredito que tal não volte a acontecer, pois a principal imagem de marca do Benfica desta temporada, tem sido precisamente a grande atitude e mentalidade competitiva dos seus atletas, que estou certo, sairam da Alemanha com plena consciência que esta não é a postura que têm tido e não será a que terão em jogos futuros.
  Contudo e pese embora o Benfica continue sem ganhar em solo alemão, em termos de eliminatória, este foi um belo resultado, que abre boas perspectivas de apuramento, até porque na Luz, o Benfica é muito forte e tem muito mais qualidade que o seu oponente.
Pela positiva: A crença do Herha e o resultado em si, pela negativa: A falta de atitude e o conformismo evidenciado pela equipa do Benfica, com excepção de David Luiz, Javi Garcia e Luisão.
Arbitragem de má qualidade, não apitando faltas evidentes, não vendo um penalti do tamanho do mundo sobre Ramires, assinalando foras de jogo incríveis como no caso em que Carlos Martins tinha 5 jogadores a colocá-lo em jogo e por 2 metros e no caso de Rafael que se isolava, ou seja, muito má.
EVERTON 2 SPORTING 1 - Ao contrário do Benfica, o Sporting merecia mais sorte e de facto não a teve.
  Num entanto, o Sporting entrou demasiado receoso e expectante no jogo, com o Everton a ter a iniciativa do mesmo e colocando logo de início Patrício à prova, depois, numa grande jogada e aí mérito para quem ataca, o Everton chega a uma justa vantagem.
   Esse golo do adversário, como que acordou o Sporting para o jogo, a equipa cresceu, reagiu e começou a incomodar seriamente a defensiva adversária, obrigando Tim Howard a boas intervenções e Izmailov, que esteve genial, a atirar de ângulo complicado, um potente remate ao poste, a sorte não queria nada com a equipa de Alvalade.
Na 2ª parte, o jogo começou com o 2 a 0, pior não pode acontecer, ainda para mais num lance duplamente ferido de ilegalidade, com falta clara sobre o guarda - redes e apontado com o braço e tudo isto numa equipa que está destroçada.
   Mas para meu espanto e se calhar dos próprios sportinguistas, que nesse momento temeram o pior, a equipa teve uma extraordinária capacidade de discutir o jogo e se é certo que não criou tanto perigo como no 1º tempo, foi corajosa, abnegada, solidária e procurou sempre o golo, com Liedson a ser intratável nesse aspecto e foi mesmo o Levezinho, que acredita sempre, quem atrapalhou Distin, roubando-lhe a bola e cavando um penalti indiscutível, bem marcado por Miguel Veloso e que permitiu ao Sporting entrar na discussão da eliminatória, embora na minha opinião, merecesse um pouco mais, julgo que o empate se ajustaria melhor ao que se passou na partida.
Pela positiva: a mentalidade competitiva do Sporting, acreditando e não se deixando ir abaixo com a adversidade terrível do começo da 2ª parte, pela negativa: o lance do 2º golo do Everton, que condicionou e mudou o cariz do jogo.
Arbitragem claramente marcada pela péssima decisão de validar o 2 a 0.
PORTO 2 ARSENAL 1 - Num jogo partido, com boa velocidade, embora nem sempre bem jogado, ganhou a equipa mais feliz e ao mesmo tempo aquela que também mais riscos correu.
   O Porto entrou bem no jogo e aos 5 minutos, já tinha tido duas boas situações para marcar, mas curiosamente o golo acabou por surgir num lance de infelicidade para o guarda redes polaco do Arsenal e feliz para Varela, que cruza bola para a área e esta foi empurrada pelo Guarda-redes para o fundo da baliza.
   Com o golo sofrido, o Arsenal partiu para cima do Porto, dando maior largura ofensiva e mais velocidade ao seu futebol e desse facto ressentiu-se o Porto, pelo que o empate acabou por surgir com alguma naturalidade.
  Com 1 a 1 em 20 minutos, o jogo partiu, embora até ao intervalo, a equipa inglesa tenha estado mais perto do 2º golo do que o Porto.
Na 2ª parte, a equipa portista começou a acertar melhor as marcações no meio campo e o Arsenal começou a ressentir-se desse maior acerto e maior pressão, não conseguindo dar velocidade às suas saídas para o ataque, falhando mesmo muitos passes. Fabregas não pegava no jogo fruto da impiedosa marcação de que era alvo e da dureza de que foi vitíma com o árbitro a ser demasiado permissivo.
  Depois deu-se o 2º golo, que segundo Jesualdo foi um lance inteligente de Ruben Micael, é verdade, mas se fosse ao contrário o que diria o mesmo Jesualdo? De facto, não me lembro de ver algo assim, um livre indirecto dentro da área do Arsenal, o árbitro a pedir a bola ao guardião da equipa inglesa, esta dá-lhe a bola, Ruben Micael tira a bola das mãos do árbitro, coloca-a no chão e passa logo para Falcão e quando este empurrou para a baliza deserta, só nessa altura o árbitro levanta o braço a dar sinal de livre indirecto.
  O lance é ilegal? Não, mas recomenda a Uefa, que os árbitros não deixem marcar sem apitarem os livres que possam levar perigo à baliza adversária e se é verdade que já vi algumas vezes de fora da área em livres directos, os jogadores marcarem sem o árbitro apitar, confesso que num livre indirecto dentro da área nunca tinha visto alguém permitir tal coisa, nem eu, nem Wenger com mais de 30 anos de futebol.
   Mas disso o Porto não tem culpa, tirou e bem proveito da permissividade do árbitro e colocou-se em vantagem no marcador e na eliminatória, com um resultado que obviamente deixa antever dificuldades no 2º jogo em Londres, mas que não deixa de ser uma vantagem.
Pela positiva: a atitude da equipa do Porto na 2ª parte, solidária, lutadora e a acreditar que era possível vencer, foi feliz, mas mereceu a felicidade, pela negativa, o árbitro norueguês que para além do golo validado à França contra a Irlanda, tem mais um lance caricato ao qual o seu nome ficará para sempre ligado.
Arbitragem, muito negativa, sem critério, ora marcando lances duvidosos, ora deixando passar sem falta lances bem durinhos e evidentes e para corôar a sua triste actuação, o lance do golo da vitória do Porto.
    Em resumo, uma vitória, um empate e uma derrota, deixam tudo em aberto para a 2ª mão, mas não deixa de ser curioso que a equipa que venceu na 1ª mão, seja no fundo, aquela cujo resultado poderá ter sido o menos bom, em virtude do golo sofrido em casa, mas, vamos ver o que nos reserva a 2ª mão.  

9 comentários:

pedrove disse...

Amigo Jotas,
Não querendo que sirva de desculpa, julgo que o estado do relvado duro e irregular do Olimpico de Berlim (vide, que a bola rolava sempre aos saltinhos)beneficiou o jogo mais físico dos alemães, eu penso que o empate se aceita, mas concordo quando dizes que a falta não marcada sobre ramirez, penalti claro, poderia ter mudado o cariz do encontro. Em suma 1-1 é um resultado positivo mas cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém, isto apesar do benfica ser uma equipa superior, terça-feira lá estarei na bancada Sagres a apoiar até que a voz me doa!
Saudações Gloriosas

Sou de um Clube Lutador disse...

Meu Amigo Jotas,

Boa crónica.
Para mim o resultado foi meio positivo!
Apenas digo que a maioria das vezes, só ganha quem tem vontade de ganhar.
Esperava um jogo mais tranquilo... mas tive de aceitar o empate :)

Mas lá estaremos para a semana.

Forte Abraço
..

71460_5/8 disse...

mais uma vez um árbitro do norte da europa permite a uma equipa alemão um uso abusivo das mãos no contacto físico tal como também foi no jogo da selecção no último europeu contra a alemanha. se fosse como estes srs querem o futebol era um jogo de fortes e duros sem espaço para os baixinhos como o Saviola que passou o jogo no chão...

o Benfica mesmo num jojo cinzentão consegue um bom resultado e penso que terá gerido o esforço a pensar em encontros futuros e mais determinantes!

Manuel Oliveira disse...

Nem se pode dizer que tenha sido melhor o resultado do que a exibição se considerarmos apenas o jogo em si. Mas, como vem aí a 2ª mão na Luz, então o resultado acaba por ser melhor. Temos é de ter outra atitude pois os alemães ganharam moral, já falam em pontos fracos do Benfica.
Abraço Jotas.

Administrador disse...

Amigo Jotas, concordo plenamente com o que dizes só não entendo a atitude de JJ... Logo após o golo, min 5 parecia que queria defender aquele resultado, Para mim tinha tudo para trazer a vitória e se não passar a eliminatória é por culpa própria.

garanhão plus disse...

Afinal de contas o que conta é o resultado e esse em termos de eliminatória é muito bom. Questionar se podia fazer mais ou menos é conversa da treta, o mal é que os benfiquistas pensavam que isto era sempre a golear e tal não é possível.
O facto é que nos goleamos e ganhamos em Everton, que na altura estava em 11º e outros perderam quando eles estão em nono e esses mesmos perderam em Berlim contra o último da bundesliga e nós empatamos, por isso não percebo a razão de fazer disto um acto menor, quando o fundamental é passar a eliminatória e em termos de equipas portuguesas, a única que me parece conseguir o apuramento é o Benfica. Para a semana falamos.

Filipe Silva Nunes disse...

Cato amigo, venho agradecer-lhe por seguir o meu espaco dedicado ao glorioso..
Realmente, nao foi dos melhores Jogos do nosso glorioso, mas.. como disse o Di Maria.. "Resolvemos isto em casa"

Saudacoes Benfiquistas!!

Apanhados disse...

Acredito que no momento certo vai aparecer um Benfica a dar uma resposta à altura das responsabilidades e objectivos!

Bom fim de semana!

Tiago Pinto disse...

Jotas,

sempre contei com o seu apoio e espero que me ajude a publicitar este post que ajuda a mostrar a forma de argumentar dos nossos rivais: a mentira.

http://benficadependente.blogspot.com/2010/02/rui-moreira-mentiroso.html

obrigado e leiam o artigo de hoje do RAP na Abola.

tiago pinto

 
Adaptado por Blogger Benfiquista