---- O Benfica venceu justamente o Belenenses, apesar da boa réplica do adversário e de ser um facto, que esta foi seguramente a exibição mais pálida do Benfica na Luz esta temporada, valeram os 3 pontos e o facto do Porto ter escorregado em Matosinhos.
Já o Braga venceu o Marítimo, com um golo irregular, que espero que pelo menos sirva para Domingos parar de choramingar.
BENFICA 1 BELENENSES 0 - Um jogo fraco, com uma grande moldura humana na Luz, mais uma, com o Benfica a entrar forte e determinado, inaugurando cedo o marcador por Cardozo, após um grande cruzamento de Ramires.
Cedo em vantagem, pensou-se que o mais complicado estava feito e que o Benfica iria embalar para mais uma exibição convincente e uma vitória folgada, puro engano, a equipa de Belém não se foi abaixo e reagiu muito bem ao golo, já o Benfica, adormeceu, se calhar, confiante em facilidades que nunca surgiram.
A equipa do Restelo, dispôs de uma soberana oportunidade para marcar por Fajardo, que isolado perante Quim, conseguiu atirar bem ao lado do poste, lance esse que foi o único registo de perigo dos azuis, mas o Benfica, também só por Fábio Coentrão e mesmo à beira do intervalo, voltou a ameaçar a baliza adversária, numa 1ª parte de muito fraco nível.
Na 2ª parte, a toada da partida não se alterou muito, mais iniciativa do Benfica, que tentou dar maior velocidade ao seu ataque com a saída de Peixoto, a entrada de Weldon e o recuo de Coentrão para defesa esquerdo, mas o jogador brasileiro, esteve desastrado na finalização e algo desconcentrado.
Contudo, nesta fase do jogo, houve mais oportunidades de golo, mas sempre com um futebol de muita marcação e muitos passes extraviados de ambos os conjuntos, destaco um falhanço de Weldon, que isolado, permite a intervenção de Bruno Vale, o qual, aos 78 minutos é expulso, por defender com as mãos fora da sua área, quando Cardozo rematou para a baliza. Mas este corajoso Belenenses não se foi abaixo e se é certo que Weldon voltou a falhar o golo, mesmo no fim da partida, Mano desfere um remate potente que passou a centímetros do poste da baliza de Quim, terminando o jogo com uma vitória suada, mas justa do Benfica, ante um Belenenses que se jogasse sempre a este nível, com certeza não seria o ùltimo classificado da Liga.
Pela positiva: As exibições de Maxi Pereira e Fábio Coentrão e a coragem do Belenenses ao vir jogar à Luz, olhos nos olhos, algo que ainda ninguém ali tinha feito. Pela Negativa: O mau jogo a que se assistiu, o muito público ali presente, merecia mais qualidade.
Arbitragem de Carlos Xistra, boa no capítulo técnico, algo permissivo na capítulo disciplinar.
LEIXÕES 0 PORTO 0 - Um jogo intenso, mas nem sempre bem jogado, fruto também de um relvado miserável, que obviamente benificia mais quem defende.
A 1ª parte foi bastante equilíbrada, com poucas situações de golo, mas neste período, foi melhor o Leixões, defendia bem e lançava contra ataques muito rápidos, os quais baralhavam a defesa portista, que neste período, que me lembre, teve apenas em Belushi uma grande oportunidade para marcar, já o Leixões por Pouga falhou uma boa situação e Seabra obrigou Helton à defesa da noite, pelo que o empate aceitava-se ao intervalo.
Na 2ª parte, esperava-se mais Porto e de facto isso veio a acontecer, mais velocidade e movimento na linha atacante, obrigando o Leixões a cuidados redobrados e a recuar as suas linhas, num entanto esta equipa defendeu sempre com grande valentia, até que Varela, isolado, tenta passar por Diego que aos seus pés tem uma bela intervenção, num lance em que o jogador portista podia e deveria ter feito muito melhor, quase de seguida e numa pressão muito forte do Porto, o caso do jogo, Ruben Micael, na área do Leixões, tira Joel do caminho com uma grande simulação e este falha a bola, acertando no pé do jogador portista, penalti evidente, mas Bruno Paixão, bem em cima do lance, manda Micael levantar-se.

Num entanto, a toada ofensiva do Porto acentuava-se, Varela volta a falhar isolado, as situações de pânico na defesa leixonense sucediam-se, mas estoicamente foram aguentando o nulo com que se chegou ao fim do jogo e
se é verdade que o Porto se pode queixar de um penalti evidente por assinalar a seu favor, também se pode queixar do muito que desperdiçou, empatando também por culpa própria, até porque como se viu com Cardozo na semana passada, o penalti pode não ser golo.pela positiva: a pressão do Porto na 2ª parte e a boa organização defensiva do Leixões, pela negativa: os incríveis falhanços de Varela.
Arbitragem de Bruno Paixão, estava a ser muito positiva, mas ficou irremediavelmente manchada por um lance que poderia ser decisivo, o penalti evidente sobre Micael.
BRAGA 2 MARÍTIMO 1 - Uma 1º parte mal jogada e quase sem lances de perigo, com os madeirenses sempre muito bem organizados, mas sem conseguirem esticar o seu jogo, já o Braga, tinha mais iniciativa, mas correr riscos é algo que o Braga não faz, pelo que o nulo ao intervalo era o resultado certo e o único possível.
Na 2ª parte, o cariz do jogo mantinha-se igual, o Braga a atacar mais, mas sempre com os seus equílibrios defensivos, algo que é já uma imagem de marca desta equipa, o Marítimo, continuava a defender bem, mas já se notava um melhor desdobramento nas saídas para o ataque, até que num lance que parecia inofensivo, Hugo Viana cruza para a área e Briguel com a bola aos seu alcance, hesita entre o corte e deixar a bola sair pela linha final, quando reage já é tarde e Alan consegue com alguma felicidade colocar a bola na cabeça de Meyong que assim faz o primeiro do jogo.
Como se sabe, este Braga em vantagem no marcador é terrível, pois defende muito bem, mas o Marítimo soube reagir ao golo sofrido e dez minutos depois empata num belo golo de Djalma.

Este golo desorientou um pouco o Braga, o qual se mostrava nervoso e falhava muitos passes, já o Maritímo, conseguia criar alguns espaços no último reduto bracarense, mas pecava sempre no último passe,
até que se deu o momento e o caso do jogo, Filipe Oliveira, deixa a bola fugir pela linha lateral, mesmo nas barbas do auxiliar de Proença, o qual manda seguir a jogada perante os protestos madeirenses, desse facto aproveita-se Filipe Oliveira para cruzar para a área, onde Alana ganha um ressalto, Bruno falha o alívio e a bola sobra para Luis Aguiar que atira rasteiro e colocado para o fundo das redes, num golo que valeu 3 pontos, mas bastante ferido na sua legalidade e já na Madeira, na 1ª volta o Braga tinha vencido com um penalti fantasma.
Perante isto, Domingos sempre tão vitimizado, deveria agora ter a honestidade de reconhecer que o golo da vitória da sua equipa, nasceu de uma ilegalidade evidente.
Pela positiva: O muito público presente, apesar de ser à borla e o bom jogo na 2ª parte, pela negativa: o 2º golo do Braga, que nasceu de uma lance ilegal e bem visível, com o fiscal de linha a ver tudo.
Arbitragem de Pedro Proença, marcada pela facilidade do apito, marcando algumas faltas laterais para o Braga inexistentes e a ser traído pelo seu auxiliar no 2º golo do Braga, tendo assim clara influência no resultado.
PAÇOS DE FERREIRA 0 SPORTING 0 - Já nem vale a pena comentar este jogo, como dizem agora os sportinguistas, deixem-nos em paz, que nós não fazemos mal a ninguém, é verdade, realmente, não fazem mesmo mal a ninguém, tão mal que jogam e tanta falta de categoria evidenciada.
Num jogo tipo solteiros e casados, sem nexo, de chutão para a frente, coube ao Sporting o maior número de oportunidades, se bem que poucas, muito poucas mesmo.
Agora, dizem também eles, que estarão a torcer contra o Benfica, algo normal e evidente, aliás, é bom que continuem a olhar para os outros sem olharem para a sua casa, pois assim nunca mais resolvem os seus problemas, algo que a mim pessoalmente muito me agrada.

Ao Sporting restam agora 3 objectivos até ao fim da época, o primeiro, receber e torcer pelo Porto em Alvalade, num jogo que será o mais fácil para a equipa portista, uma vez que terá um estádio unido no seu apoio, o 2º e menos censurável, a transformação do adepto Sporting Clube de Portugal em adepto Sporting Clube de Braga, o que dá bem a ideia da dimensão actual do Sporting e o 3º e mais importante objectivo, o único jogo que lhes resta até ao fim da temporada e no fundo o único momento de glória que a equipa procura, vencer na Luz o derby e com estes objectivos de plena ambição, teremos um Sporting que de facto, como diz Quintela, não pode aspirar a mais, quando numas escutas um seu funcionário e o seu Presidente são ofendidos e a resignação é a palavra de ordem, faltando só mesmo aplaudir de pé, numa estrondosa ovação o autor de tais ofensas e que tão admirado e venerado é nas hostes leoninas.